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Ela sorriu maliciosamente para mim. - Griffin. Ele gosta de ter... tudo disponível para ele quando visita. Acho que ele conhece alguma menina na empresa de TV a cabo.
- Oh, - eu disse, corando um pouco. Eu estava pensando sobre o que Griffin podia querer assistir em nossa TV, quando finalmente percebi o que estava atualmente passando na TV. Eu tinha parado em uma cena muito erótica envolvendo um homem nu e uma mulher, claramente no auge da paixão. E o homem era um vampiro, ou tinha um fetiche grave, porque estava dando a ela uma mordida bastante apaixonada no pescoço, com muito sangue e muitas lambidas e chupadas extremamente sugestivas. Corando furiosamente, eu coloquei no canal onde Lauren tinha originalmente e joguei de volta o controle remoto para ela.
Tentei ignorar o olhar que ela me deu quando riu baixinho ao meu lado. Quando ficou tarde o suficiente Lauren desligou a TV e olhou para mim. - Pronta?
Eu tentei sorrir. - Claro.
Ela riu de mim. - Não se preocupe, você vai ficar bem.
Nós pegamos nossos casacos e fizemos o nosso caminho para fora da porta. Eu tinha esperança de que Shawn estivesse em casa a tempo de me levar, realmente tinha sentido falta dele durante o dia, mas acho que ele ainda estava no trabalho. Esperava que seu primeiro dia tivesse corrido bem.
Esperava que meu primeiro dia corresse bem.
Nós caminhamos para o carro de Lauren e eu tive que sorrir. Era um carro velho dos anos sessenta - um Chevrolet Chevelle Malibu, de acordo com o para-choque. Preto brilhante com cromo polido em toda parte, era elegante e incrivelmente sexy; combinava perfeitamente com a sua condutora. Revirei os olhos um pouco pelo extremo de sua atratividade, que o carro estranhamente parecia acentuar. O interior era surpreendentemente espaçoso, com assentos de couro preto na frente e atrás. Eu tive que suprimir uma risada ao ver o toca fitas antiquado. Além da sala de TV, Lauren era um pouco atrasada na tecnologia. Não é que eu estivesse realmente á frente dele também - Shawn e eu não tínhamos nem mesmo celulares. Lauren sorriu quando deslizou atrás do volante, obviamente desfrutando de seu veículo. O que acontecia com caras de serem tão ligados a seus carros?
Ficamos quietos durante a viagem e eu comecei a ficar nervosa com borboletas no meu estômago. O primeiro dia em um novo emprego sempre me fazia sentir como se estivesse ficando doente. Olhei pela janela e comecei a contar as luzes da rua para me distrair.
Chegando ao Pete, e à luz vinte e cinco, de repente eu percebi que não tinha ideia do que fazer ou para onde ir. Felizmente, a menina bonita loira que foi nossa garçonete na outra noite, se apresentou como Jenny, e acenando para Lauren, me levou para o corredor, que levava a um deposito, em frente aos banheiros. O deposito era uma grande área de armazenamento com várias prateleiras ao longo de uma parede, segurando caixas de bebidas e cerveja, guardanapos, sal, pimenta e outros suprimentos aleatórios de bar. Um par de mesas extras estavam colocadas contra a outra parede, com pilhas de cadeiras ao lado delas, e outra parede tinha um grupo de armários que o pessoal utilizava. Jenny pegou uma camisa de uma das caixas em uma prateleira e me mostrou onde era o meu armário e onde me registrar no início de cada turno. Peguei minha nova t-shirt vermelha do Pete e me troquei no banheiro. Imediatamente, me senti um pouco mais relaxada. Algo sobre parecer com todos os que trabalhavam no bar me fez sentir como se eu pertencesse, um pouco.
Quando eu disse a Pete que fui garçonete, embora não fosse completamente mentira, eu estava exagerando um pouquinho. Eu tinha substituído minha irmã um verão enquanto ela saiu para "descobrir-se", o que quer que isso significava. A lanchonete era pequena, talvez a metade da quantidade de pessoas no Pete em uma noite típica. Eu estava um pouco apavorada.
Saindo do corredor poucos momentos depois, notei Lauren saboreando uma cerveja e encostado no balcão. A bartender também estava inclinando-se sobre o balcão (a camisa vermelha do Pete propositadamente cortada obscenamente curta), olhando Lauren sedutoramente. Lauren, ignorando-a, bebeu um gole de cerveja casualmente e sorriu quando me viu.
Fiz uma careta por causa da sua cerveja. Ela percebeu o meu olhar. - Desculpe, a Rita foi mais rápida do que você. - Ela sorriu. - Da próxima vez.
A bartender, Rita, era uma mulher mais velha loira (embora, eu duvidava que era sua cor natural) com pele que tinha sido falsamente-bronzeada muitas vezes, e que agora tinha uma aparência um pouco parecida com couro. Talvez em algum momento de sua vida ela tinha sido atraente, mas o tempo não tinha sido gentil. Em seus olhos, porém, ela ainda era e era escandalosamente paqueradora. E, como eu aprendi ao longo da noite, ela desfrutava muito do seu trabalho e parecia gostar ainda mais de todas as fofocas que seus clientes contavam. Corei várias vezes durante o meu turno, enquanto ela repetia suas histórias. Eu mentalmente lembrei-me de nunca (não que eu fizesse) confiar em um barman... Especialmente esta.
Ao longo da noite, eu segui Jenny enquanto ela tomava os pedidos dos clientes. Era um pouco confuso, pois a maioria das pessoas que vinham eram regulares que sempre solicitavam a mesma coisa. Ela simplesmente caminhava até a mesa e dizia: - Oi, Bill, o mesmo para você hoje? - Ele assentia e ela sorria e seguia para o bar ou para a cozinha para retransmitir uma ordem que eu nunca tinha realmente ouvido. Era intimidante.
Ela percebeu minha expressão preocupada. - Não se preocupe, você vai conseguir. Noites de semana são muito fáceis com os regulares... eles vão ser bons para você. - Ela franziu a testa um pouco. - Bem, a maioria deles vai ser bom para você. Eu vou te ajudar com os restantes. - Ela sorriu calorosamente e eu estava muito grata por sua bondade. Sua aparência era perfeita e sua personalidade brilhante. Ela era, como se dizia, bonita como um botão - pequena, cabelos sedosos loiros, olhos azuis e curvas apenas o suficiente para conseguir mais do que alguns olhares de admiração de alguns dos clientes. Ela era demasiado doce para eu poder ter ciúmes no entanto, e eu imediatamente senti uma ligação com ela.
Em algum momento da noite, Lauren veio até mim e me deu gorjeta para a bebida que eu realmente nunca lhe dei. Ela sorriu e pediu licença para se reunir com a banda para um show que teria em outro bar. Agradeci profundamente pela carona, beijando-o de leve no rosto, o que, por alguma razão, me fez corar, e fez Rita levantar as sobrancelhas especulativamente.
Ela sorriu e murmurou algo sobre não ter nada que agradecer e saiu do bar.
Mais tarde na noite, Shawn parou para ver como eu estava indo. Ele me deu um longo abraço e um beijo doce, para o deleite de Rita, que olhou para ele um pouco demais para o meu gosto. Ele apenas parou por alguns minutos, tinha um projeto que queria começar a trabalhar em casa. Ele estava incrivelmente feliz e a felicidade me contagiou. Encontrei-me sorrindo amplamente por muito tempo depois que ele se foi.
Quando não estava seguindo Jenny, eu limpava. Passei uma boa parte da noite limpando mesas, lavando os copos, ajudando na cozinha, e quando as coisas ficaram lentas no fim da noite... limpei o grafite das portas do banheiro. Pete me deu um pouco de tinta cinza e um pequeno pincel e deixou-me lá. Rita me deu instruções para deixar ela saber das coisas interessantes escritas lá. Jenny sorriu e me desejou boa sorte.
Eu suspirei.
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Too Intense
RomanceHá quase dois anos, o namorado de Camila, Shawn, é tudo que ela sempre quis; apaixonado, carinhoso e totalmente dedicado. Quando os dois se mudam para outra cidade a fim de começar uma nova vida, Shawn no emprego de seus sonhos, Camila numa conceitu...