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Caminhei para o quarto sem pressa, chegando lá e me enfiando debaixo dos lençóis. Achei sua atitude estranha, mas tudo bem. Quando ela voltasse, eu exigiria minha recompensa por ter sido um marido controlado durante toda aquela merda de filme.
Quando ela entrou no quarto outra vez, trazia uma pequena vasilha nas mãos, coberta por um pano de prato.
- Que isso? - Perguntei já curioso.
- Pode me fazer um favor? - Ela disse, ignorando minha pergunta - Pode ir lá no banheiro pegar uma toalha?
Pensei em perguntar o motivo, mas desisti logo. Fazer o que ela queria, me traria explicações mais rápido do que perguntá-la o que ela estava tramando. Por isso fiz o que ela pediu, entregando-lhe a toalha dobrada.
- Estenda na cama. - Ela pediu.
- Vai me dizer o que você está tramando?
- Quanto mais rápido você for, mais rápido vai saber.
Suspirei, outra vez obedecendo-a. Laralís deixou a vasilha coberta no criado mudo quando a toalha estava devidamente aberta no colchão, e pediu para que eu me deitasse nela.
- Eu não sabia o que dar pra você de aniversário... - Ela começou, casualmente se sentando em cima dos meus quadris, e eu notei que sua peça de roupa íntima não estava mais lá, embora eu não soubesse quando nem como ela havia a tirado.
- Tem uma coisa que você sempre pode me dar como presente... - Comecei, rindo de forma abusada enquanto minhas mãos deslizavam pelas coxas dela, cada uma de cada lado da minha cintura.
- É, eu sei. Mas isso eu te dou quase todo dia... - Laralís começou a desabotoar a camisa que vestia, aos poucos, enquanto falava com uma voz calma e suave - Então tinha que ter um diferencial.
Ela tirou a camisa e eu suspirei. Eu sempre suspirava. Não era de surpresa, porque já estava acostumado. Era de admiração mesmo.
- Não precisa de nenhum diferencial... - Falei distraidamente, correndo as mãos pelo torso dela.
- Precisa sim. Então eu lembrei que tinha uma coisa... - Ela começou a tirar agora a minha calça, puxando-a de qualquer jeito até os meus pés, fazendo com que nossos corpos entrassem em contato direto - Uma coisa que você disse um dia.
- O que eu disse? - Perguntei só por perguntar. Eu nem estava prestando muita atenção ao que ela dizia. Estava concentrado demais no seu corpo em cima do meu.
- Um dia você disse que queria me comer com uma coisa.
Olhei para seu rosto - porque até então meus olhos estavam varrendo cada curva do corpo dela - e vi ali um olhar provocante. Olhei de esguelha para a vasilha em cima do criado mudo e depois voltei a encará-la, já sorrindo.
- Mas... - Ela recomeçou, pegando a vasilha e trazendo-a para o colchão, em cima da toalha - Como hoje é o seu dia...
Laralís tirou o pano de prato e pegou com os dedos um bombom molhado com calda de chocolate. Eu lembrava daquela sobremesa, e lembrava do quanto quis realmente prová-la no corpo da minha mulher - namorada na época.
Ela me ofereceu o bombom na boca e eu aceitei.
- Está bom? - Ela perguntou, me deixando chupar seus dois dedos.
- Maravilhoso.
Laralís sorriu de uma forma estranha. Quando voltei minhas mãos para a sua cintura, ela pegou o pano de prato ao nosso lado e pediu para que eu sentasse. Fiquei curioso outra vez, mas a obedeci sem questionar.
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De Repente, Amor ❲✓❳
RomanceBenício é um jovem homem de negócios, embora não saiba nem do que se tratam os contratos que assina. Laralís é uma prostituta de luxo, que apesar de se sentir extremamente mal por isso, não encontra uma saída para mudar de vida. Como havia de ser, o...