Capítulo 23

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- Fique mais um pouco, minha querida. – Beck levantou-se da mesa e veio ao meu encontro. – Não quer lanchar conosco?

Eu tive vontade de xinga-la de falsa, por estar recebendo em sua casa a causadora desse meu inferno pessoal. Mas obviamente vesti minha mascara de "tô nem ai pra você" e sorri meu melhor sorriso falso.

- Obrigada, mas eu realmente preciso ir. Marcello está me esperando no carro.

Pelo canto dos olhos noto Julia descendo do colo da víbora e essa mesma víbora também se ajeitando.

- Desculpe minha falta de educação, deixe-me apresentar vocês duas. – minha sogra disse.

- Não há necessidade, Beck. Eu sei muito bem quem é essa... mulher. – o tom de escarnio na minha voz era tão visível que até as crianças estranharam.

Notei que Katrina franziu a testa para depois deixar aparecer um sorrisinho idiota na cara.

Notei que Katrina franziu a testa para depois deixar aparecer um sorrisinho idiota na cara

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Rebecca ficou sem graça.

- Oh... eu... – ela não sabia o que dizer.

Mas não precisa falar mais nada.

- Vamos, crianças. – chamei um pouco ríspida demais.

- Tchau meus anjos. – a vaca teve a petulância de se despedir dos meus filhos.

Seus anjos?! Seus anjos?!

Argh!!! Que vontade de voar em cima dessa magrela e arrancar cada fio de cabelo importado da cabeça dela.

Rebecca me acompanhou até a porta, mas antes de me deixar passar segurou meu braço amigavelmente.

- Helo...

Levantei a mão para interrompe-la.

- Rebecca, por favor. A casa é sua, não me deve satisfação de quem entra e quem sai daqui, mas eu te peço, se for pra ficar recebendo essa mulher aqui, só me avisa, pois meus filhos não voltam mais. Eu não os quero perto dela. – tentei não soar ameaçadora. – Fui clara? – obviamente que falhei na missão de ser delicada.

Leoas não são sutis, ou são?!

Ela engoliu em seco e assentiu.

Eu não disse mais uma única palavra e sai, entrando no carro e indo em direção á minha casa.

- Ela estava lá, acredita? – disse baixo para apenas Marcello ouvir.

Ele franziu a testa e em um segundo captou a mensagem.

- Não creio. Estava fazendo o que?

Dei de ombros.

- Não sei e nem quero saber.

Ele riu.

- Aham... tá bom! O Peter estava lá?

Neguei.

Depois do Recomeço (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora