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Rebecca acordou cedo e tomou um banho demorado. Quando saiu, colocou uma calça e uma blusa de alça, ambas pretas; calçou as botas de trilha e saiu do quarto. Desceu as escadas até o primeiro andar, onde ficava a cozinha, e foi até a geladeira. Tomou um café da manhã rápido e se dirigiu ao corredor; embaixo da escada, havia um armário, que parecia ser comum, mas não era. Dentro do armário havia uma porta escondida e uma escada, que levava para uma sala subterrânea, que ficava embaixo da garagem. Quando chegou ao final da escada, parou em frente à enorme porta de ferro, e ficou pensando em como morara toda a vida naquela casa e apenas há algumas semanas  descobrira aquele local. Abriu a porta e adentrou o aposento. Era uma grande sala retangular, com uma enorme mesa; armários de armas nos cantos, mapas e fotos nas paredes; e estantes com vários vidros de ervas e folhas.
Foi até um dos cinco armários de armas – à esquerda da porta - e observou o primeiro. Dentro da grade haviam armas brancas – Facas, canivetes, facões, socos-ingleses, um bastão de baseball de madeira, um punhal de prata e um tomahawk.
Passou por ele e foi ate o segundo. Dentro haviam pistolas semi-automaticas, automáticas, de calibres variados. No terceiro, encontrou vários modelos de Shotguns – de cano longo, de cano cerrado. O quarto armário – o maior dos cinco - estava abarrotado de metralhadoras; haviam automáticas, semi-automaticas, e um rifle de precisão num canto.
Rebecca parou em frente ao quinto armário e o abriu, era o menor dos armários, menos de um metro de largura, retirou de lá a única arma que havia lá dentro; um arco composto profissional e uma aljava com dezesseis flechas com ponta de prata.
Hora de treinar, pensou.

Rebecca entrou com o carro em uma estrada de terra que levava para dentro da floresta. Seguiu por alguns quilômetros, até chegar a uma clareira, onde havia um grande barracão caindo aos pedaços.
Vai ter que servir, pensou.
Desceu do carro e foi até a porta traseira, onde pegou seu arco e a aljava.

Foi até a porta e bateu três vezes, conferindo se havia alguém lá dentro. Notou que a porta estava apenas encostada. Empurrou a porta levemente e entrou sem fazer barulho, seus passos sobre as folhas secas e poeira ecoavam pelas paredes.
O prédio era retangular e por dentro estava totalmente deserto.
Rebecca tirou uma lata de tinta spray branca de dentro da bolsa e foi ate a parede oposta do barracão. Caminhou contando seus passos.
Cinquenta passos... É vai servir. Pensou quando chegou à parede.
Com a tinta, fez um pequeno alvo na parede, na altura de seus olhos.

Se afastou até chegar à parede oposta ao alvo. Era uma distância maior do que ela havia conseguido acertar até então, mas resolveu tentar.
Preparou o arco, segurando-o firmemente; pegou uma flecha na aljava, que estava presa às costas e posicionou-a na direção do alvo; atirou. A flecha nem mesmo chegou a entrar no alvo, acertou a parede a uns cinco centímetros à esquerda.
Depois de mais quatro tentativas sem sucesso, Rebecca soltou um suspiro e disse a si mesma.
- Vamos, garota. Você precisa melhorar, isso pode salvar sua vida e a de outras pessoas, um dia.

Ela voltou a posição inicial e pegou outra flecha. Vamos lá, é só mirar e atirar. Pensou.
Levantou o arco na direção do alvo e mirou. Prendeu a respiração. Um. Dois.
A flecha cortou o ar em alta velocidade e fincou-se bem no meio do alvo pintado na parede.
Isso! Comemorou Rebecca.
A cada dia de treino ela melhorava mais com o arco, desde o inicio tinha tido facilidade em utiliza-lo. Devia ser mesmo sua arma.

Porém Rebecca ainda se perguntava se iria se sair bem na "hora H". Ela conseguiria matar um lobisomem? Teria coragem o suficiente para concluir sua missão?
Ela esperava que sim.

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Heeey pessoal.
Eu queria agradecer a todos que estão acompanhando e pedir que comentem e votem na história, isso me motiva a escrever cada vez mais.

Eu também gostaria de recomendar  o livro da minha amiga RebecaDamaceno, o livro chama "Fantasy".

Enfim, obrigado a todos que acompanham e até o proximo capitulo... :)

Caçada MortalOnde histórias criam vida. Descubra agora