Eu fechei meu livro de física, o qual eu tentei sem sucesso resolver alguns problemas sobre o principio de Heisenberg por três vezes essa manha. Tanto esforço para boas notas, eu acho. Quem se importa com as notas de qualquer forma? Pelo menos eu já me inscrevi nas faculdades, até mesmo cedi à Ângela e me inscrevi para Stanford, mesmo achando que ainda é um tiro no escuro, apesar do que mamãe disse.
Talvez eu não devesse ir para a faculdade, quero dizer, Jeffrey ira completar dezesseis no mesmo tempo em que mamãe vai morrer, apesar de ele ter aceitado essa coisa da Billy ser nossa guardiã legal, ele irá precisar de mim aqui, não vai? Eu sou sua única família.
Eu deito na minha cama e fecho os olhos, os dias começaram a se misturarem, semanas passaram desde que mamãe confirmou sua sentença de morte, eu vou para a escola como se tudo ainda fosse a mesma coisa, eu volto pra casa, faço a lição de casa, continuo tomando banho e escovando os dentes e seguindo em frete, tivemos poucas reuniões do Clube do anjo, mas isso não parece ser importante agora, Jeffrey parou de ir de vez, eu parei de me esforçar para trazer a glória, agora que eu entendo que não há muito que possa fazer, eu não posso salvar minha mãe. Eu não posso fazer nada a não ser seguir com meu semblante de zumbi.
Tucker e eu saímos em encontros duplos com Wendy e Jason, e eu tentei parecer estar bem, tudo normal, mas é como se alguém tivesse pressionado o botão de pausa na minha vida.
Minha mãe esta morrendo é difícil pensar em outra coisa, uma parte de mim ainda não acredita que isso esteja acontecendo.
Alguma coisa bate na minha janela, eu abro meus olhos assustada, um monte de neve escorre pela janela, levo um minuto para perceber que alguém jogou uma bola de neve na minha janela, eu levanto correndo e abro a janela na hora em que a segundo bola de neve vem pelo ar, me abaixo no último segundo para não ser acertada na cabeça.
— Hey! — eu grito.
— Desculpa — é Christian, parado no quintal — Não estava mirando em você.
— O que você esta fazendo?
— Tentando chamar sua atenção.
Eu olho para trás dele na parte de frente de casa, onde eu vejo sua picape preta brilhante parada.
— O que você quer?
— Eu vim te tirar de casa.
— Por quê?
— Você esta trancada a semana toda — ele diz olhando para mim — Você tem que sair, tem que se divertir.
— E você decidiu ser o causador da minha diversão.
Ele sorri.
— Sim.
— Então onde você está me levando? Assumindo que sou louca o suficiente para ir .
— Para a montanha é claro.
A montanha, como se só houvesse uma, mas quando ele diz meu coração automaticamente dispara, porque eu entendo o que ele quer.
— Tirar o pó do seu equipamento — ele diz — Estamos indo esquiar.
Certo eu não posso dizer não para esquiar, é minha droga de escolha, então é dessa forma que me encontro uma hora depois, sentada no teleférico ao lado de Christian, chupando uma bala de cereja, pendurada sobre uma encosta de neve, vendo os esquiadores descendo o morro, é demais estar tão alta, com o ar gelado batendo no meu rosto, ouvindo o som dos esquis na neve, é um céu.
— Ai está — Christian diz, me olhando com admiração.
— O que?
— O sorriso, você sempre sorri quando esquia.
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Sobrenatural 2 - Solo Consagrado
FantasiDurante meses, Clara Gardner havia treinado para lidar com o grande incêndio que aparecia em sua visões. Ela só não estava preparada para a escolha que teria de fazer no momento em que tudo veio a acontecer... No final das contas, Clara acabou desco...