Crush or love?|| André Silva

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Dia seguinte

O almoço com a minha família e a apresentação do André foi extraordinária. Não houve constrangimento.

(3 meses depois)

Hoje o André tem jogo e eu vou levar o meu pai, porque este ainda não sabe que o André joga no clube do qual ele é adepto. Estou um bocado nervosa.

- Pai, vamos embora.- okay, estou a gritar para o meu pai, porque ele está no quarto que fica no primeiro andar da casa e eu estou à porta, pronta para me ir embora.

- Já cá estou.- ele diz chegando ao pé de mim, todo vestido a rigor. Camisola do Porto, cachecol. Uau! Estou surpreendida!- Filha, que camisola é essa? Nunca a tinha visto cá em casa.

- É a minha camisola de sempre. Mas à uns oito meses que é ainda mais especial.

- Porquê?- ele pergunta me enquanto entramos no carro.

- Tem o pedido de namoro do André e está assinada pelo plantel todo da equipa A.

- Tens uma sorte. Já agora, como é que o André conseguiu que o plantel todo assina se a tua camisola?- ele pergunta me indignado. Não lhe vou dizer agora.

- O André conhece alguns dos jogadores.- menti lhe. Acho que ele não reparou, porque voltou a pôr os olhos no jogo. Pois, o jogo já tinha começado.

Começou agora a segunda parte do jogo. Ainda está 0-0. Espero que o André marque um golo. Só vou dizer ao meu pai que o André joga no FC Porto quando este marcar um golo.

Porra, ele conseguiu. O André marcou um golo. Eu e ele combinámos que se ele marcasse um golo, ele dedicava me o golo. Isso aconteceu!!

- Filha, porque é que aquele jogador apontou para ti e te dedicou um golo?- ele pergunta indignado.

- Pai, é o André.

- Qual André? O teu namorado?- ele pergunta e faz uma cara super estranha.

- Sim. É o meu namorado.

- Filha, andas a esconder me isto à imenso tempo.

- Pois, parece que sim. Mas não estás contente?

- Claro que estou, minha querida. O meu genro joga no meu clube de sempre. Quem não quer ter uma oportunidade destas?- ele diz super alto. A minha sorte é que está muito barulho no estádio e não se ouve quase nada. É a minha sorte.

- Pai, ninguém precisa de saber isso.- eu chamo o à atenção.

- Desculpa Johanna. Tenho muitas emoções para digerir. Isto não é fácil. Imagina se fosses tu, filha?

- Eu!? Eu desmaiava, eu morria e eu ressuscitava. Eu nem as emoções conseguia digerir. Mas ainda bem que isso não me acontece.

- Pois não. Vê lá. Ele é o teu namorado. Queria a tua mãe que lhe tivesse calhado um jogador do FC Porto.

O jogo já acabou e agora vamos esperar pelo André. Eu acho que o rapaz vai ficar com muito medo do meu pai. Aliás, até eu tenho medo. O jogo ficou 3-0. O André marcou 1, o Soares marcou 2.
André chega ao pé de nós e o meu pai quase salta para cima dele. Mas não salta. Só abraça o André com toda a sua força.

- Pai, coitado do André.- eu digo ao meu pai e toco lhe para ele largar o André.

- Filha, este rapaz é o meu sonho tornado realidade.

- Pois pai, também é o meu.