Crush or love?|| André Silva

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Nunca pensei que amor à primeira vista poderia acontecer comigo. Antes de conhecer pessoalmente o André pensava que ele era o meu crush. Aliás, até à uns meros dias atrás pensava que nem era possível eu o conhecer.
Continuamos no nosso belo passeio. Íamos conversando. Eu perguntava lhe sobre o início da sua carreira. Apesar de saber praticamente tudo sobre ele, pois o Google diz tudo, eu tinha que ter assunto. Não me podia sentir envergonhada, mais do que aquilo que eu já estou.

- Já estou farto de falar mos sobre mim. Ainda não falámos sobre ti. Conta me algo sobre ti. Conta me o curso que andas a tirar na Universidade.- ele diz me.

- Eu ando a tirar Direito.

- Quando precisar de uma advogada, vou falar contigo

- Fico à espera que te envolva em alguma confusão para depois precisares de uma advogada.- eu digo lhe e ele ri.

- Espero não me envolver em nenhuma confusão. Vá, conta me quais são os teus sonhos.

- Eu tenho os sonhos que todas as mulheres têm. Gostava de um dia casar e ter filhos. Não muitos. Não quero nenhuma equipa de futebol.- ele ri.- Também tenho outro sonho.

- Posso saber qual é?- ele pergunta me. Está muito curioso.

- Sim. Desde muito pequena que digo à minha família que quero ser comissária de bordo.

- Ainda vais a tempo. Acabas de tirar o curso e podes seguir o teu sonho.

- É isso mesmo que quero fazer. Adivinhas te o que estava a pensar. Lês pensamentos?

- Não. Adorava ler. Era muito útil em campo. Mas infelizmente não leio pensamentos.

- Dava muito jeito, não dava?

- Mesmo muito. Era o que mais pedia nesta vida, Jo.

- Também eu.

- Não ralhas te comigo por eu te ter chamado Jo.

- Já estou a começar a habituar me a que tu me chames Jo.

- Progressos, minha querida. Chama se progressos na nossa amizade. Conhece mo nos ontem. Certo?

- Sim. Se não estou errada. Nunca iria esquecer o dia em que conheci o meu ídolo.

- Sente te privilegiada, porque nunca saí com uma fã minha. Muito menos duas vezes. E também nunca fiquei amigo de uma fã minha.

- Continuo a ser tua fã, mas pelo que dizes, agora somos amigos. Se não conheceres uma fã, não podes contar lhe nada, e comigo, como amiga, podes contar me tudo o que tu quiseres.- Acabo de dizer isto e sinto o cheiro do seu perfume bem perto do meu nariz. Um abraço foi o que recebi dele.

- Desculpa. Foi impulso. As tuas palavras tocaram me no coração.- ele diz ainda abraçado a mim. Consigo ouvir o bater do seu coração. Mas não por muito tempo, porque ele logo se afasta de mim.

- Não faz mal. Tu disseste que agora somos amigos. Os amigos dão abraços e não se desculpam logo de seguida. Bem, acho que é melhor voltar mos. Tenho que ir para casa. Está a escurecer.- Olho para o meu relógio e vejo que já são quase oito da noite.

- Não vamos nada. Conheço um restaurante aqui perto. Vem jantar comigo.- ele diz me.
Fico com uma cara indignada.

- O que se passa? Não queres. É isso?

- Quero, André.

- Então porque fizeste essa cara?

- Apenas fiquei surpreendida.

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Olá!!!

Tudo bem?

Finalmente é fim de semana.

Está aqui outro capítulo.
Espero que gostem.

Beijos, Joana