Heloisa
Eu queria correr também e tirar Joana das mãos daquele idiota, mas me sentia meio desorientada tamanho a força que ele empregou no tapa no meu rosto. Marcus, saiu em disparada para ajudar a mãe.
- Solta minha mãe, seu babaca. – ele chutou a canela de Theodoro, mas claro que não fez nem cócegas.
- Saiu daqui seu bastardinho. – ele gritou com o próprio filho e o empurrou com o pé.
Marcus caiu no chão, mas não se machucou. Vi seus olhinhos inflamarem de raiva. Era um pecado que tão pequeno como era, já tivesse que passar por isso.
- Seu filho da puta, não toque no meu filho. – Joana tentava se debater no aperto de Theodoro, em vão.
O menino então correu até a barra e a agarrou. Neste momento voltei a minha consciência.
- Largue isso, seu merdinha. – o imbecil vociferou e soltou Joana, que no mesmo momento pulou em suas costas tentando o parar e não deixa-lo chegar ao filho.
- Corre, Marcus.
Ele correu para meu lado e me passou o bastão. Theodoro tentou impedi-lo, mas Joana de alguma forma conseguiu retarda-lo. Mas não por muito tempo. Ele jogou-a no chão e escutei um baque surdo de seus ossos batendo no concreto e fechei os olhos rezando para que ela estivesse bem.
- Me dê isso, Heloisa. – Theodoro estendeu o braço para tomar a barra da minha mão, mas a segurei como minha vida.
- Vem pegar, desgraçado. – soltei com a voz falha.
Ele riu e fez exatamente isso, mas eu estava realmente empenhada em segura-la como minha vida. Como tentou puxar de minhas mãos e não conseguiu, juntou as duas mãos no meu pescoço bloqueando a passagem de ar.
- Talvez eu deva aproveitar que aquele idiota apaixonado não está aqui para te matar de uma vez
.
O desespero começou a me tomar quando tentava puxar o ar e não conseguia. Senti meus pulmões parando de funcionar, consequentemente me deixando mais mole e meus membros frouxos. A barra caiu de minha mão com um barulho estridente. Minha visão ficou turva e eu tentava pedir para parar, mas a ira que vi em seus olhos me fez crer que ele não pararia até que me visse sem vida.
Senti meus olhos saltando e minha garganta fechando e então... tudo acabou.
Peter
Já havia se passado um tempão e nada de movimentos na parte da frente. De repente vi um carro de aproximar do galpão com os faróis desligados. Assim que parou e a porta se abriu eu vi Andrew saltar do interior. Ele olhou desconfiado para todos os lados e se dirigiu para o porta malas.
A raiva me dominou em pensar que ele ajudou Theodoro no seu joguinho de vingança e por esse motivo merecia uma boa correção.
Cutuquei Gabriel que estava com os olhos fechados e lhe mostrei com a cabeça onde Andrew estava.
- Quem é esse? – ele sussurrou já se arrumando no assento.
- Andrew filho da puta Davis. – cuspi baixo o suficiente apenas para ele ouvir.
O vi arregalar os olhos e instantes depois estralar os dedos.
- Vamos lá?! – ele indicou com a cabeça para fora da van e eu não pensei duas vezes.
- Logo atrás de você.
Ele abriu um sorriso demoníaco e tenho certeza que o meu não foi diferente.
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Depois do Recomeço (Livro 2)
RomantizmHeloisa e Peter estão de volta com uma confusão dos diabos pra resolver. Passaram-se cinco anos desde que os trigêmeos nasceram. As crianças tomam muito tempo, a empresa de Peter está passando por algumas mudanças e a vida amorosa desses dois está f...