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Segui com ela para o hall, já traçando planos de como castigar Benício pelo que quer que ele tenha feito. Qualquer coisa grande o suficiente para não caber dentro daquela cozinha enorme o classificava como "culpado".
Quando chegamos no jardim, fechei os olhos lentamente e respirei fundo. Alina soltou a minha mão e saiu correndo para o Mini Cooper preto estacionado na frente da garagem, com as portas abertas.
Um carro. Por que eu não tinha pensado naquilo? Era a cara de Benício.
- Não é legal? - Ela gritou para mim, a alguns metros de distância, entrando no carro e sentando no banco do motorista - Posso dirigir?
- Não. - Falei, esfregando a testa e caminhando até ela.
- Por quê? - Ela perguntou decepcionada.
- Porque você precisa de carteira de motorista pra dirigir.
- Por quê?
- Porque se você dirigir sem uma carteira de motorista você vai presa.
- Por quê?
- Porque sim.
- Aaah...
- Cadê o papai? - Perguntei, querendo assassiná-lo.
- Não sei. Ele tava aqui...
Cretino. Deve ter se escondido.
- Vou procurá-lo. Não deixa a Babalu entrar no carro, tá?
- Tá. - Ela respondeu, se ajeitando no banco, segurando o volante e fazendo uma expressão meio psicopata.
Por via das dúvidas, tirei a chave da ignição e levei comigo.
- Benício! - Chamei no meu tom de voz mais puto, entrando em cada aposento daquela casa e me virando para procurar no próximo quando me dava conta de que ele não estava lá. Entrei na biblioteca, na sala e até na piscina. Eloá me garantiu que ele não havia passado pela cozinha. Subi e continuei gritando pelo seu nome até chegar no nosso quarto. Entrei no banheiro e concluí que ele não estava lá. Ao me virar para sair e continuar minha busca, encontrei-o a um centímetro de mim, como um psicopata. Dei alguns passos tortos para trás com o susto até bater na pia de mármore.
- Oi, amor. Feliz aniversário! - Ele falou calmamente, com um sorriso maníaco no rosto. Se eu não o conhecesse, poderia jurar que Benício me esfaquearia naquele segundo e ficaria assistindo minha morte lentamente nos azulejos do chão - Gostou do presente?
- Você lembra das minhas exatas palavras ontem de noite? - Perguntei, ignorando o fato de estar quase sendo espremida contra a parede.
- Lembro sim.
- E quais foram?
- Você disse que não queria nenhuma lembrança de aniversário.
- Precisamente.
- E o que tem? - Ele perguntou, parecendo se divertir.
- "Tem" que você concordou.
- Sim. Eu concordei.
Levantei as chaves do carro à altura dos seus olhos e as sacudi.
- Então que porra é esta?
Ele fingiu uma cara de espanto, como se tivesse sido verbalmente agredido.
- Então você chama um carro de "lembrança"? Estou chocado.
Me controlei para não esganá-lo.
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De Repente, Amor ❲✓❳
Roman d'amourBenício é um jovem homem de negócios, embora não saiba nem do que se tratam os contratos que assina. Laralís é uma prostituta de luxo, que apesar de se sentir extremamente mal por isso, não encontra uma saída para mudar de vida. Como havia de ser, o...