Os espíritos irmãos se ligam na reabilitação

80 2 1
                                    




- Todo mundo aqui soube da tempestade de neve? Parece que vai chegar a um metro evinte à meia-noite! – Jackie Davis, facilitadora do grupo de adolescentes de Nate noBreakaway Rehabilitation Center, esfregou as mãos como se a idéia de ficar presa pelaneve com todos aqueles ricos sem teto fosse para ela uma diversão de arrasar.

Depois que Nate foi preso no parque, o pai dele e Saul Burns, advogado da família,chegaram para tirá-lo da delegacia. O pai de Nate, um capitão da marinha de cabelosgrisalhos e severo, tinha pago a fiança de três mil dólares e assinou um acordo segundo oqual Nate imediatamente freqüentaria um programa de reabilitação em drogas por nomínimo dez horas por semana. Isso significava que Nate ia ter de pegar o trem paraGreenwich, Connecticut, cinco dias por semana para aconselhamento e terapia de grupo.

- Pense nisso como um emprego, filho. - Saul Burns tentou tranqüilizá-lo. - Um empregodepois da aula. – O capitão Archibald não disse nada. Estava bem claro que Nate o haviadecepcionado alem da medida. Felizmente, a mãe de Nate estava em maqyMonte Carlovisitando a irmã triplamente divorciada. Quando Nate contou a história sórdida pelotelefone, ela guinchou e chorou, fumou cinco cigarros numa sucessão rápida e depois quebrou a taça de champanha. Ela sempre era meio teatral. Afinal, era francesa.

- Muito bem. Vamos começar formando a roda – instruiu Jackie numa voz animadinha,como se fosse o primeiro dia do maternal. - Digam seu nome e expliquem por queestão aqui. Resumidamente, por favor. - Ela assentiu para Nate começar, uma vez queestava sentada diretamente na frente dele.

Nate se remexeu, pouco à vontade na cadeira Eames. Todos os móveis da clínica dereabilitação da elitista Greenwich, Connecticut, eram estilo século XX moderno, paracombinar com o bege minimalista e a decoração branca. O piso era de mármore italianocreme, cortinas brancas de linho cobriam as janelas do chão ao teto e a equipe defuncionários usava uniformes de linho bege desenhados especialmente pelo empresáriodo jeans da década de 1990 Gunner Gass, um ex-paciente que agora era do conselhodiretor.

- Tudo bem. Meu nome é Nathaniel Archibald, mas todo mundo me chama de Nate -murmurou. Ele chutou as pernas da cadeira e pigarreou. - Fui pego uns dias atráscomprando erva no Central Park. E por isso que estou aqui.

- Obrigada, Nate - interrompeu Jackie. Ela deu um sorriso gelado com os lábios marronse anotou alguma coisa no bloco do clipboard. -Aqui na Breakaway, preferimos quevocê se refira a substância em questão por seu verdadeiro nome. No seu caso, maconha.Se puder usar esse nome consistentemente, estará dando mais um passo em direção àliberdade em relação a ela. -Jackie sorriu para Nate mais uma vez. - Gostaria de tentarnovamente?

Nate olhou constrangido para os outros manes do grupo. Havia sete deles, três garotos equatro garotas, todos olhando para o chão, preocupados com o que iam dizer e parecendotão pouco à vontade quanto ele.

- Eu sou o Nate - repetiu Nate mecanicamente. – Um cara da narcóticos me pegoucomprando maconha no parque. por isso que eu estou aqui. - Do outro lado da roda, umamenina com cabelos castanho-escuros que iam quase até a cintura, os lábios cor desangue e a pele tão branca que era quase azul olhou para ele de um jeito sentimental,como uma versão drogada da Branca de Neve.

- Meu nome é Hannah Koto e tomei Ecstasy antes da aula há duas semanas. E fui pegaporque deitei no chão para sentir o tapete da minha sala de trigonometria.

Todos riram, exceto Jackie.

- Obrigada, Hannah, isso foi ótimo. Próximo.

Nate se desligou das duas pessoas seguintes, meio que viajando no modo como a Brancade Neve balançava o pé, como se estivesse marcando o tempo de seu próprio showparticular. Ela usava botas de camurça azul-claras que pareciam nunca ter sido usadas narua.

De repente foi a vez dela.

- Meu nome é Georgina Spark. Todo mundo me chama de Georgie. Acho que estou aquiporque não fui muito legal com meu pai antes de ele bater as botas, então tenho deesperar até fazer 18 anos para poder viver minha vida do que jeito que eu quero.

O resto do grupo deu risadinhas nervosas.Jackie fez uma carranca.

- Pode dizer de que substância você estava abusando, Georgina?

- Cocaína - respondeu Georgie, deixando uma cortina de cabelo preto cair no rosto. - Euvendi meu cavalo de exposição favorito pra comprar cinqüenta gramas. Saiu nos jornais etudo. New York Post, quinta-feira...

- Obrigada - interrompeu Jackie. - O próximo membro do grupo, por favor.

Ainda balançando o pé, Georgie olhou através do cabelo e recebeu o olhar intrigado deNate com um malicioso sorriso vermelho-sangue.

- Piranha - murmurou ela, obviamente referindo-se a Jackie.

Nate sorriu também e assentiu ligeiramente com o queixo. Saul Burns tinha dito a elepara tratar a reabilitação como um emprego depois da aula. Agora Nate tinha um motivopara trabalhar duro nele.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 22, 2017 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Gossip Girl - Vol. 4 - Eu Mereço!Onde histórias criam vida. Descubra agora