A brand new family

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Mamãe cautelosamente caminha até os arbustos, e cuidadosamente afasta os galhos mais grossos, para só então revelar uma menininha de no máximo 4 anos de idade, toda maltrapilha e totalmente apavorada. Minha mãe estende a mão com cuidado e a menina se encolhe com medo, ainda mais cautelosa diante da resposta amedrontada da menina mais nova.

- Olá querida, meu nome é Lily – fala suavemente com um sorriso, entendendo o que ela desejava fazer, eu e papai nos aproximamos e abaixamos ao lado de mamãe, eu em seu lado esquerdo e papai no direito. – Este é meu marido James e meu filho Harry. – Ela conta colocando a mão sobre nosso ombro ao falar, sempre sorrindo e falando docemente. – Qual é o seu nome querida?

A pequena menina, pareceu alarmada com a pergunta e percebendo isso meu pai a olha cauteloso e com compaixão.

- Não se preocupe, somos amigos, apenas queremos te ajudar. – Ele fala se levantando lentamente e estendendo a mão para minha mãe, enquanto eu olhava para a menina assustada, que nos encarava como se fossemos as pessoas mais estranhas que ela já viu.

- Ei, você deve estar com fome e está muito frio aqui fora. – Falo puxando conversa com a criança que assente freneticamente, embolando o cabelo em um galho. – Vem comigo então, nos vamos ajudar você. – Falo enquanto desenroscava o cabelo dela do galho e a ajudava sair de trás do arbusto.

- Obrigada. – Ela sussurra quando eu a retiro do arbusto, revelando seu corpinho magro o rostinho de boneca sujo e aflito, ela usava uma calça de moletom rasgada e suja que parecia muito fina, uma blusa lilás de manga comprida que parecia já ter visto dias melhores, um fino casaco azul e sandálias de dedo que um dia foram brancas, mas estava cinza e desgastada e seu cabelo castanho estava totalmente bagunçado e cheio de folhas e pequenos galhos. Estendo a mão para a guiar e ela aceita mesmo que receosa, mamãe e papai estavam na sala, olharam para mim surpresos quando me viram entrar com ela que me seguia timidamente.

- Sua casa é muito glande. – Ela exclama com a voz fofa, trocando o r pelo l, ela estava admirando a casa com ar impressionado, enquanto meus pais se seguravam para não rir.

- Sim, ela é muito grande querida. – Mamãe concorda suavemente, me aproximo deles com um sorriso para minha mãe, enquanto a pequenina vinha caminhando timidamente, olhando curiosa para a grande mansão. – Você parece estar com fome, o que quer comer? – Pergunta minha mãe se encaminhando para a cozinha, meu pai a seguia de perto parecendo preocupado, porém não tão aflito quanto no Hospital.

Sigo os dois, puxando suavemente sua mão fina, gelada e áspera como as de uma pessoa que já trabalhou muito, não de uma criança de no máximo quatro anos, que fazia um grande contraste com minhas mãos calejadas de violão, porém macias, quentes e suaves. Entramos na cozinha onde mamãe já estava ao pé do fogão colocando a leiteira vazia no fogo aceso, antes de pegar o leite, o chocolate e a colher, papai pegava alguns bolinhos e biscoitos, mesmo que mamãe pedisse a ele para fazer torradas.

- Precisa de ajuda mãe? – Pergunto após colocar a menina suja e maltrapilha em um banco alto que ficava perto do balcão, a ruiva se vira para mim com um sorriso grande e eu a encaro temeroso.

- Sim, faça chocolate quente para nós e vigie a menininha, eu preciso encontrar alguma roupa para ela. – Ela fala me empurrando gentilmente na direção do fogão, sorrindo para minha mãe, vigio o fogão e a pequena morena de olhos verdes, enquanto adicionava o chocolate em pó na quantidade certa e o mexia com cuidado me viro para a pequenina que me observava com curiosidade. – Então quantos anos você tem?

- Eu tenho quatro anos. – Ela responde com sua voz meiga de criança com uma careta orgulhosa ao falar a idade. – E você? – Pergunta timidamente, sorrindo para sua timidez delicada, imagino como seria legal ter uma irmãzinha.

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