Sangue corrompido

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[ Primeiramente gostaria de pedir desculpas a todos pela demora na postagem deste capítulo, tive alguns imprevistos com a viagem que vou fazer no feriado prolongado. Espero que gostem!]

Mais próximo da Terra e mais visível sobre a constelação de câncer, encontra-se o planeta conhecido como Cancri 55. O número 55 refere-se às duradouras gerações da civilização kruazip'tiana, que sobreviveram intactas por milênios, devido a sua exímia habilidade em interpretar e manipular as emoções de seus inimigos no campo de batalha. No entanto, assim como os outros planetas, Cancri estava em uma busca intensa e incessante pelos Cristais do Infinito por todo o cosmos, depositando todas as suas esperanças no comandante atual do exército de elite kruazip't, Sateriasis Venomania, fruto do clã mais poderoso de kruazip'ts que Cancri já teve o orgulho de ver.

Em meio aos ventos escaldantes e das dunas de areia quentes sob o Sol daquele sistema, um grande círculo mágico de cor arroxeada surgiu nos céus, fazendo uma grande barreira circular abaixo de si, e invocando de muito longe três seres malignos. Quando a energia arcana se dissipou pelo ambiente exótico, Venomania deu um passo à frente de Infinito Reverso e Rypt, inspirando profundamente o ar de seu lar.

— Finalmente, em casa. — Juntou as mãos atrás de si e começou a caminhar em direção ao norte, aparentava saber o que estava fazendo. — A capital é pra lá, senhores.

Enquanto seguia o kruazip't, o olhar de insanidade e loucura crescia cada vez mais na face de Infinito Reverso. Desde o despertar de sua relíquia, as vozes de seu cristal não o deixavam em paz, mesmo que seu corpo fosse só estática e não devesse ter uma mente propriamente dita. Por outro lado, Rypt usava uma de suas melhores máscaras ao não demonstrar importância com o espaço vazio entre seu braço e o novo antebraço. Ainda estava incrédulo e levemente assustado com a existência de alguém capaz de inibir completamente sua manipulação biológica. O Imperador de Treiq preferia ficar em silêncio em meio aquele deserto.

— Pois então, Venomania... por que você foi enviado para capturar os cristais? — Indagou Infinito Reverso. Por mais que não fosse muito fã de conversas, devia admitir que caminhar uma distância como aquela em pleno silêncio poderia ser incrivelmente chato.

— Eu insisti ao rei de Cancri para que fosse enviado à Terra. No começo ele foi relutante, achava que eu era muito novo. Mas logo eu o persuadi. No entanto... disse que se eu não voltasse com um cristal, seria exilado.

— Enfrentaremos problemas por isso? — Reverso arqueou a sobrancelha esquerda, não preocupado, mas não contava com aquele tipo de obstáculo.

— Bem, eu diria que você é hospedeiro do cristal, mas não podemos extrair o cristal de você. Então sim. Mas eu tenho um plano.

— Foi tolo o bastante para nos atrair para uma armadilha cheia de inúteis como você? — Enojou Rypt.

— Se somos inúteis, você não devia estar tão preocupado. Além disso, eu já disse que tenho um plano. Mas precisamos chegar até a capital sem deixar que a guarda real note nossa presença. — Venomania respondeu, franzindo a testa para tentar se lembrar do esconderijo da dádiva e triunfo de sua família. Porém seus pensamentos foram interrompidos pelo som das relíquias cósmicas de Infinito Reverso sendo ativadas. Círculos mágicos arroxeados agora cobriam suas luvas brancas.

— Parece que já falhamos nessa parte do plano. — Disse ele, apontando com a destra para os céus. Em sua direção, estavam a caminho cinco tropas do exército real kruazip'tiano. As cinco naves tinham uma aparência bem quadrada, com apenas alguns círculos, como para o visor da cabine de comando. Esses veículos eram rápidos e bons em se camuflar entre as areias do deserto de Cancri, por isso não haviam sido notados antes, mas na verdade já estavam seguindo seus alvos desde que estes desembarcaram no planeta.

Os Guerreiros do InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora