Indícios da jornada

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Há algumas semanas no lixão da InfiTec, onde Connor, trajando pela primeira vez a sua armadura de Guerreiro da Esperança e sendo possuído pela consciência do cristal, destruiu uma criatura feita de eletricidade, resultada da reação da energia cósmica retirada do traço do Cristal Verde com a alta tecnologia da organização secreta.

Naquele dia, mesmo depois de não estar mais sob o controle da consciência, ele entendeu que se criaturas inferiores como aquela tinham interesse em destruir o cristal, com certeza mais seres através do universo teriam o mesmo objetivo, ou quem sabe, metas ainda mais perversas, como a captura dos Cristais do Infinito para seus próprios objetivos, o que seria uma catástrofe. Ele já havia conseguido a motivação da qual precisava para enfim assumir o seu papel de Guerreiro do Infinito e seguir o seu destino, porém ainda lhe faltava o mais difícil...controle. As únicas manifestações de poder feitas pelo cristal até agora haviam sido no momento de sua absorção pelo corpo até então humano de Connor, e no momento de destruição da criatura elétrica. O garoto sabia que mesmo contando com a sua consciência recém adquirida, não poderia depender dela há todo o momento. Ele precisava aprender a dominar o poder por si mesmo. Mas ele também não podia fazer isso sozinho. Por sorte, havia sido acolhido pela InfiTec. Obtendo dados através da análise do rastro cósmico deixado pelo cristal nas camadas da atmosfera do planeta e também no solo da cratera, os cientistas da organização foram capazes de obter alguns métodos de despertar o poder do guerreiro, assim sendo possibilitada a inicialização do treinamento.

Connor estava tomado pela determinação de conseguir domar os seus novos poderes, e por isso ele treinava quase vinte e quatro horas por dia, pausando apenas para suas necessidades básicas como alimentação e higiene. Por isso, os resultados foram rápidos, e em apenas cerca de 14 dias ele já sabia boa parte do básico. No entanto, ainda faltava bastante. A complexidade das habilidades cósmicas do cristal que o escolheu era maior do que ele pensava, e por isso o tempo levado para aprender o mínimo fora mais extenso do que esperava. Devido ao tempo que precisava ficar na organização, os responsáveis por ele avisaram sua mãe, dizendo que ele estava em uma excursão escolar surpresa, mas Connor estava curioso para ver até onde essa ladainha duraria.

O garoto estava pensando que em algum momento de sua jornada como guerreiro, ele teria de ir para o espaço, em busca dos outros cristais aparentemente perdidos, a fim de recuperá-los antes que fosse tarde demais e eles caíssem em mãos erradas. Porém ele nem precisou esperar muito tempo, e nem precisou ir ao espaço. Na verdade ele nem precisou sair de seu quarto na sede da InfiTec.

Naquela manhã, exatamente às onze horas, uma enorme buraco foi aberto em uma das laterais do local, ativando o status de alerta vermelho e fazendo com que todos os soldados disponíveis no momento carregassem imediatamente a primeira arma que encontrassem, e fossem ao encontro do buraco, mirando no que quer que fosse que tivesse feito aquilo. Mas Connor não ficou de fora. Ao ouvir o estrondo, saiu de sua sala de treinamento, correndo pelos corredores brancos até alcançar a área de onde o enorme barulho havia vindo. Ergueu os seus punho, que foram cobertos por uma camada verde de energia, a energia da esperança.

Quando a poeira abaixou, a silhueta da figura responsável por aquilo tudo foi revelada, e logo ela podia ser vista com mais nitidez.

Era uma mulher não tão alta, com a pele cinza, vestindo uma armadura de aparência metálica ao redor de seu corpo. Seus cabelos eram ondulados e estavam presos em uma espécie de coque atrás de sua cabeça. Seus olhos eram esverdeados, e ela estava com a mão direita erguida, apontando para dentro da sede principal da Infitec, e da armadura prateada que cobria a palma aberta de sua mão, era inalado um brilho negro, que se assemelhava ao brilho verde de Connor, este que naquele momento exato, soube instantaneamente que a dama em sua frente era a portadora de mais um cristal, e a julgar pelas aparências, era o cristal negro. O cristal negro representa toda a tristeza presente no universo e coisas que têm como sua cor natural o preto, como a própria escuridão.

Os Guerreiros do InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora