Operação Cupido ( Ginny Cupido)

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Eu não podia acreditar acreditar em o que Ginny falava. Ela simplesmente estava me dizendo para ser o cara mais romântico e perfeito do mundo para conquistar a Mel, ao ponto de prometer que assim que todos fossem para casa, ela iria fazer uma lista sobre o que eu precisaria para "impressionar" a Mel.

Voltamos a caminhar pelo jardim conversando sobre tudo e nada, meu braço envolto em sua cintura, enquanto ela sorria ternamente para mim e naquele momento eu senti uma coisa inexplicável em meu peito, como se meu coração parasse por um instante e depois começasse a bater mais rápido do que o Flash. O sentimento se fora tão rápido quanto viera e me fez pensar se eu não estava alucinando.

— Harry me escuta, a Mel é uma garota meiga e romântica, e para conquistá-la você precisa fazer tudo o que aparecesse nos clichês românticos que eu e você lemos. — Fala Ginny com uma expressão de quem sabe das coisas e neste momento eu sinto meu coração parar.

Eu deveria continuar com isso? Continuar com todo esse plano pra você conquistar a Mel, para apenas e somente esquecer Ginny? Será que seria egoísta da minha parte querer as duas?

Apenas por medo de que tudo o que sentia por ela, fosse respondido com um não? Que ela não me amasse do jeito que eu penso amá-la? Seria certo usar a Mel, apenas para saber se eu a amava ou era apenas atração?

Porém apesar dos "serás" que estavam em minha mente, eu continuava a sorrir para Ginny, eu não poderia machucá-la. Esta opção sequer estava em minha mente.

— Mas Ginny romance clichê só acontece e dá certo em filmes e livros, não acho que consigo fingir ser quem eu não sou depois de conhecer ela por tanto tempo. — Falo em tom de brincadeira leve, para que ela soubesse que eu falava sério.

— Não seja preconceituoso Harry e dê uma chance a Mel. — Ela fala em um tom sério antes de sorrir maliciosa. — E isso tudo é só medo da sua capacidade de atuação?

— Você está insinuando que eu sou um mau ator? — Pergunto parando em sua frente, impedindo a  de passar antes que respondesse.

— Não coloque palavras em minha boca Potter. — Ela retruca com perspicácia e eu lhe dou a língua, voltando a caminhar.

— Ginny você me desculpa? — Peço me referido a cenininha ridícula que eu fiz na sala.

— Não a nada a se desculpar Harry, você só estava estressado. - Ela responde compreensiva me abraçando e enterrando sua cabeça em meu peito, aspirando o cheiro presente ali.

— Mas isso não era desculpa para eu ser um idiota com você. - Falo sabendo que era exatamente isso que ela pensava.

— Eu não falei isso Harry, apesar do fato de você ter sido muito idiota durante esse mês, eu não tiro seus motivos. - Ela responde ainda em meu abraço, porém voltando a andar.

— Foi um mês muito difícil para mim.- Respondo com a voz baixa, beijando o topo de sua cabeça.

— Eu posso imaginar. — Ela fala vagamente, parecendo pensativa. — Mas me conte Harry Bear, o que você tanto faz com aquelas meninas? - Ela pergunta astutamente, fico em silêncio sem saber se deveria ou não falar a verdade. 

Verdade essa que eu ansiava contar a alguém. E quem seria melhor que minha melhor amiga?

— Eu conto, mas prometa não contar nada a meus pais. — Peço olhando para a casa que eu viera a considerar como meu lar desde que era do tamanho de Sophie.

— Eu prometo Harry, mas me conte. - Ela fala usando toda a sinceridade que poderia. 

— April faz faculdade de gastronomia Gin, ela está me dando alguns conselhos para conseguir uma bolsa. — Conto o mais baixo possível.

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