Separados

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[Escrevi esse capítulo inteiro enquanto ouvia ao aleatório das músicas do meu celular, então é muito importante dizerem o que acharam da escrita! ]

O clímax da batalha contra os robôs de guerra conhecido como omnykhe estava acontecendo na única parte da grande nave que ainda funcionava. Doutor Rosak assistia ao caos mecânico por trás de seus monitores, enquanto seus soldados tentavam inutilmente perfurar o campo de energia gravitacional de Alec. Os Guerreiros tinham todo o tempo do mundo para pensar em um plano e isso irritava o koetek. Bateu o braço metálico sobre o seu trono prateado, demonstrando sua raiva.

— Servos inúteis... não conseguem nem penetrar uma simples barreira...

— Mestre... — Uma voz misteriosa e também mais humana soou ao fim da sala. Saindo da escuridão, apenas sua silhueta iluminada pelas luzes azuis da sala era observável.

— O que você quer, Necro?

— Você sabe que esse é o meu nome antigo, me chame de Azrael agora.

— Me recuso a te chamar de algo que você não é. Seu roubo ainda nos trará muitos problemas.

—É por causa dele que conseguimos recursos o bastante para viver aqui.

Rosak ficou em silêncio por alguns instantes, mas logo suspirou de leve e assentiu com a cabeça, sabia que seu "sócio" estava certo. — Você não respondeu a minha pergunta.

Necro ergueu a sua mão e apontou para um dos monitores em frente ao koetek, indo diretamente em direção à imagem de Yin. — Eu conheço esse. Deixe-me interferir.

— Contanto que não bagunce as coisas... — Rosak deu de ombros, e o tal Necro saiu da sala com um sorriso perverso em seus lábios como forma de agradecimento.

De volta ao salão principal, todos os Guerreiros do Infinito se reuniam em um círculo fechado, inclusive Persei, a estrela que Artêmis conhecera em sua própria cela. O campo de energia gravitacional de Alec ainda os protegia contra os inúmeros lasers que eram lançados contra eles, mas cedo ou tarde os omnykhe pensariam em uma coisa. Haviam sido construídos e programados pelo cientista de guerra dos koetek, afinal. Por isso, qualquer segundo era precioso.

— Muito bem... quem aqui conhece melhor os omnykhe? — Perguntou Alec. Pela primeira vez em sua jornada, ele não tinha um plano.

Artêmis foi a única a se pronunciar, apontando com o polegar para Persei, que estava a sua esquerda. Todos desviaram seus olhos para ele, como se esperassem um relatório completo das fraquezas e resistências dos robôs que estavam prestes a enfrentar. Tanta pressão deixou o pobre homem com um leve nervosismo, levando alguns instantes para organizar os pensamentos em sua mente. Gaguejando no começo, finalmente disse:

— C-Certo... os omnykhe são robôs construídos pelo Doutor Rosak, acho que já conhecem um pouco sobre ele. A programação básica está inserida em cada um dos sistemas, porém ele ainda os controla um por um, lá de cima. O louco integrou a sua mente à mente das máquinas, está à beira da insanidade. Mas isso faz com que múltiplos omnykhe possam executar diferentes ações apenas com o comando de seus pensamentos. O que os robôs veem, ele vê. O único jeito de destruí-los um a um é matando-os com sua própria tecnologia, eles não podem regenerar diante dela. Fora isso... só sobrecarregando os sistemas. Mas eles possuem uma reserva de energia enorme!

— Eu tenho uma ideia. — Artêmis o interrompeu, olhando para os anéis espinhosos em seus antebraços, presentes da energia estelar na sala secreta sob a nave. — Quando os omnykhe tentaram impedir a minha fuga, eu os abati com as minhas relíquias. Acredito que apenas um pouco do brilho estelar seja o bastante para sobrecarregar os circuitos.

Os Guerreiros do InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora