CAPÍTULO 19

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Entrei no quarto, que por acaso era a última porta do corredor, me deparo com um cômodo médio pintado de amarelo e rosa, tinha uma cama box e em sua frente uma mini tv plasma grudada na parede.
Em um rack se encontrava um rádio do pequeno.

Em volta do quarto tinha algumas prateleiras com livros e ursos ao lado da porta tinha um guarda-roupa de 4 portas claro que sem nada dentro.

- gostou do quarto filha?

Disse meu pai se jogando em cima da cama.

- tem até computador.

Ele completa, olho para o lado da cama e vejo uma mesinha com um notebook em cima.

- gostei...melhor que o hotel.

O quarto realmente era charmoso, e tinha coisas lá que eu nunca tive em minha vida,  mas sei que aquele deve ser o quarto mais simples que tem na casa.

- bom, vou deixar você descansar um pouco ok?! Talvez eu saia com a Carla mas qualquer coisa é só me ligar.

E o inferno começou, eu estava pronta para perder meu pai, já sabia que agora eu não iria conseguir vê-lo nunca, a concorrência é grande.

-se não...amanhã conversamos.

Ele deposita um beijo em minha testa e sai do quarto fechando a porta.

Eu termino de dobrar minhas roupas e colocá-las no guarda-roupa.

Pego um short de dormir com uma blusa fininha (foto na multimídia), e vou para o banho, o banheiro era lindo, branco com detalhes dourados.

Ligo a torneira para ir enchendo enquanto tiro minha roupa, até agora eu estava me sentindo a vontade...mas quando a esmola é boa a gente desconfia.

Saio do banho, dou uma olhada rápida no corredor mas não vejo ninguém.

Devia ser umas oito horas por aí quando ouvi batidas na porta.

Levanto da cama e abro a porta lentamente...era Anthony, ele estava com um moletom e uma calça preta, devia ter acabado de chegar do seu passeio com aquela menina loira.

Fechei a porta em sua cara voltando a me me deitar, eu realmente estava com sono e agora não era lugar nem hora para ficar ouvindo as bobagens que Anthony diz.

Assim que fechei meus olhos ouso a porta se abrir, eu me arrepio por inteira mas continuo deitada sem me mexer.

Sinto a cama se afundando ao meu lado e segundos depois uma mão alisando meu rosto.

Eu não queria estragar tudo, mas não queria parecer fácil. Anthony me ignorou horas a trás...eu não podia deixar me levar.

Abro os olhos lentamente, e mesmo no escuro posso ver seu rosto sem expressão alguma ele apenas me olhava.

Tiro suas mãos de mim e sento na cama me cobrindo com o cobertor.

- oque você está fazendo aqui?

- oque você fez comigo?

- do que você está falando? Eu quero dormir, com licença.

- quero falar com você.

- mas eu não, sai.

Me encolhi, me cobrindo ainda mais.

- está com vergonha...de mim?

Ele se levanta e puxa o cobertor com toda sua força.

Corro até a porta abrindoá e ligando a luz, e só aí eu pude vê-lo com claridade.

Seus olhos estavam vermelhos, seu cabelo despenteado e sua roupa amarrotada...

- pra onde você foi? Você está péssimo.

Ele caminha rapidamente em minha direção me puxando pelos braços e me jogando na cama.

- você gosta mesmo assim que eu sei.

Ele deita sobre meu corpo impedindo meus movimentos.

- me solta, por favor.

Eu disse com a voz enrolada, ele estava me machucando e eu estava com medo do que ele poderia fazer alcoolizado daquele jeito.

- ei...morena, calma não precisa chorar, eu não vou fazer nada com você.

- sai de cima de mim...você está me machucando.

As lágrimas escorriam pelo meu rosto, o choro já não era mais de medo e sim de raiva, Anthony estava estragando tudo todas as possibilidades que tinha da gente ficar junto foi pro lixo naquele momento do que ele saiu agarrado naquela garota loira.

- se eu soltar você, você vai me ouvir?

- eu não quero conversa com você, eu não quero ver você, eu não quero ouvir você.

Eu tentava me debater mas seu peso estava sobre meu corpo.

- Lorena para, para de criancice.

- você está me chamando de criança? Você está bêbado, invadiu meu quarto, me machucou e agora está me prendendo e eu que sou a criança?

- eu só quero sua atenção.

- não precisava fazer todo esse show pra ter minha atenção.

- não?! Você fechou a porta na minha cara, me expulsou, e por pouco não me agrediu.

Disse ele com um sorriso brincalhão no rosto.

- eu não estou brincando, sai de cima de mim.

- Lorena olha só...eu bebi ok, bebi mas eu estou ciente do que estou fazendo.

- e oque  você acha que está fazendo seu idiota.

- isso.

Ele me beija, eu não me movo... fico ali parada ele tentava beijar minha boca mas eu não dou passagem para sua língua entrar.

- Lorena...por favor, fica comigo.

- você está bêbado Anthony.

Ele fica calado, parecia estar esperando algo. Começou a fazer uns barulhos estranhos e depois correu para o banheiro.

Vou atrás dele sem vontade nem uma de ajudar, penso que se ele soube beber sem ajuda ele saberia se cuidar sem ajuda.

Abro a porta do banheiro e encontro Anthony ajoelhado de frente para a privada.

- sai...não quero que você veja isso.

- porque? Você não quer que eu saiba que playboy também passa mal?!

Anthony tenta responder mas vomita no mesmo instante, isso realmente era nojento.

Sei que não devia mas, senti pena não gostava de ver ninguém assim, eu sabia o quanto isso era ruim.

- vem...levanta vai.

Digo tentando levanta - lo.

- oque você vai fazer? Abusar de mim?

- fecha a boca se não te deixo jogado aqui no chão mesmo.

Tiro seu moletom janto com sua blusa me deparando com uma barriga sarada.

Ouso sua risada e levanto a cabeça ficando ereta e seria.

- ok, parei.

- agora tira suas calças e entra embaixo desse chuveiro.

- porque você mesma mão faz isso?

Olho séria pra ele novamente.

- sim senhora.

Disse ele segurando na parede para não cair.

- idiota.

Disse fechando a porta e indo novamente para o meu quarto.

O Filho da Minha MadrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora