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- E se forem? Não tens nada que chamar minha querida à Johanna.- André diz ao irmão. Ele está passado. Qual é o problema dele?

- André, tem lá calma. Não sou propriedade de ninguém.- digo a André.

- Eu vou embora. Vocês têm muito que conversar.- Afonso diz nos.

- Adeus, Afonso.- digo a Afonso e dou lhe dois beijos na bochecha. Os olhares do André outra vez.- André, pára de olhar assim para nós. Que mal fizemos?- pergunto lhe quando Afonso já tinha saído da porta para fora.

- A mim não me dás beijos e a ele dás.- André diz fazendo beicinho. Porra André, essa cara é adorável.

- Isso são ciúmes, meu querido?

- Sao. Também quero. Porque é que lhe dás a ele e não me dás a mim?

- Porque ele é fofo.

- E eu não sou?- André diz me enquanto me faz cócegas. André pega em mim ao colo e leva me para a sala. Não consigo parar de rir, porque ele não pára de fazer cócegas.

- André, pára!

- Só quando me disseres que sou mais fofo que ele.

- Ele é mais. Para quê mentir?

- Ai és assim?

- Não. Também és fofo.

- Mais fofo que ele?

- Sim, André. Agora pára!- digo lhe autoritária. Mas ele não o faz. Pelo contrário, ele faz ainda mais cócegas.- André, vou morrer. Estou a ficar sem ar.

- Johanna, não morras.- finalmente parou.- Está melhor?

- Isso pergunto eu, ou ciumento.

- Claro que sim. Tu disseste que sou mais fofo que o Afonso.

- Mesmo sendo mentira.- murmuro.

- Eu ouvi, Jo. Queres mais cócegas?

- Não, André. Não é mentira. És um fofo. Menos quando fazes cócegas.

POV André

Ia matando uma pessoa que conheci à menos de um mês, mas que até já me meteu numa cozinha, de avental. Nenhuma namorada que alguma vez tive, me meteu na cozinha, e muito menos de avental. E porque é que eu tive ciúmes do Afonso e da Johanna? O que se passa comigo? Isto não é normal. Percorro os olhos verdes da rapariga que se encontra à minha frente. São tão lindos, tal qual como ela é.

- André, estás a olhar para mim tão fixamente que estou a ficar assustada.- Jo diz me. Quase nem ouço o que ela diz. Perdi me completamente nos olhos dela.- André, o que se passa? Estás a assustar me. Porque é que estás a olhar assim para mim?

- Tens os olhos tão bonitos. Já te disse isso alguma vez?

- Não. É a primeira vez, mas já me disseste que tenho os olhos verdes. Mas isso não é novidade nenhuma. Mas tu não sabes uma coisa sobre os meus olhos.

- Ai não?- pergunto lhe, ficando cada vez mais perto do seu rosto.

- Não.- pensava que ela ia afastar a sua cara, mas não o fez.- Eles mudam de cor. De manhã estão mais castanhos e à tarde estão mais verdes.

- Menina especial.- digo lhe e rimos os dois. Passamos a vida a rir. Como é possível? Ela é das pessoas mais queridas que já conheci em 21 anos de existência. Ai André, o que estás para aí a pensar? São apenas amigos. Bons amigos. Acho que sim.

- Quem me dera.

- Porque razão passas a tua vida a lamentar te? És linda!- verdade.- Já te disse isso. Vais conseguir ser o que sempre quiseste ser. Não quero voltar a dizer te que vais ser comissária de bordo. Vais ser, Johanna. Apenas luta.

- Eu luto, André. E vou conseguir.

- É esse o espírito. Vamos comer? Tenho fome e quanto mais depressa tirar este avental, melhor.

- Por mim, já podes tirar. Queres ajuda?

- Se não te importares, podias desapertar o nó. Afinal, foste tu quem me meteu esta coisa.

- André, esta coisa chama se avental.- ela diz isto e viro me para ela, tendo em conta que estamos na cozinha e que ela se encontrava atrás de mim, e riu me.

- Tiras ou não?- pergunto lhe ainda virado para ela. Quando a sua mão toca no meu corpo (camisola) para tirar o avental, uma sensação estranha invade o meu corpo. Que arrepio enorme. Este momento deixou me sem palavras. Só consigo soltar um enorme suspiro. Johanna olha para mim.

- O que se passa?- ela pergunta me porque não percebeu o que acabou de acontecer.

- Nada. Foi só um arrepio. Nada de mais.

Comemos e fomos dar o tal passeio. Estivemos a tarde toda na praia, porque eu prometi à Johanna que víamos juntos o pôr do sol. Assim foi. Voltámos para minha casa, porque parece que eu vou cozinhar de avental pela segunda vez hoje. Que felicidade.

O jantar correu bem. Razoavelmente bem. A Johanna não ficou até muito tarde, porque tinha faculdade amanhã e eu tinha treino. Amei tanto o dia de hoje. Só não gostei da parte do avental.

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Olá!

Okay, primeiro, vou avançar a história um bocado. Tipo um mero mês ou mais. Logo se vê. Não muito tempo, só o tempo do André e da Johanna se conhecerem melhor e depois pode ser que aconteçam coisinhas maravilhosas. Não queria andar muito depressa com a história, mas está a tornar se cansativa, do tipo, nunca mais acontece nada. E para prevenir esses eventos, vou andar um bocado mais depressa com a história. Mas não é muito e não é até eu publicar o último capítulo desta história. Espero que isso não seja breve. Segundo, espero que estejam a gostar.

Beijos, Joana

Crush or love?|| André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora