O Filho da Minha Madrasta

CAPÍTULO 24

Acordei com uma enorme dor de cabeça, o despertador soava alto em meus ouvidos.
O sol clareava o meu quarto irritando meus olhos.

Segundo o relógio que eu acabei de joga-lo no chão eram 6:00h da manhã,minha aula começava às 18:00 da noite mas eu teria que ir la pegar alguns papéis e dar uma entrevista.

Sim...era uma burocracia para entrar nesse Colégio,meu pai poderia ir no meu lugar mas ele fez questão de ir em uma reunião insignificante hoje.

Levanto quase me arrastando e vou para o banho,o sono só aumentava.

Ponho uma calça rasgadinha nas pernas, uma blusa preta de regata e um tênis confortável, solto meus cabelos e faço uma maquiagem básica com um perfume e pronto.

06:57 da manhã e eu já estava pronta,pego meus documentos e saio.

-Bom dia querida,o café da manhã está servido na cozinha se a senhorita quiser.

A mesma senhora de ontem estava no corredor com um aspirador de pó nas mãos.

- bom dia,irei querer sim muito obrigada.

Desço às escadas rapidamente virando a direita e adentrando a cozinha, a mesa realmente estava servida e tinha de tudo um poco.

Bolo,suco,café,pão, bolacha,batida,etc.

Não tinha ninguém sentado na mesa e nem presente na cozinha, engoli um pão com um copo de suco saindo rapidamente.
Vou para parada de ônibus mesmo, meu pai não deixou nem dinheiro para um taxi.

Após ficar uma hora dentro do ônibus desço perto de um prédio, não era bem um prédio mas pelo o seu tamanho parecia ser, várias pessoas entravam e saiam dele.

Caminho em direção ao colégio, com meus documentos já em mãos.

- oi tudo bem?pode me informar onde fica a direção?

- Você caminha até o final do corredor, depois é só virar a sua direita.

Respondeu uma menina simpática, com seus cabelos marrom claro e seu estilo ousado.

- obrigada.

Respondo devolvendo o sorriso, adentro o colégio seguindo o corredor cheio de portas e no final lá estava uma porta cor de verniz com o nome direção bem em seu centro e com placas a sua volta pedindo por exemplo: silêncio...bata e aguarde... entrada de alunos apenas com autorização.

Entre outras coisas, dou duas batidinhas leves na porta e espero como mandava uma das placas.

O colégio era enorme por dentro, só naquele corredor eu já tinha avistado umas cinco escadas e com certeza eles não iam para o mesmo andar.

- Lorena Rodrigues da Silva?

Uma senhora baixa e de óculos com alguns papéis nas mãos chamava pelo meu nome.

- sim, sou eu.

- você já pode entrar.

Peço licença e adentro a enorme sala que continha várias mesas com computadores, impressoras e tudo que tinham direito.

- sua entrevista será comigo ok?!

Disse ela se sentando atrás de uma mesa com os seus dedos entrelaçados.

- tudo bem.

Disse me sentando logo a sua frente.

- bom, aqui na sua ficha constata que você é brasileira, e que veio de São Paulo...me conta um pouco mais, porque veio pra cá, quanto tempo pretende ficar.

E lá vai eu lembrar do meu passado novamente.

- bom, eu realmente vim de São Paulo como está em minha ficha, vim com meu pai nós morávamos em São Paulo dês de sempre...dês de que eu nasci pelo menos e resolvemos vir para Los Angeles tentar uma nova vida, meu pai recebeu uma ótima proposta de trabalho aqui...então viemos e pretendemos morar aqui.

- veio você, seu pai, e sua mãe não veio?

Tentei deixar o mais óbvio possível mas pelo visto ela não entendeu.

- não, minha mãe morreu a alguns meses.

O clima ficou pesado naquela sala, a senhora parecia arrependida e sem jeito enquanto mexia em alguns papéis.

- você preenche esses papéis, e aguarde.

Confirmo com a cabeça pegando os papéis cheios de perguntas, e pelo visto eu tinha sido aceita no colégio...pelo menos isso.

Perguntas respondidas e cinco minutos de espera já se passavam, eu ainda estava com dor de cabeça e aquela espera toda só ajudava a aumentar.

- senhorita?

- sim.

Digo me levantando de pressa.

- você foi aceita parabéns, você precisa estar aqui as 18:00 que é a hora em que o portão abre. A partir das 18:05 ninguém mais pode entrar na escola, troca de período...troca de sala ok, uma reclamação direção, duas... expulsão, faltas nem pensar a não ser se for assunto sério e com comprovante, nessa escola é proibido roupas curtas devido a problemas que tivemos com alunas, tudo oque você precisa saber esta nesse papel ok?

- ok, muito obrigada.

Digo pegando meus documentos de suas mãos e saindo pelo mesmo lugar que entrei.

O ônibus estava parado despachando algumas pessoas pra minha sorte, corro até há ele subindo e me sentando no primeiro banco.

Por um lado era bom andar de ônibus, dava tempo de pensar na vida, no hoje, no amanhã, ver mais a cidade com calma.

Eu estava pronta pra encarar uma sala lotada de pessoas estranhas, eu realmente estava.

Pretendia da um novo rumo a minha vida, eu estava disposta a agradar mais meu pai, aguentar as implicâncias da Carla, até esquecer o Anthony...talvez.

(... )

Passo pelo portão de casa e ouso vozes do lado de dentro, talvez umas quatro...ou cinco diferentes.

Entro silenciosamente me deparando com meu pai e Carla sentados no sofá ao lado de Anthony e Heloisa e mais dois senhores.

- Lorena querida, venha ver onde será o casamento de Anthony.

Anthony? Casamento? Oque eu perdi?

Anthony olhava para mim assustado, Heloisa estava com aquele sorriso de deboche, meu pai pelo visto estava entediado com tudo aquilo diferente de Carla que estava quase pulando para dentro da tv não muito diferente dos dois senhores.

Olho para tv que passava um vídeo de um lugar lindo, tinha cachoeiras e muitas árvores com plantas e flores.

- parabéns para o casal, será um belo casório.

Digo olhando para Anthony que me olhava com a boca entre aberta.

- mas vou subindo, tenho muito oque fazer hoje.

Digo olhando para o meu pai dessa vez.

Ótimo, se Anthony quer se casar que se case...nunca poderíamos ficar juntos mesmo e se ele é tão feliz com ela como parecia nas fotos que sejam felizes.

Vou para frente da janela tomar um ar, as lágrimas queriam vir mas eu as trancava. Não iria mais sofrer...não pelo Anthony