Aeterna Tranquillitas

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[ Primeiramente, gostaria de pedir desculpas aos meus fieis leitores pelo enorme atraso neste capítulo. 

O que aconteceu é que eu tive MUITOS problemas com o meu computador. Não sei se sabem, mas eu ando querendo um bom PC gamer há alguns anos, e nesse ano eu finalmente ganhei (aliás, ontem foi meu aniversário, parabéns pra mim). Mas eu fiquei com meu bom e velho notebook por tantos anos que tive que passar muitos arquivos.
Resultado: Muitos programas não funcionando corretamente, teclado e mouse faltando, sinal de wi-fi lento, fone de ouvido não funcionando, enfim... depois que eu consegui arrumar tudo, consegui escrever esse capítulo.

Mas se serve de consolo, estou gostando muito de explorar o Venomania!]

Os dois kruazip'ts estavam com suas armas prontas para o combate mortal. Sateriasis ainda segurava o martelo sagrado de seu clã, o Martelo de Asmodeus, e Slookhor testava a mais nova tecnologia de guerra do império de Cancri, dispositivos que canalizam a energia empática mais poderosa no corpo do usuário na forma que sua mente perversa desejar. O resultado foram garras bestiais vermelhas como a sua raiva cobrindo suas mãos humanoides. As areias dos desertos escaldantes de Cancri sequer se atreviam a cobrir os seus olhos, cientes do combate que estava prestes a acontecer.

— Você sempre foi muito covarde, Venomania... — Slookhor resmungava, como o veneno mais mortal que saía de suas presas. — Desde a nossa infância juntos. Mas já que não consegue agir... eu irei primeiro.

Slookhor avançou contra o seu inimigo, levando consigo um rastro de energia vermelha, que chegou a cobrir os seus braços com tamanha intensidade. Um rápido e astuto golpe de esquerda foi desferido contra a face de Venomania, que conseguiu defender-se com a lateral da cabeça de seu martelo, devido à enorme força em seus braços. Poderia simplesmente usar seu peso para jogar seu inimigo ao longe, mas por algum motivo, estava se contendo. Ao invés disso, recuou, afundando seus pés nas areias finas do deserto.

— Onde está a força do poderoso clã Sateriasis?! — Slookhor clamou pela glória da batalha, investindo a mão esquerda contra o estômago de seu inimigo, perfurando a sua pele dura e envenenando seu corpo com a energia empática altamente raivosa. Venomania rangeu os dentes de dor e então abriu os braços, gerando uma explosão de energia calma que afastou Slookhor para longe. Teria sido arremessado se não tivesse se segurado no solo com suas garras, mas é claro que Venomania sabia que ele faria isso. Assim como ele, Slookhor sempre foi um soldado exímio do exército kruazip'tiano, e com certeza o mais adequado para suceder ao título de seu clã.

Tomado pela pequena raiva que já começava a consumir o seu coração empático, Sateriasis finalmente se moveu a uma velocidade que se igualava a de seu inimigo, correndo pelas dunas em sua direção. Segurou o cabo do martelo com as duas mãos e deu um pulo, caindo ainda mais rápido. Slookhor foi rápido o suficiente para se esquivar, afinal suas armas eram bem mais leves do que o Martelo de Asmodeus. Ainda assim, o impacto causado da cabeça do martelo contra o chão levantou impressionantes quantidades de areia no local, chegando a abrir uma enorme cratera nas rochas alaranjadas. Slookhor foi jogado aos céus, e arregalou os seus olhos quando viu lá de cima o estrago que apenas um golpe da arma sagrada havia causado. Sateriasis seguia o corpo de seu inimigo com um olhar sereno e frio, como se calculasse ao mesmo tempo toda e qualquer possibilidade de derrota. Apontando a cabeça do martelo para frente, pulou novamente e avançou, fazendo com que a emoção demoníaca cobrisse o seu corpo. Quando o martelo atingiu as garras de Slookhor, que tentou inutilmente se defender, o dispositivo que as energizava teve seu mecanismo de defesa partido, e então os ossos dos dedos do kruazip't foram instantaneamente despedaçados.

Com mais um golpe desferido contra a sua cabeça pela ponta do cabo do martelo, Venomania enviou seu inimigo ao chão, deixando um rastro de sangue pelos céus. Quando pousou novamente, pôde contemplar seu amigo de infância lutando para que as lágrimas da dor não saíssem. O problema de ser acertado por uma arma demoníaca é que o sentimento de terror começa a se espalhar pelo seu corpo, assim como a raiva se espalhava pelo de Sateriasis.

Os Guerreiros do InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora