Você vai ficar bem.

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Passou alguns meses e tudo estava ótimo.
Eu e minha irmã nos mudamos e agora só morávamos eu, minha irmã Rosilene e minha sobrinha Ana Júlia. 
  Minha família ainda estava em processo de aceitação, mas já me tratavam um pouco melhor. Eu tinha terminado a escola. Tinha arrumado um emprego e as coisas com a Karen estavam indo de bom a melhor.
Mas havia um pequeno problema. Eu acabei me envolvendo com a Bruna. Já se passou um mês desde que a conheci e ela acabou se apaixonando. Definitivamente isso não estava nos meus planos. Porém, eu não podia magoar ela. Ela acabou se tornando especial pra mim. E eu gostava dela. Não tanto quanto da Karen, mas gostava.
Decidi por levar essas duas histórias adiante. Até porque não tinha como nenhuma das duas saber.

Oito meses se passaram e estava tudo indo as mil maravilhas. Até a Karen começar a desconfiar.

KAREN- Você esta diferente comigo. Esta me escondendo alguma coisa. Faz quase dois anos que eu te conheço. Tem algo pra me contar?
IRES- Não amor. Estou normal. Impressão sua.
KAREN- Eu sei que não é... Mas ok.

Depois desta conversa eu achei que ela não se importaria mais. Porém eu me enganei feio. Eu não sei de que forma, mas a Karen conseguiu falar com a Bruna. Elas conversaram e acabaram descobrindo tudo.

IRES- Ei... desculpa :(
KAREN- Eu sabia que você estava escondendo algo de mim. Só não sabia o que. Não quer me dizer o que é?
IRES- Não. Você sabe o que aconteceu. Eu só tenho que pedir desculpas.
KAREN- E você acha que me pedir desculpas vai apagar o que você fez? Eu te amei de verdade Ires.
IRES- Eu sei que não vai apagar. Mas preciso que me perdoe. Eu também te amei e ainda te amo. Eu só sei que não posso ficar sem você.  Eu termino com ela se for preciso. Mas com você não.
KAREN- Não sei. Eu preciso de um tempo para pensar. Preciso digerir o que aconteceu.
IRES- Eu só peço que não me deixe. Eu realmente estou arrependida por tudo.

Meu mundo despedaçou. O que eu faria agora? Eu realmente amo essa garota. A Bruna que me perdoe mas... Eu preciso terminar com ela.
A Bruna já havia me mandado mensagem e eu sabia que deveria dar uma explicação a ela. Mas preferi ir até a casa dela para conversarmos.
Quando cheguei já se passava das 23hrs. Era o horário que ela chegava do trabalho.  Entrei e fui conversar com ela.

- Ei, acho que devo uma explicação né. Faço uma pausa. - Eu sei que nem mereço suas desculpas, mas... Antes que eu acabasse ela me interrompeu.

- Eu não quero ouvir nada, eu te amo muito. Murmurou ela encostando na parede.
Eu ia abrir a boca pra falar algo quando ela continua.
- São oito meses. E o que aconteceu entre nós esse tempo? Foi tudo fingimento? Porque da minha parte não. Eu pensava num futuro pra nós. Perguntou gritando.

- Não. As lágrimas insistiam em querer cair. Então respirei fundo com certa dificuldade. - Eu, não menti. Eu não fingi. Eu gosto de você Bruna. Mas... - Dei uma pausa.  - Eu sempre te deixei bem claro que amava a Karen. Ela é importante para mim. N-não tem como você esquecer uma pessoa assim.  As lágrimas caiam sem permissão. A voz estava engasgada e tudo o que eu queria era poder voltar no tempo.

-Ok. Eu sei que não. Mas eu te amo. E eu quero você. Franziu a testa aflita. - Fica comigo Ires. Disse se aproximando de mim. - Por favor.

- Eu não posso. Afirmei , me afastando dela.

- Você acabou com com a minha vida. Sussurrou ela . - Eu nunca amei ninguém assim. E você faz isso. Sua voz estava falha e não demorou muito para que ela começasse a chorar

- Acho melhor eu ir embora. Digo caminhando até a porta.

- Não. Gritou ela. - Já que você vai embora de vez fica só por essa noite. Insistiu ela.

-Tudo bem. Por essa noite eu fico. Digo indo para a cama.

- Posso te pedir uma coisa ? Pergunta ela, deixando o espaço entre nós cada vez menor.
Deixo pra ela um olhar que diz "continue".
- Eu posso... Sussurrou ela.

O espaço entre nós era mínimo e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela colou seus lábios nos meus. Era um beijo intenso. Um beijo de despedida. E quando as coisas já estavam perdendo o controle decidi me afastar.

- Melhor não. Vem cá. - Indaguei abrindo os braços para que ela me abraçasse. - Eu vou sair da sua vida, mas eu sempre me lembrarei de você com carinho e você vai ficar bem ok?! E se quiser posso ser tua amiga ainda.

- Ok, melhor que nada. Suas palavras saíram como um sussurro.

Depois de tudo o que havia acontecido eu estava exausta,  deitamos na cama e acabamos adormecendo.

O Nosso DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora