CAPÍTULO 18

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Eu já estava com as malas prontas, tinha arrumado as minhas e as do meu pai, não era muitas coisas mas foi bem cansativo.

Já eram 18:00 horas da tarde em Los Angeles a 'ida'  do meu pai a empresa estava demorando de mais da conta.

A noite começou com o pé direito, estava bem fesquinho o céu estava limpo com direito a música, pois acho que estava tendo festa no prédio da frente.

Meu celular estava em cima da cama, e até agora não tinha dado nem um toque se quer.

Sim....

Estou me referindo a Anthony,ele não me ligou nem me mandou mensagem confesso que tinha esperança mas, agora não importa mais aliás iremos morar na mesma casa.

Ouso barulho na porta e me viro rapidamente, era meu pai fazendo barulho com as chaves de um automóvel.

- nossa, já está tudo pronto?!

- poupei você de ter que ficar até amanhã arrumando tudo.

- ok marrenta, o rapaz que trabalha aqui no hotel já vai subir pra ajudar.

Um frio invadia minha barriga, o nervoso começava a tomar conta de mim.

Falar é fácil mas a hora que eu pisar meus pés lá com as malas de lado e encarar o Anthony vai ser totalmente diferente.

Meu pai foi pro banho, eu podia ouvir o barulho da água caindo no chão e a sua cantoria.

Eu estou feliz por ele só não prometo ficar e ver como isso irá terminar, ouvi falar que no começo dos relacionamentos tudo é mil maravilhas.

Os casais só se reconhecem de verdade depois de dois anos, um já sabe as manias um do outro, os defeitos,as chatices, e só conseguem focar na imperfeição.

Aí vem os desentendimentos, as brigas os insultos, as mágoas, o passado vem a tona e acabam se esquecendo do porquê de estarem juntos, esquecem das coisas boas que já viveram e das perfeições um do outro e é por aí que muitos optam pelo fim.

Porém... não pretendo me relacionar com ninguém tão cedo e...

- Lorena?

Meu pai me chama me tirando do mundo da lua.

- que pai?

- tem gente batendo na porta, você não ouviu?

Caminho até a porta e abro a mesma, me deparo com um sorriso branco e com olhos cor de mel.

- oi...tudo bem? Vim ajudar com as bagagens.

Disse o garoto todo envergonhado, ele chamava bastante atenção usava o uniforme do hotel que deixava seus músculos aparentes.

Dou lugar pra ele passar, e o mesmo entra seu perfume invadiu o quarto em minutos.

- prazer Maicon.

- prazer Lorena.

- brasileira, como o seu pai?

- sim e você?

- vim de lá a pouco tempo, o desemprego aumentou e eu precisava trabalhar.

Dou um sorriso de compreensão, mesmo não entendendo porque daquele indivíduo vir de tão longe para trabalhar como ajudante.

- olá.

Disse meu pai saindo do banheiro secando os cabelos os deixando todo arrepiados.

- olá senhor, já posso levar?

- não que isso, nos ajudaremos você só me de um minuto.

Nós? Que bondade, meu pai volta ao banheiro nos deixando sozinhos novamente.

- vocês estão há passeio?

- não...viemos para morar.

- que bom, aqui é um ótimo lugar para se morar.

- você mora por aqui?

- 3 quadras a esquerda, talvez você possa me dar o seu número...sei lá poderíamos sair para tomar um sorvete se você quisesse.

Entrego o meu número pra ele, o mesmo abre o sorriso, mas não aquele sorriso atrevido e sim de agradecimento.

- eu ligo pra você.

Ele disse pegando duas malas e saindo pela porta.

- cadê o rapaz?

Diz meu pai saindo do banheiro, dessa vez com o cabelo penteado e perfumado.

- já começou a levar.

Meu pai pegou mais duas e aguardou eu pegar as menores que restaram.

Em poucos minutos já estávamos dentro do carro, um senhor ficou encarregado de dirigir pois traria o carro novamente, o tal rapaz acenou  pra mim eu revido com um sorriso.

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O carro foi parando, abro meus olhos lentamente e percebo que já estávamos na tal rua.

- Lorena, chegamos.

Meu pai anuncia no banco da frente.

- eu percebi.

O moço e meu pai levaram as malas para dentro, enquanto eu tomava coragem pra entrar, após ter discutido com a dona da casa e dado um tapa na cara de seu filho tenho certeza que não sou bem vinda aqui.

- Lorena, não ficou mais nada aí?

Meu pai grita na intenção de que eu ouvisse, Faço um sinal negativo com a cabeça.

- então vem.

Respiro fundo, pego minha maleta de maquiagens que estava junto comigo no banco de traz.

Adentro aquele portão sentindo grandes patas pularem em mim.

- Max... não.

Um cachorro grande e peludo agora estava sentado em minha frente.

- desculpa, ele adora se mostrar.

Olho para dona da voz e me deparo com uma garota dona de uma bela e enorme cabeleira loira os olhos verdes e a pele branca como porcelana.

- tudo bem, adoro cachorros.

Ela sorri e adentra a mesma casa, entro minutos depois.

- querida deixa que eu levo para você, já preparei o seu próprio quarto.

Carla diz vindo em minha direção, olho para o lado e lá estava o bobo do meu pai rindo orgulhoso daquela cena falsa e patética.

Ela pega minha maleta e sobe as escadas, no mesmo instante vejo Anthony descendo as mesmas.

- você chegou?

Dou um sorriso, não sabia que ele me trataria assim depois do acontecido.

Ele vem em minha direção, eu me preparo para abraça - lo más ele passa por mim e cumprimenta a tal garota loira que se encostava logo atrás de mim, perto da porta.

Os dois conversam baixinho, fico constrangida, com ciúmes e raiva tudo ao mesmo tempo.

- Lorena, venha conhecer seu novo quarto.

Meu pai diz subindo as escadas e eu o acompanho, seja lá o que Anthony esteja tentando fazer esta dando certo mas não por muito tempo.

O Filho da Minha MadrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora