Revelações

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[ Capítulo sendo postado um pouco mais tarde que o normal porque a semana foi bem cheia. Mas caprichei nesse aqui! ]

O primeiro ataque, é claro, foi dos omnykhes, que avançaram contra Connor e Yin usando as armas que ainda portavam em suas mãos, disparando múltiplos lasers. Se não fosse pelo grande espinho erguido pelo hospedeiro no último momento, já teriam sido acertado várias vezes. O surgimento súbito da barreira deixou os inimigos em estado de alerta e fez com que recuassem, um pequeno ganho de tempo. Connor nunca fizera tanto esforço em uma luta antes, e seu estado emocional não ajudava, por isso ele já estava suando. Ofegante, olhou para Yin.

— O que vamos fazer?

O kloeru pensou por alguns instantes, sabia que não tinha muito tempo, e não trabalhava muito bem sob pressão. Por instinto, olhou para cima e avistou a grande nave dos inimigos que ainda os sobrevoavam. Teve então uma ideia:

— Precisamos chegar à nave deles. — Voltou seu olhar a Connor com um sorriso entusiasmado no rosto, há tempos não tinha uma luta empolgante como essa. É difícil tirar Yin do sério, mas quando conseguem fazer isso, se arrependem logo em seguida.

O jovem de cabelos morenos entendeu o que o de cabelos brancos quis dizer, e confirmou isso com um sorriso determinado. — Tecnologia omnykhe... — Ele disse em um tom animado. — Mas precisamos de uma distração.

Pensando rápido, Connor sinalizou com a cabeça para que Yin subisse no grande cristal inclinado usado como barreira para se defenderem dos lasers. O kloeru o fez, escalando rapidamente o material branco. Ao ficar exposto e à deriva dos omnykhes, dissipou a energia telepática presente em sua katane e a usou para formar um escudo a sua frente. Iria protege-lo das armas por breves segundos, era todo o tempo que precisava. O hospedeiro da esperança sabia que os robôs iriam usar todo o poder de fogo disponível para destruir rapidamente o escudo de seu amigo, e precisava lhe dar cobertura. Gesticulou então com a destra e lançou o grande cristal do chão em direção à nave, dando a Yin o impulso que precisava para chegar até o transporte. Uma vez não servindo mais como impulso, Connor dividiu o cristal branco em vários cristais menores, lançando-os em direção aos robôs e barrando os tiros que vinham em sua direção, perfurando os seus corpos logo em seguida, como fizera com o omnykhe que levou Lylith e Artêmis. Péssimas lembranças para ele. Mas o núcleo prateado daqueles seres é extremamente maleável, e por isso foram capazes de "cuspir" o espinho para longe. Connor se afastou, e conforme andava para trás, fazia com que mais espinhos brancos fossem jogados na direção dos inimigos. Sabia que nada mais funcionaria além de sua própria tecnologia, mas isso ainda estava sendo providenciado por Yin.

— Yin! Uma ajudinha! — Por mais que estivesse gerando mais energia do que o normal devido ao seu desejo de vingança, não podia ficar jogando espinhos para sempre. Isso, cedo ou tarde, cansaria seu corpo. O kloeru pôde ouvir o pedido de seu amigo mesmo lá de cima, porém ainda estava pensando no que fazer. Toda aquela tecnologia parecia muito avançada, tinha medo de que, se tirasse uma peça sequer do lugar, poderia levar a nave abaixo. Começou a procurar por armas e acabou por encontrar algumas lanças esquecidas na parte traseira da nave. Não eram como as armas a laser que os robôs estavam usando, mas pelo menos poderiam se certificar que o projétil não sairia de seus corpos com facilidade. Pulou sobre uma das plataformas que os robôs usaram em sua descida, e enquanto flutuava pelo ambiente, viu que Connor estava quase em seu limite. Por isso imediatamente cobriu a lança em sua mão direita com energia telepática e a arremessou contra um dos omnykhes, perfurando-a em seu peito. Ele ficou imóvel no mesmo instante, como se tivesse sido desligado. Ao ver a ajuda chegando, Connor sorriu em alívio e correu em direção a Yin, erguendo a destra ao alto para pegar a outra lança. Bloqueava os tiros com o seu antebraço esquerdo, criando um pequeno escudo de energia cósmica. O kloeru habilmente deixou que a lança em sua mão esquerda caísse no momento exato em que Connor passou embaixo de si, e assim ele foi capaz de pegar a arma. Saltou para cima do omnykhe e o derrubou no chão com um chute carregado de energia, perfurando a sua testa com a ponta da lança, deixando-o imóvel como o outro, ao seu lado. Estava ofegante e encarava o robô com um olhar sério. Mesmo que ainda não tivesse recuperado Lylith e Artêmis, aquilo ainda fazia parte de sua vingança. Ele permaneceu olhando para o corpo "morto" do inimigo por alguns instantes, e Yin percebeu isso. Se aproximou de Connor e colocou a destra em seu ombro esquerdo.

Os Guerreiros do InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora