2 (Revisado)

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- Com licença - Entra na sala com um sorriso tímido. O homem a sua frente estava sentado na mesa, rodeado de papéis.

- Pode se sentar senhorita Saviñon, vou lhe fazer umas perguntas sim? - Falou sem tirar o olho do que fazia.

- S-sim, senhor Uckermann - Fala nervosa, Dulce respira fundo para não morrer ali. Ela precisava desse emprego.

- Tudo bem, você possui experiência com crianças? - Dulce começou a mexer as mãos nervosa.

- Sim senhor, na verdade eu nunca cheguei a trabalhar diretamente com crianças. Mas já cuidei de algumas, e tem meu filho também, então eu acredito que eu tenho sim experiência - Respondeu.

- E bom, eu gostaria de saber sobre seus empregos passados. Vi no seu Currículo que você trabalhou em uma empresa por quase 10 anos, por que saiu de lá Senhorita Saviñon?

- Porque o meu antigo chefe era um babaca que deu em cima de mim todos os 10 anos. Aí chegou um dia que eu cansei e denunciei ele por assédio já que ele tentou subir minha saia - Contou. Nessa hora, Christopher finalmente levantou a cabeça.

Os dois se encararam. Ele tinha certeza de que conhecia aqueles olhos, e Dulce, estranhamente já havia visto aqueles traços. Porém os dois logo desviaram, e voltaram ao que interessava.

- E porque não denunciou ele antes?

- Porque eu precisava do emprego senhor Uckermann. Eu tenho um filho de 8 anos que era apenas um bebê na época que precisa comer e estudar e um apartamento para pagar. Além de que sendo apenas duas pessoas na casa, minha irmã e eu tínhamos que nos virar com as contas. Essa empresa pagava bem, consegui pagar uma creche pro meu filho, e conseguíamos pagar as contas. Mas eu não ia tolerar que ele me tocasse e nem aceitar o dinheiro sujo dele para me manter calada e não manchar a reputação dele. Por isso eu saí, eu posso trabalhar, Deus me deu dos braços e duas pernas. Então nada me impede - Terminou. Ucker estava até impressionado com a atitude da mulher que até dois minutos atrás estava bem acanhada.

- Então, porque eu deveria contratar você, senhorita Dulce María Saviñon? - Falou com o tom de voz que só ele possuía. Dulce até se intimidou no começo, mas respirou fundo.

- Porque o senhor precisa de uma babá e eu preciso de um emprego, porque eu tenho experiência, e porque eu vou cuidar dos seus filhos como se fossem o meu, o que significa que farei o meu melhor e o possível para que nada saia dos eixos em relação as crianças - Falou convicta. Ucker ficou em silêncio por um tempo, até finalmente se pronunciar.

- Sendo assim, tenho o prazer em informá-la que está contratada, senhorita Saviñon - Deu um sorriso fechado estendendo a mão enquanto se levantava.

- Obrigada, Senhor Uckermann. Não vai se arrepender - Diz sorrindo levemente e o cumprimentando de volta.

- Sei que não - Ele da a volta na mesa parando ao lado dela - Pode me acompanhar? Vou mostrar a casa para você e logo após te apresento as crianças - Abriu a porta esperando que ela passasse.

- Tudo bem.

- Vamos começar por aqui mesmo. A única coisa que meus filhos não podem sonhar em fazer é entra nesse escritório por que a última vez que isso aconteceu eu tive que procurar durante três meses um documento super importante. Todo o resto está liberado, mas aqui não certo?

- Sim senhor.

Christopher educadamente mostrou todos os cômodos da enorme mansão. E por fim parou na sala de entrada, quando a porta abriu e por ela passaram dois mini furacões. A mulher pela primeira vez no dia o viu abrir um sorriso largo e verdadeiro.

A Babá Dos Meus Filhos (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora