A perfeita confusão

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Mas um mês se passou e algumas coisas tinham melhorado. Eu passei a sair mais. Comecei a estar com grupinhos e assim as coisas seguiam.

Hoje é quinta-feira. A tarde está um tédio desde que cheguei da escola. Entrei no facebook e meu amigo chamou...

LEANDRO- Amiga vamos na saída da escola comigo?
IRES- Vamos. Te encontro na sua casa em 10 minutos.

Fui para meu quarto e troquei de roupa. Em 10 minutos eu estava lá. Nos cumprimentamos e fomos. Chegando lá tinha bastante gente. Inclusive uma garota que me chamou bastante atenção. Seu nome era Rebeca. Ela era branca, olhos castanhos, e cabelos pretos. Ela estava com uma camisa verde água e uma bermuda branca. Seu cabelo estava preso num rabo de cavalo baixo jogado pra frente e boné. 
O que mais me chamou atenção no momento foi teu sorriso. E que sorriso.

- Gostou amiga? Disse ele com um sorriso malicioso no canto da boca.

- Para, nada haver. Só achei ela bonita. Eu estava corando.

- Ela quer ficar com você. Disse e saiu na direção dela.

Caramba... O que o Leandro  estava fazendo... Eu namoro. Tudo bem que é a distância, mas mesmo assim. - Para de ser boba. Fica com ela. A Karen nem vai saber. Outra que ela deve fazer o mesmo. - meus pensamentos não me ajudavam. Então fui conversar com ela.

-Ei. Disse ela se aproximando cada vez mais

-O-oi. Disse com certa dificuldade.

Aquela situação era bem constrangedora para mim. Afinal eu era bem tímida. Eu tremia mais que tudo e estava visível o meu nervosismo.
Fomos para o estacionamento do mercado e ficamos. Foi muito estranho.
Quando voltamos, nossos amigos tinham combinado de ir no parque das árvores e nos chamaram. Minha irmã não deixaria e então eu tive que ligar e inventar uma desculpa.

IRES- Tô indo na casa do Leandro. Ele vai comprar pizza. Volto mais tarde.
ROSILENE- Ok não demora.

Desliguei o celular e fomos. Ficamos um tempo com nossos amigos e depois saímos para uma rua pra ficar a sós. Confesso que cada segundo com ela era fofo. Ela me confortava. A sensação de estar nos braços dela me fazia esquecer de tudo.

- Ei. Porque está tremendo? Perguntou ela ajeitando uma mecha atrás da minha orelha.

- Não é nada. Eu só...

- Pode confiar em mim.

- Eu não estou acustumada com isso. Senti minhas bochechas corarem na mesma hora. - Eu não fico com muitas garotas e nem saiu para lugares como este. Estou nervosa. Tudo saiu como um sussurro.

Ela sorriu e direcionou sua o em meu queixo fazendo com que eu a encarasse. - Não há problema algum nisso. Eu diria que você é pra casar. 

Eu sorri de volta e por um instante achei que meu coração fosse sair pela boca.
Já estava tarde e então ela foi me levar pra casa. Nos despedimos e ela me pediu que eu fosse pra sua casa na manhã seguinte. Eu pensei na escola, mas não me importei em faltar.
Eu dormi pensando no quanto aquele dia foi bom. Apesar de gostar muito da Karen, eu passei a acreditar que não nos veríamos tão cedo e que nossa história não era tão seria assim.
O dia amanheceu logo. Levantei as 6hrs e me arrumei mais do que o normal. E fui.
Chegando na escola ela já estava lá me esperando. Dei um selinho nela e fomos. 

- Ei, como foi a noite? Perguntou entusiasmada.

- Foi bem. Disse apressada.

- Esta com vergonha? Indagou curiosa.

- Um pouco. E preocupada também.

- Preocupada? Porque? Ela franziu franziu a testa e me encarou.

- Eu nunca cabulei aula e sei lá. Abaixei a cabeça e respirei fundo.

- Não fica preocupada. Vem entra. Sorriu vitoriosa.

A casa dela era nos fundos da casa de sua mãe.  Bom, não era uma casa. Era um quarto. Tirando a bagunça era bem confortável.  Deitamos pra assistir um filme e acabamos dormindo. Quando acordamos fomos a padaria. Compramos algo pra comer e voltamos.
O clima estava tenso. Ninguém falava nada. Então ela quebrou o silêncio.

- Parece que está com medo. O que foi? Perguntou enquanto cortava o pão.

- Sabe o que é?  Eu tenho medo de me apegar as pessoas. Já sofri demais. Eu não quero gostar de você. Mas o jeito que me trata é tão fofo. Você precisa parar.

- Ei. Fica tranquila. Não vou te magoar.  Ela sorriu e me deu o pão pronto.

O dia passou e foi ótimo, confesso. Eu só não poderia me apaixonar por aquela garota.

O Nosso DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora