Astatine

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[] Postando hoje pois não tive tempo de escrever nos dias anteriores. 


Também gostaria de avisar que vou voltar ao ritmo normal de postagem (a cada 15 dias), uma semana é pouco tempo para as ideias fluírem. []

O espaço escuro e vazio era iluminado apenas por um rastro azul flamejante que impulsionava uma grande nave para o seu destino. Na cabine de comando, Alec observava o horizonte sombrio a sua frente, imaginando o que poderia aguardar Os Guerreiros do Infinito no planeta metálico que Yin vira em seus delírios mentais. Depois das batalhas vividas em Asmora, ninguém era capaz de dormir, especialmente Connor e Artêmis, que ainda estavam levemente abalados pelos conflitos. Mas Alec era o único a estar longe do grupo, carregando seu próprio fardo de responsabilidade. No fundo ele sabia que se qualquer um deles morresse, a culpa seria sua, afinal estavam seguindo a sua esperança, e ele fora enviado justamente para isso. A dúvida de sua vitória rodeava sua mente cada vez que um dos guerreiros despertava seu potencial, e já eram dois.

Aelin já havia tentado animá-lo com seu jeito sedutor e provocante de ser, mas nem mesmo a mulher quente foi o suficiente para arrancar o cruygark de suas preocupações. Então o guerreiro da esperança, Connor Hunter, adentrou na sala, caminhando até o painel de controle e ficando ao lado de seu aliado. Agora os dois olhos encaravam o vazio místico a sua frente.

— Você sabe como é enxergar vida onde só há escuridão e vazio, Alec? — Perguntou Connor, sequer piscando diante da beleza do espaço.

— Nós vivemos em constantes escuridão e vazio, Connor. — Concluiu Alec.

— A vida é muito mais bela que isso.

— O caos está à beira de ser liberado sobre todo o universo e a única coisa que separa a existência de sua destruição... somos nós. Nós somos a escuridão e o vazio que vão salvar a luz que ainda existe neste reino, mas ainda estamos mergulhados em escuridão e vazio.

— Você limita a sua mente ao que os seus olhos podem ver e não deixa com que seu coração sinta o que está ao seu redor. — Connor ergueu sua destra, deixando que a energia de seu cristal fluísse pelos seus dedos, gerando um largo círculo de energia. Colocando tal forma diante do espaço, a visão através da energia era completamente diferente. As estrelas eram bem mais brilhantes e pulsavam com a sua própria vida. Contornos energéticos flutuavam e dançavam em meio ao suposto vazio, de todas as cores. — Nós não estamos protegendo apenas o que os seus olhos podem ver, ou o que os seus dedos podem tocar. Nós estamos protegendo a natureza, sua própria essência, e o que nos dá coragem em nossos momentos mais sombrios. Não se sufoque com a responsabilidade, mas deleite-se de contemplar o lado mais luminoso da vida. Muitos não têm a sua sorte.

Alec não conseguia deixar de encarar o que estava diante de seu rosto, fazendo com que suas pupilas se dilatassem como nunca haviam feito antes. — Foi isso que você viu... enquanto acessava o seu potencial?

— É isso o que eu vejo a todo momento, desde que saltei daquela ponte. Não me atrapalha, muito pelo contrário. Deveria experimentar.

— Sabe que não possuo o mesmo poder que você.

— Mas possui a mesma coisa que me fez pular daquela ponte.

— Artêmis? — Alec arqueou a sobrancelha, confuso.

— A sua se chama Aelin... — Connor murmurou, rindo de leve e desfazendo o círculo. — Junte-se a nós, ninguém sabe ao certo o que estamos indo buscar neste planeta metálico. Precisamos de você. — O garoto moreno colocou a canhota sobre o ombro de Alec, dizendo que estava ali. Depois de afastou, voltando ao saguão da nave. Ninguém ousara explorar os confins da máquina além do salão principal e da cabine de comando, sabe-se lá se alguma armadilha de Rosak ainda estava perdida.

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⏰ Última atualização: Sep 28, 2017 ⏰

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