CAPÍTULO 48

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Subo para meu quarto indignada, meu pai estava me mantendo presa na tal prisão imaginária dele.

Eu nunca mais vou poder sair de Los Angeles?

Meus amigos de São Paulo morreram?

E minhas tias...Meus tios...ele não pensa neles?

Alguém bate de leve na porta entrando, ouso passos delicados e cautelosos vindo em minha direção.

- pai sai do meu quarto por favor.

- não sou seu pai, ainda sou novo para isso.

Tiro a cabeça do travesseiro e vejo Anthony sentado na poltrona ao lado de minha cama com um sorriso alegre no rosto.

- agora não ta?! Se veio rir de mim, pode da a meia volta e sair daqui, não preciso das suas ironias.

- eu não vim rir de você morena, eu entendo que essa seja sua vontade...ir pra São Paulo rever amigos e familiares, mas vê se entende o lado do seu pai também, você é a garotinha dele...É tudo oque ele tem aqui, e pra ele a sensação de saber que você quer passar o seu aniversário de 18 anos longe dele deve ser péssimos.

- quanto?

Ele me olha meio confuso.

- quanto oque?

- quanto que ele te pagou pra vir e dizer tudo isso?

- haa... uma grana preta.

Comecei a rir automaticamente, eu gostava desse efeito que Anthony causava nas pessoas, ele não se esforçava pra fazer as pessoas sorrirem era tudo automaticamente.

- é assim que eu quero ver você...  --ele para e me olha por longos minutos-- quero te ver sorrindo princesa.

- corta essa...ainda não esqueci que você me abandonou plantada na frente da escola pra ficar se agarrando com aquela mimada.

- eu não abandonei você...você disse que já tinha carona, então fiquei na frente da escola esperando sua carona chegar, mas foi so eu me distrair e você sumiu.

- eu vi bem como você estava se distraindo.

Ele abaixa a cabeça parecendo envergonhado, suspira pesado e volta a olhar em meus olhos.

- quer conversar sobre isso?

- Anthony não, eu já entendi tudo...vamos deixar assim ok?!

- eu...

- você é um chato isso sim.

Digo arrancando um sorriso de seus lábios.

- eu só quero que saiba que eu e ela não estamos namorando.

- não foi oque ela me disse.

- eu sei oque ela deve ter falado pra você, pra você e pra escola toda mas a verdade é que...

- eu não quero saber a verdade, você tem que parar com essa mania de achar que sabe tudo oque eu quero.

-é muita marra pra pouco tamanho sabia?!

- seu idiota.

Digo dando um soco em seu braço, estávamos em silêncio apenas um admirando o outro até seu telefone tocar.

- pode atender, tudo bem.

Ele olha para o visor do celular ainda indeciso.

- já volto.

Ele sai do quarto já com o celular no ouvido, com certeza era Emanuelle ligando... marcando território... ridícula.

Pego meu notebook acesso meu Facebook, aquilo estava uma loucura, muitas notificações, diversos convites, e várias conversas.

O Filho da Minha MadrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora