A conspiração dos Elfos Sombrios - Final

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O fogo que rodeava Ashryn, a portadora do cristal da guerra, parecia ser mais quente do que o próprio inferno, mesmo para a entidade cósmica sombria que se encontrava a sua frente, possuindo seu já falecido tio: Obscurus. Ao mesmo tempo que estava hesitante em enfrentar a mulher em um combate aberto, não podia deixar de admitir que também estava animado com a ideia, há muitos anos não enfrentava um guerreiro digno de toda a sua força, embora soubesse que podia fazer pouco num hospedeiro fraco como aquele, ainda mais agora, que seus poderes haviam se unido mais uma vez. O corpo de Agis foi destruído completamente por Connor, Aelin e Artêmis, numa nova descoberta de como suas relíquias nas armaduras do infinito funcionam.

Akemi olhava sua companheira de batalha levemente assustada, nunca havia imaginado que os cristais que continham poderiam ter tanto poder assim, mas ela ainda não havia despertado o seu potencial, não podia interferir. Por isso, se escondeu atrás de uma rocha grande o bastante para cobri-la quando agachada. Agora eram só tio e sobrinha no campo de batalha. O corpo acinzentado de Caladiel cedia cada vez mais à influência sombria de Obscurus, resultando me rachaduras em sua pele, como se estivesse se quebrando. Ashryn apertou os seus punhos, olhando firmemente em seu inimigo. Cheia de fúria, indagou:

— O que você fez com o meu tio?!

Com um sorriso perverso no rosto, Obscurus ergueu sua espada que antes emitia um brilho intenso, e a apoiou em seu ombro direito. — Eu não fiz nada, garota... ele veio até mim, procurando por vingança... eu ofereci o que ele queria. E ele aceitou. Não passou de um trato, ele estava ciente do que aconteceria o tempo todo... e em momento algum sequer pensou em voltar atrás. Até mesmo quando você, sua querida sobrinha, foi jogada ao longe pelos seus braços fortes pela minha influência corrupta...

— O que você ganha com tudo isso?!

— O que mais uma entidade sombria como eu poderia querer? Vamos, você não é tão burra, consegue pensar em alguma coisa...

— Cale a boca e responda a minha pergunta! — Como forma de ameaça, ela direcionou sua destra à floresta ao lado correspondente, e com um estalar de dedos, ateou fogo nas folhagens, este que rapidamente começou a se espalhar.

Os olhos ágeis de Obscurus acompanharam seus movimentos e ele fingiu estar com medo, erguendo ambas a sua mão livre de forma irônica. — Que medo... onde está aquela garotinha simpática que acredita que todos têm um bom coração?

Ashryn rangeu os dentes, e disse baixo: — Você a enterrou junto com a época em que meu tio era bom...

— Seu tio nunca foi bom! — Ele respondeu com uma gargalhada. — Eu me alimento da escuridão dos seres vivos, pequena... mas eu não crio elas, isso não tem graça... porque aí eu estarei consumindo a minha própria energia... não, não... eu procuro por todo o universo seres com tanta escuridão em si, que seriam suscetíveis ao que eu tenho a oferecer, e normalmente, não demoro muito a encontrar. Seu tio foi um deles. Ele veio até mim buscando por vingança, e eu a concedi. Isso não só fez com que a sua escuridão aumentasse, mas também infectasse outros elfos... os tais elfos sombrios que você conheceu hoje? Eles já foram cidadãos de bem de Elenyn. Mas quando se aproximaram do seu tio, tudo mudou... e eu pude ficar satisfeito com a energia corrupta que eles me proporcionaram. Agora, imagine o que eu poderia fazer se tivesse os seus cristais?! Ah, eu não iria mais precisar desses hospedeiros fracos, que nem sabem lidar corretamente com o meu poder! Eu teria o meu próprio estoque infinito de escuridão, e seria mais forte do que nunca! E então finalmente eu poderia governar sobre tudo, e todos... eu seria eternamente satisfeito.

— Você não vai conseguir pôr as suas mãos nos cristais.

— Talvez não hoje, nem amanhã... mas um dia, minha cara. Agora! Vamos nos focar em arrancar o seu coração.

Os Guerreiros do InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora