O Filho da Minha Madrasta

CAPÍTULO 10

Quando me dei conta Anthony estava me beijando, um beijo calmo  e gostoso.

Mas a final estávamos em cima de um prédio a sei lá a quantos metros de altura, então mesmo não querendo eu empurro ele lentamente, fazendo sua boca se separar da minha.

- o que você fez?!

- eu te beijei.

- e é assim que você faz, leva as meninas para sair e as beija?!

- as meninas não, você.

Ele me beija novamente jogando o seu corpo contra o meu e me fazendo cair para trás.

Ele estava em cima de mim, me beijando e deixando escapar alguns gemidos. E aquilo estava tão bom que eu não queria parar nunca mais.

O seu celular toca, atrapalhando o beijo novamente mas dessa vez eu me levantei, ele olhou alguns segundos pra mim e logo depois atendeu seu celular.

- fala.

- *******

- e oque faz você pensar que eu vou comparecer?

- *******

- achei que nós  já estávamos entendidos.

- *******

Ele desliga, e parecia muito irritado.

- está tudo bem Anthony?

- não...não está nada bem, aquele idiota conseguiu acabar com a minha vida... jantar... ela quer que eu compareça no jantar para conhecer a filha do cara, nossa isso não está acontecendo.

- você só precisa comparecer, não tem que dar uma de bom garoto.

- o problema não é comparecer, o problema é que eu sei que em pouco tempo esse cara vai se casar com ela.

- mas sua mãe precisa ser feliz.

- e eu...eu não preciso.

Seu rosto estava vermelho e suas mãos fechadas, ele respirava profundamente  como se o seu ar faltasse mas ninguém melhor do que eu sabia que isso é  apenas o efeito da raiva e que logo passa.

Fiquei em silêncio porque sabia que nada que eu dissesse  o ajudaria.

- você quer que eu vá?

- quero que você fique...

Ele estava olhando pra o sol que já estava se pondo a cidade já escurecia.

- eu preciso ir.

Disse me sentindo a pior garota do mundo por ter que deixá-lo naquele estado.

- eu levo você.

- não precisa, você tem que...

- Lorena, eu levo você.

Descemos às escadas e voltamos para a estação de trem que já se encontrava quase vazia.

O vento começava a soprar e hoje parecia que ia ser uma noite fria.

- desculpe Lorena, por ter te beijando e por ter te feito presenciar o meu lado irritado.

- não precisa se desculpar,  eu fico irritada toda hora...e o beijo eu, eu gostei.

Ele parou e deu seu sorriso perfeito, aquele sorriso que talvez eu tenha sonhado na noite passada, estávamos a duas ruas longe do hotel em que eu estava hospedada com meu pai, faltava pouco para chegar mas o Anthony paro ele olhava em meus olhos e estávamos frente a frente.

- promete que depois que você virar as costas e ir  em bora você vai lembrar de mim?

- não gosto de promessas.

- podemos nos ver de novo?

- só se você me prometer que não vai entrar em nenhuma confusão.

- achei que não gostava de promessas.

Ele realmente sabia como me deixar sem palavras.

- eu só..

Ele novamente me beija, um beijo rápido mas que foi o suficiente para me tirar o fôlego.

- não faz mas isso.

- achei que tinha gostado.

- eu gostei... não pedi outro.

Ele pôs as mãos nos bolsos e concordou com a cabeça.

- ok, boa noite pra você  Lorena.

Eu me viro e vou em direção  ao hotel, tenho a impressão de ter sido uma idiota por interromper aquele beijo, eu so não queria que ele notasse o quanto eu sou fácil pra me apaixonar.

Meu pai estava na entrada, arrumado e com uma chave de carro na mão.

- vai sair?

Perguntei antes dele me dar uma bronca pelo horário.

- nós vamos.

- se for pra conhecer sua namorada pai, eu já disse... quando eu estiver pronta eu vou conhece la.

- eu não tenho tempo para esperar o seu tempo chegar, logo voltaremos para São Paulo e como eu fico.

- você fica como estava dias atrás...

- Lorena não quero mais brigar com você, esse é  o último pedido que te faço, em poucos dias voltaremos para São Paulo e tudo voltará a ser como era antes.

Meu pai estava praticamente me implorando para ir, e era a primeira vez que isso acontecia. A sensação era péssima era como se eu tivesse o poder e estivesse chantagiando ele com algo.

- só me dá um minuto para me arrumar ok.

Ele me deu um sorriso largo, eu subi em um ritimo acelerado...entro no quarto tirando minha roupa e entrando em baixo do chuveiro. O banho foi rápido, coloquei um vestido soltinho vermelho claro, quase rosa e uma sapatilha preta os cabelos ficaram soltos pois não tive tempo de fazer nada neles.

Pego às chaves do quarto e desço, meu pai parecia impaciente talvez um pouco nervoso.

- Lorena você demorou.

Disse ele me puxando pelas mãos até o carro.

O caminho inteiro meu pai foi dizendo como ela era gentil, disse que ela tem um filho que não é de muitos amigos e disse para manter distância dele mas do mesmo modo era pra cumprimentar todos que lá tivesse.

Eu ouvi calada olhando pela janela, casas e mais casas lindas com jardim e carros chiques na garagem.

Em alguns minutos paramos em frente a uma casa de dois andares rosa...isso mesmo a casa era mesmo toda rosa com as cercas brancas.

- chegamos.

Disse meu pai tirando o cinto de segurança e respirando profundamente.