Os times estão formados

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Era uma bela manhã na InfiTec, organização secreta da Terra que tem como responsabilidade manter a paz e a harmonia com civilizações extraterrestres, além de melhorar a tecnologia com a exploração espacial. Seria um dia comum como qualquer outro, se não fosse pelo buraco enorme presente em uma das laterais da sede, escondida entre as árvores de uma floresta. A passagem havia sido aberta por uma marciana invasora cujo nome ainda era desconhecido, que estava à procura do poder do Cristal da Esperança, e por isso acabou entrando em combate com seu portador, Connor Hunter. Felizmente, ela foi finalizada com rapidez pelo suposto novo aliado, Alec, um cruygark que tinha como objetivo proteger os cristais, e trouxera consigo mais uma portadora: Artêmis, hospedeira do cristal azul, representante do mundo físico. A invasora estava prestes a ser interrogada em uma sala especial dentro da organização, por Connor, Alec e Artêmis, embora o cruygark já tivesse tomado a frente na primeira oportunidade.

Com ambas as mãos sobre a mesa e os dedos cruzados, ele a encarava com a testa franzida, e um olhar ameaçador, que fazia com que a marciana arqueasse a sobrancelha, estranhando a sua posição.

- O que você tá olhando, seu estranho?! – Ela disse com uma voz estridente, e ele apenas sorriu de modo perverso, dizendo em um tom sério:

- Estou procurando alguma coisa que possa servir em seus olhos, mas parece que você é inútil. E nem é inteligente como marciana.

Recuou, encostando suas costas na cadeira em que estava sentado e cruzou os braços, olhando-a agora de forma mais irônica.

Furiosa, ela tentou se levantar para lhe dar a melhor surra que pudesse, mas no mesmo instante foi eletrocutada pelas algemas de energia que continham o seu corpo, assim impedindo seus movimentos.

- Parece que nossa segurança realmente funciona. Bem, vamos começar. – Alec disse, voltando a sua posição inicial e limpando a garganta em uma breve tosse. – Qual é o seu nome?

- Isso não te interessa.

- Se não me interessasse, eu não estaria perguntando, querida. – A última palavra saiu mais irônica do que qualquer gesto que ele havia feito até então, e isso fazia com que a raiva da extraterrestre subisse pelo seu corpo, mas ela sabia que devia se conter. Com um suspiro pesado por nada pode fazer, ela disse, revirando os olhos:

- Me chamo Aelin Aigner.

- E como você sobreviveu à explosão de Marte?

Rangendo os dentes e franzindo a testa, prestes a explodir de raiva por sua terra natal ter sido citada, Aelin exclamou:

- Não ouse mencionar meu lar em vão...

- Peço perdão se lhe ofendi. Mas eu preciso saber.

- Antes do planeta ser explodido... eu fui encaminhada pra uma missão de reconhecimento de um planeta próximo... a minha nave foi atingida por um destroço da explosão... e acabou caindo no planeta. – Ela dizia pausadamente com os olhos fechados, enquanto flashbacks do ocorrido passavam de forma lenta e dolorosa em sua mente. Ela sabia que não precisava dizer mais nada, mas precisava colocar aquela dor para fora, afinal ela sairia hora ou outra, e quanto antes, melhor. – Na cratera criada pelo impacto da minha nave, eu encontrei o Cristal Negro... era o que havia causado a minha queda. Eu estava com medo. E ele me escolheu. Agora eu só quero vingança... mas não posso derrotar quem quer que tenha feito isso sozinha. Eu preciso de mais poder. Eu preciso de mais daquilo. – Abrindo os olhos, ela apontou com o indicador canhoto Connor, o hospedeiro do Cristal da Esperança. Alec seguiu o seu olhar e suspirou de leve, assentindo com a cabeça. Voltou o seu olhar à ela, e prosseguiu:

Os Guerreiros do InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora