capítulo 76

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Anthony continua....

- diz logo oque você quer?

- é bom rever você também.

- eu não tenho nada pra falar com você, eu não o conheço e não estou interessado em conhecer.

- não estamos aqui para nos conhecermos.

- continuo não entendendo.

- Lorena... Soa familiar para você?!

- já disse, fica longe dela ou...

- ou oque malandro?

Met chega mais próximo e me empurra com toda sua força, me equilibro com dificuldade para não cair para trás.

- você é louco? Ou tá chapado?

- as duas coisas... Porque? Algum problema?

Vejo ele colocando a mão dentro de sua calça e tirando de lá uma arma.

- hei... Você não deve ter licença para isso.

- oque ela viu em você? Você ai todo certinho... arrumadinho... Tudo em você e "inho" ... Ela precisa de mais... Ela precisa de mim.

Começo a sorrir, não sabia se era pela bobagem que ele acabara de dizer ou pelo fato de ter uma arma apontada para mim.

- esse mais sou eu, eu prefiro ser "inho" do que "ãoporque ão é de mais e tudo oque é de mais sobra... E não tenho que te lembrar que tudo oque sobra vai pro lixo.

- você está brincando com a minha cara? Acha que eu não aperto esse gatilho?!

Dessa vez ele subiu a mira da arma do peito para a minha cabeça.

- abaixa a porra dessa arma.

-oque me impede de enfiar uma bala bem aqui?

Ele encosta a arma em minha testa, eu estava suando frio, aquele cara era maluco.

Fecho meus olhos e respiro fundo, temendo que o nervosismo tomasse conta de mim.

E por puro impulso eu dou um tapa na mão dele fazendo assim a arma cair de sua mão.

Ele tenta pega-la​ novamente mas eu a pego rapidamente dessa vez mirando para ele.

- e agora?, Quem deve esquecer quem?

Met estava amedrontado, seu corpo estava paralisado... Agora ele era o alvo.

- atira... Se você for homem, atira...

Eu atiraria sem pensar duas vezes mas a arma já estava com minhas digitais, e o vilão da história passaria a ser eu.

Limpo a arma com minha blusa tocando novamente para ele.

- não ouse me ameaçar mais uma vez, da próxima eu não exitarei em matar você.

Dou as costas para ele me distanciando cada vez mais, confesso que o medo de levar um tiro pelas costas era grande mas, ele precisava saber que nada que vinha dele me intimidava.

Chego a casa de Lorena já de cabeça fria, mas estava incrédulo... A que ponto isso chegou.

-Anthony...

Lorena que estava sentada em uns dos degraus da escada com o meu celular em mãos, ela se levanta vindo correndo em minha direção.

-oque ele queria?

-ele quem?

-eu vi o número dele na sua lista de chamadas Anthony, é o mesmo número anônimo que me ligava.

-há... Ele ligava pra você? Qual foi a merda que você fez enquanto eu não estava aqui Lorena?

Há essas alturas eu e Lorena gravamos um com o outro, e agora minha mente estava me pegando peças, eu podia imaginar os dois se agarrando, as mãos imundas dele tocando nela, apalpando ela.

-porra Lorena, você está me deixando louco.

Dou um chute na cadeira fazendo-a cair no chão e causar um estrondo agudo.

-eu não fiz merda nenhuma Anthony... Eu o conheci em uma festa que fui assim que cheguei aqui, depois ele me convidou pra ir em um barzinho mas não rolou nada.

- você aceitou a sair com esse cara? Caralho Lorena você não pensa? Não percebe? Esse cara é perigoso... E não venha me dizer que não rolou nada entre vocês porque ele me deixou bem claro que vocês dois tem "assuntos" inacabados.

-não fala assim comigo... Como se eu fosse uma traidora mentirosa, eu estou dizendo a verdade, agora você acredita se quiser.

- como posso acreditar em você se a cada dia eu descubro uma mentira sua?!

- se eu não compartilho tudo com você é porque eu sei como você é... Imbecil.

-imbecil... Sou muito imbecil mesmo, sou imbecil por ter vindo atrás de você... Sou imbecil por acreditar por um segundo que você poderia estar grávida e que o filho seria meu, sou...

-cala boca... Não vou deixar você falar assim comigo, quer saber... Eu não deveria ter insistido em você, não deveria ter me metido entre você e Emanuelle, aliás vocês dois se merecem.

-concordo plenamente.

Meu sangue estava fervendo de ódio, eu estava de cabeça quente as palavras saiam da minha boca automaticamente.

- quer saber...

Ela sobe correndo as escadas, eu ouso barulhos vindo la de cima, barulho de coisas caindo no chão, e minutos depois ela desce com um travesseiro e um cobertor de baixo de seus braços.

-dorme no sofá, na minha cama você não deita mais.

- ótimo.

Arranco as coisas de suas mãos.

Eu não gostava de ficar brigando com ela, mas a possibilidade de eu ter sido traído por ela estava me deixando louco.

Ela me olha pela última vez e sobe as escadas batendo os pés.

Eu queria esquecer aquilo... Queria voltar o quanto antes para Los Angeles e a levar junto, lá as coisas eram diferentes.

Arrumo o sofá e antes de me deitar vou em direção ao banheiro do andar de baixo, um banho gelado era uma boa opção nesse momento.

Tiro minha roupa entrando de baixo do chuveiro e deixando a água fria cair pelo meu corpo inteiro.

Minha respiração começa a se acalmar, meus batimentos cardíacos começam a voltar ao normal.

E infelizmente o arrependimento começa a bater, tudo o que eu disse para Lorena estava vindo em mente.

Droga... Droga.... Droga...

Oque eu fiz?

Lorena não irá querer falar comigo tão cedo, oque eu disse provavelmente há magoou.

Me enrolo em uma toalha e saio do box, me enxugo colocando uma bermuda saindo do banheiro e me deparando com a escada.

Eu podia tentar... Subir lá em cima explicar tudo oque aconteceu naquela praça... explicar que aquela discussão foi efeito do nervosismo e da raiva, mas não dela e sim dele...

Coloco meu pé no primeiro degrau ainda indeciso.

Vou ou não vou?

O Filho da Minha MadrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora