15.

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– Droga. – exclamou Pete enquanto andava de um lado para o outro na sala de estar de Mitchell. Ainda podia sentir o hálito quente da criatura – seu melhor amigo – na pele, fazendo-o se sentir um pouco enjoado.
A mente de Pete estava uma bagunça. A única coisa que conseguia pensar era: “Ele vai matar alguém, ele vai matar uma pessoa.”

– Pete.
Aquilo o fez parar e se virar para a direção da voz. Era Mitchell, que até então tinha apenas ficado observando o sobrinho ter um ataque de nervos na sala de estar.
Ele se levantou calmamente e coçou o cavanhaque, como sempre fazia quando estava pensando. Pete o observou calado até que ele resolvesse falar. E, por fim, Mitchell disse:

– Precisamos rastreá-lo.

– Sim, mas como faremos isso?

– Não faço ideia. – ele fez uma pausa. – Mas não ajudaremos ninguém daqui. Vamos sair e procurar por sinais de que um lobisomem gigante passou por aí.

Pete ficou um pouco desapontado com a resposta mas concordou. Juntos, foram até o carro de Mitchell que estava estacionado nos fundos da casa e saíram atrás de Aiden.

                              *******

O barulho assustou Rebecca, que se virou instantaneamente para a porta, soltando o arco.
Tem alguém tentando entrar. Pensou Rebecca. E parece que não vai demorar para conseguir.

Ela se agachou e se moveu lentamente na direção do carro, se posicionando atrás dele no mesmo instante em que se fazia outra pancada na fina porta de metal que a separava de quem quer que estivesse lá fora.

Continuou imóvel atrás do veículo, controlando sua respiração, e atenta ao mínimo sinal de ameaça. Seus pelos estavam arrepiados, e sua respiração começava a ficar ofegante de ansiedade.

Bum.

Outra batida, dessa vez, mais forte que as anteriores. Fez-se silêncio por um bom tempo, tanto que Rebecca até pensou que, quem quer que estivesse lá fora, tinha ido embora. Foi quando, com uma forte pancada, a porta foi arrancada das dobradiças e caiu com um baque surdo no chão de terra batida, levantando uma fina nuvem de poeira.

Rebecca se encolheu e encostou as costas na lataria do carro, o sangue pulsava em suas veias e sua respiração estava acelerada. Tentou se controlar para enfrentar a situação. Acalme-se, Rebecca, acalme-se, Pensou. Rebecca não acreditava, não podia ser, com todos os caçadores de seu pai procurando pelo lobisomem, ainda assim ela o encontrara por acidente. Ou ele me encontrou. Tentou afastar esse pensamento. Tentou se convencer que não era o lobisomem, devia ser só um leão da montanha super forte.

Apertou seu arco com as duas mãos, enquanto tentava normalizar sua respiração. Tudo bem, eu posso fazer isso. Só preciso me acalmar, pensou.

A criatura farejou o ar por um instante, e assim que parou, Rebecca soube que ele a havia encontrado.
Tomou coragem e se levantou, se virando na direção da porta. Parado, bem ali na frente da porta, estava um lobo preto de dois metros de altura e brilhantes olhos azuis.

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Heey guys.
Desculpem a demora pra postar, estava sem ideias.
Enfim, espero que gostem do capítulo. Votem e comentem.

Caçada MortalOnde histórias criam vida. Descubra agora