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- Alice, são exatamente 14h. Acredito que às 18h vocês já vão ter feito tudo que...
- Não enche o saco! - Ela respondeu, abrindo a porta do banco de trás e saindo sem se despedir. Olhei para ele do banco do carona.
- Ela disse que voltaríamos de taxi... - Comecei, tentando deixá-lo mais tranquilo.
- Não tem necessidade. Quando acabarem, é só me ligar. Eu venho...
- Não vem não. - Alice enfiou a cabeça pela minha janela, me dando um susto - Pra que tirar você de onde estiver se temos uma fila de taxis na entrada do shopping?
- Não tem problema...
- Benício, eu também estou grávida e ando sozinha todo santo dia. Nunca me aconteceu nada, e acredito que meu filho esteja bem, saudável e confortável. Não faça da Lís uma inválida.
Ele bufou e ela tirou a cabeça da janela, nos dando privacidade outra vez, entendendo que havia vencido aquela briga.
- Você está com o cartão de crédito, né?
- Estou, e acabei de me dar conta de que nunca conversei sobre ele com você. - Respondi, já um pouco amarga.
- Bom, essa conversa vai ter que esperar. Se eu te prender mais um minuto dentro desse carro, Alice vai sacar um revólver da bolsa e me matar.
- Tudo bem. Mas não vou usá-lo. - Impliquei, já me ajeitando para sair.
- E se tiver algo que queira comprar?
- Não vou querer nada.
- Pode ser. - Ele falou, com um certo prazer na voz - Mas ninguém sai de um shopping de mãos vazias se estiver com a minha irmã.
- Eu vou sair. - Falei, decidida.
Ele riu.
- Ok. Então você pode prometer que vai usar o cartão se quiser alguma coisa. Já que não vai querer nada mesmo...
Encarei Benício por algum tempo, pensando na minha resposta.
- Porra, se você quiser ficar pra fazer compras junto com a gente, estaciona o carro e VAMOS LOGO! - Alice falou ao meu lado, do lado de fora, já demonstrando impaciência.
Desafivelei o cinto de segurança e dei um beijo carinhoso nele.
- Toma cuidado, tá? - Ele disse, retribuindo o beijo.
- Pode deixar.
Saí do carro e me juntei à Alice, sentada em um banquinho próximo.
- Use-o! - Ele gritou pela janela aberta antes de acelerar e sumir.
- É sério, como você aguenta o meu irmão?
- Ele só se preocupa em excesso. Mas continua sendo fofo.
Alice fez uma careta, claramente discordando de mim. Entramos no shopping e caminhamos como se estivéssemos em um parque. O lugar não estava muito cheio, embora também não estivesse vazio.
- O que você quer comprar? - Perguntei, só para puxar uma conversa.
- Preciso de uma roupa pra hoje à noite. Você já tem?
- Tenho sim.
- Como é?
- Não sei ainda. Mas sei que tenho, em algum lugar. - Respondi. Algo no meio daquele monte de coisas que Benício insistiu em comprar um dia devia servir para a ocasião.
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De Repente, Amor ❲✓❳
Любовные романыBenício é um jovem homem de negócios, embora não saiba nem do que se tratam os contratos que assina. Laralís é uma prostituta de luxo, que apesar de se sentir extremamente mal por isso, não encontra uma saída para mudar de vida. Como havia de ser, o...