CAPÍTULO 7

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- onde você estava Lorena... se tivesse acontecido alguma coisa com você eu nem sei oque faria. Aqui é Los Angeles menina, não é São Paulo que você ficava na rua até altas horas da noite... eu já estava ligando pra polícia Lorena, olha pra mim não me trate feito um idiota.

Meu pai estava gritando isso é muitas outras coisas assim que eu entrei no quarto do hotel, ele realmente estava nervoso mas isso não me intimidava nem um pouco.

- você está me ouvindo garota?

Ele me puxou forte pelo braço e ficou me segurando com muita força.

- você está ouvindo oque eu estou dizendo, eu achei que podia contar com você Lorena achei que nos divertiria - mós muito aqui mas eu estava enganada você ainda é uma criança.

Eu estava ouvindo tudo aquilo calada, mesmo cada palavra me machucando por dentro eu me proibia de abrir a boca.

- não vai falar nada?! De castigo uma semana dentro desse quarto, sua única vista vai ser a janela.

- a ótimo...você que quer namorar uma vagabunda que conheceu pouco depois da mamãe morrer, você que me arrancou da minha cidade sem nem ao menos eu me despedir dos meus amigos, você que me traz para o outro lado do mundo e é eu que tenho que ficar trancada.

- oque você está dizendo?

- qual parte? Os dos amigos, da distância, ou da vagabunda?

Eu pai me empurra e eu caio com tudo de bunda no chão.

- não sei mas quem você é... não parece ser minha filha.

Meu pai sai do quarto batendo a porta com toda sua força, eu sabia que tinha pegado pesado com ele mas...ele só tá pensando nele, ele não está pensando em mim.

Me trouxe pra cá pra me contar que está namorando uma mulher, e agora eu estou sozinha.

Me deito na cama e começo a chorar tudo oque estava trancado, eu não tinha ninguém pra me aconselhar ou pra até mesmo me dar um abraço.

Eu estava longe de todos, eu estava sozinha naquele quarto sem cor e frio

**************

》》》》》...》》》》》...》》》》》
Acordo com o meu celular vibrando, olho ao redor do quarto que continuava vazio a luz do sol tentava entrar entre as brechas da cortina... a cama continuava arrumada do lado direito confirmando de que meu pai não avia voltado ontem a noite.

》》》》...》》》》...》》》》...
Meu celular vibra novamente, tento encontrá-lo pela cama. Era um alerta de mensagem.

Oi... você chegou bem?

Penso em Lili, talvez ela tenha enviado essa mensagem ontem e só avia chegado hoje.

Lili...cheguei ontem, lembra?

Vou para o banheiro e faço minha higiene matinal.

Lili? Foi esse apelido que você botou em mim?

Lili...você está bem?

Estrangeira sou eu.

Fiquei observando aquele torpedo por alguns minutos até me dá conta de que esse só podia ser o arrogante de ontem.

Como você conseguiu o meu numero seu Angelino grosso.

Ontem lembra...fiquei com seu chip, talvez eu tenha dado uma espiadinha de leve.

Apaga o meu número e me deixa em paz.

Não mereço nem um obrigado por ontem?

Obrigado. Agora com licença, eu tenho mais oque fazer Angelino.

Não vou aceitar essa desculpa estrangeira, terá que me encontrar e agradecer com dignidade.

Moleque eu tenho cara de idiota por acaso?

Não sei oque é moleque mas vou procurar no dicionário, espero que tenha um significado bonito.

Lindo o significado agora me deixa em paz.

13:30 no mesmo lugar em que nos esbarramos ontem, não me faça ir aí.

Me bateu um desespero assim que lembrei de ontem...ele sabia o endereço do hotel, ontem...quando pedi a informação eu sem ao menos perceber disse...droga.

Vou para um banho demorado, pensando naquele grosso, eu não sabia nem ao certo do porque estava com ele na mente.

Mas confesso, o Angelino era lindo... seus olhos eram um azul escuro e seu cabelo arrepiado para o alto era loiro, sua pele branca e seu perfume tão doce que eu mal acreditei que ele realmente era real.

- Lorena..

A voz do meu pai acuo pelo quarto fazendo eco, demorei alguns segundos para responder.

- estou no banho.

- precisamos conversar.

De novo não...por favor

- eu...estou...no...banho.

Disse fazendo leves pausas para cada palavra.

- te espero no corredor.

Ouso a porta bater e saio da banheira um tanto irritada, pegou meu celular e envio uma mensagem pra quele número sem nome.

Tá de pé...13:30.

Ponho um vestido soltinho uma sapatilha deixo o meu cabelo solto e vou em direção ao corredor.

O Filho da Minha MadrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora