Capítulo 3

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Dias atuais...


Todos os fins de semana são assim; Joana e Nathan trazem Marcos para brincar com Henrico no sabado, Peter sempre tem algum trabalho pra fazer em casa ou no escritório e eu fico sozinha com os trigêmeos; a família de Peter vem pra almoçar no domingo, Gabriel e Kathy as vezes aparecem para uma visita e se o dia estiver bom, acabamos na praia, mas ainda assim me sinto sozinha com as crianças.

Todos os malditos fins de semana são assim.

Passaram-se cinco anos desde que os bebês nasceram, e ainda me sinto perdida e sem rumo. Sinto que meu papel na Terra agora é simplesmente ser mãe. Henrico, hoje com dez anos, já se vira sozinho e sempre prefere conversar com Peter à comigo. E eu entendo, ele é menino e tem as suas duvidas de menino. Ele se tornou um protetor dos sobrinhos e eu acho fofo.

A família hoje está toda reunida. Gabriel e Kathy vieram para o final de semana e estão se divertindo no mar. As vezes eu os invejo. Eles sempre parecem estar em lua de mel, mesmo depois de cinco anos de união.


Joana e Nathan também estão na área mas agora sairam com Marcos e Henrico para comprar o game que eles queriam. Meu sogro está na churrasqueira com Peter, minha sogra está na cozinha fazendo alguma coisa que eu nem ligo.
As crianças estão na beirada do mar esguichando água uns nos outros.


- Mat, pare agora com isso. Não vê que a Julinha está ficando com o olho irritado? - essa era Luiza, a estressada, repreendendo o irmão.

- Não, tudo bem Luz. Eu até gosto da aguinha. - essa era Julia, a pacificadora, tentando apaziguar a situação.
- Viu só, Bruiza - esse era Matheo, sendo o moleque que é, e usando o apelido que inseriu a irmã. Algo em torno de bruxa com Luiza. - Ela gosta. - e terminou a briga com a língua pra fora.


Eu ri da briga dos três. Era sempre assim. Luiza gritava, Julia apaziguava e Matheo irritava. Mas sempre um estava ali para o outro. Ai de quem se meter em repreender um na frente do outro. Leva um baita sermão dos outros. A menos que seja eu a pessoa que repreende, sendo assim eles abaixam a cabeça e acatam. Nem Peter acredita as vezes.
Meu pequeno mundo em miniatura.


E eu estou aqui, sentada na areia em cima de uma esteira, enquanto vigio o trio.
Aproveito o pequeno momento de descontração que posso ter e passo bronzeador no corpo. Minha intenção é pegar um bronze.

Olho meu ipod com o fone de ouvido conectado, que está depositado ao meu lado e suspiro

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Olho meu ipod com o fone de ouvido conectado, que está depositado ao meu lado e suspiro. Viro meu tronco pra trás e vejo meu digníssimo marido se divertindo com o pai enquanto eu fico aqui de vigia.

Hoje não querido.

-Peter. - o chamo alto o suficiente para que a praia inteira escute. - Dê uma olhada nas crianças. Eu vou escutar música e tomar sol.

Depois do Recomeço (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora