Na terça à tarde, Vanessa ficou parada na frente da Riverside Prep, filmando os restoscongelados de uma carcaça de pombo e pensando em sexo enquanto esperava que Danaparecesse. Dan tinha deixado um recado na recepção da Constance Billard para que elase encontrasse com ele depois da aula. Urgente. Me encontre aqui às quatro, dizia. Masque anormal, pensou Vanessa, com amor. O que podia ser tão urgente? Provavelmenteele só estava tendo um ataque de paranóia porque o poema dele tinha saído na NewYorker hoje. Ou isso ou ele estava se sentindo extremamente excitado e não podia esperarpara transar de novo. Antes mesmo de tomar um banho de manhã, Vanessa tinha descidoa escada e com prado seis exemplares da New Yorker na banca da esquina. Desse modosempre teria um exemplar sobrando para esfregar na cara de Dan quando ele se sentisseespecialmente inadequado.
Quando ela pensou bem no assunto, ela e que devia ficar fora de si. O poema era sobreum cara que se sente inseguro em relação a uma mulher, particularmente a namoradadominadora. As pessoas que os conheciam iam pensar que Vanessa era uma tirana total.Mas o último verso era tão doce e sensual que ela não podia reclamar.
Toma conta de mim. Me toma. Toma conta. Me toma
Ler isso fazia com que ela quisesse rasgar toda a roupa e pular em cima dele.
Delicadamente, é claro.
Nesse exato momento Dan surgiu pelas portas dos fundos da Riverside Prep. Agitou oexemplar amarrotado da New Yorker para Vanessa e galopou para ela com os Pumasbrancos puídos e cadarço azul-marinho, plantando um beijo sentimental e molhado naboca de Vanessa.
- Este foi o melhor dia da minha vida! – trombeteou ele. - Eu te amo!
- Não precisa ser romântico para me fazer tirar a roupa de novo - riu Vanessa e o beijounovamente. - Estou sempre disponível. E, a propósito, eu te amo também.
- Legal. - Dan sorriu abobalhado para ela.
Vanessa não conseguia acreditar que este era o mesmo velho Dan que ela vira ontem.Ainda era magro, branco e super cafeinado, mas os olhos castanhos brilhavam e haviavestígios de covinhas de sorriso em seu rosto geralmente pálido. Peraí um minutinho.Desde quando ela realmente podia ver os olhos dele?
- Uau, você cortou o cabelo - observou ela, recuando para ver melhor.
Dan tinha pedido ao barbeiro para cortar o cabelo curto com costeletas compridas,imaginando que as costeletas evitariam que ficasse parecido com todos os babacasmauricinhos da turma dele. Ele passou a mão na cabeça, meio constrangido.
Era estranho, mas de certa forma mais limpo do que antes, mais ... homogêneo. E isso eraexatamente o que ele que ria - ser avaliado por seu trabalho, e não pelos cabelos.
Se é o que você diz, Homem-costeleta
Vanessa pôs as mãos nos quadris sobre a parca preta. Alguma coisa no cabelo de Dan eratão premeditada, como se ele realmente quisesse ter um visual boêmio e meio artístico,em vez de ter tropeçado nele por acaso.
- É diferente - refletiu Vanessa, já se sentindo meio nostálgica do antigo cabelodesgrenhado de Dan. -Acho que vou me acostumar com ele.
Atrás deles, um grupo de garotos do primeiro ano saiu pelas portas da escola cantando"Hello Dolly" a plenos pulmões. Tinham acabado de sair da aula de musica e ainda eramnovos e inocentes demais para perceber como aquilo parecia gay.
Hello, Dolly! Well, hel-lo, Dolly!
It's so nice to have you back where you belong!
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Gossip Girl - Vol. 4 - Eu Mereço!
FantasySerena está totalmente apaixonada por Aarom, Vanessa e Dan parecem dois pombinhos melosos, Jenny encontra uma nova paixão e Blair está de volta à ativa, flertando com um homem mais velho, que pode ser o seu passaporte para Yale. Até mesmo Nate se de...