Capítulo 3

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Atualmente

Luís 

Sempre é uma pequena palavra, mas é perfeita, não importa o que aconteça, não importa onde estaremos e como estaremos, eu ficarei ao seu lado, eu sei que Belle é forte, independente, capaz de se reencontrar sozinha, mas estarei ao seu lado, eu serei o que ela precisar que eu seja, farei o possível para vê-la sorrir novamente sem a sombra de tristeza em seu olhar. 

Seu olhar está perdido e triste, mas não é o seu olhar mais triste, eu presenciei o seu olhar mais triste muitas vezes nos últimos meses, mais vezes do que gostaria. Esse é diferente, há tristeza, porém há uma certa leveza, um alívio. Belle está abandonando um de seus maiores sonhos e um dos seus maiores fardos. Nosso maior sonho se transformou em nosso pesadelo. 

Intenso fico o aperto em sua mão, ela faz o mesmo, um meio sorriso surge em seu rosto. 

— Eu amo você, bad boy.

Sem soltar sua mão, caminho de joelhos pelo colchão e me aproximo dela, eu estou a sua frente, ergo minha mão e acaricio seu rosto com a lateral do meu dedo indicador. 

— Na alegria e na tristeza até que a morte nos separe. 

Recito uma frase dos votos mais utilizados em casamentos. Belle empurra-me para que sente na cama, ao invés de ficar de joelhos e quando estou sentando, senta em meu colo, suas pernas estão ao redor do meu quadril. 

— Essas frases não fizeram parte de nossos votos.

Apoia sua testa na minha, o sorriso tímido continua em seu rosto. 

— Não, porque não somos clichês, sereia.

Eu sorrio, Belle sorri, como um filme minha mente é invadida por nossos momentos, por nossa história, por tudo que nos trouxe até aqui. 

— Não queríamos ser, mas poderíamos ser. — Beija o meu queixo, minha mão prossegue em seu rosto. — A sereia e o bad boy.

A verdade é que poderíamos ser um clichê, mas não somos, não como esperariam que fossemos.

— Mas você não precisa ser salva como as sereias dos clichês, e muito menos deseja ser salva.

Afasta sua testa da minha, seu olhar encontra o meu.

— E você não é o bad boy arrogante, o idiota que mágoa a mocinha e precisa rastejar pelo seu perdão.

Desço a ponta do meu dedo pelo seu lábio, contorno-o com meu toque.

— Ninguém tinha escrito uma história como a nossa, Belle.

Seu olhar perde um pouco da melancolia, seu sorriso amplia.

— Somos únicos, baby.

Eu sorrio, desço minha mão e a coloco sobre sua cintura.

— Você e eu somos bons juntos.

Pronuncio a primeira frase que usamos para expressar o que estávamos sentindo um pelo outro.

— Muito bom juntos.

Belle segue utilizando nossas frases, as frases que utilizamos no passado. 

— E faz sete anos.

Olha para mim e assente.

— Mudamos tanto, mas nosso amor continua o mesmo. — Beija meus lábios rapidamente. — Meu bad boy. 

Sorrio e beijo sua bochecha.

— Possessiva.

Zombo, porque nada poderia ser mais longe da sua realidade, da nossa realidade, Belle e eu não precisamos um do outro, Belle e eu não precisávamos um do outro há sete anos. Escolhemos ficar juntos, porque era e é bom, porque juntos somos incríveis, não completamos um ao outro, nós transbordamos juntos. Nós decidimos ser felizes um ao lado do outro, curtir a vida juntos, compartilhar momentos, nosso amor não é sobre dependência, nosso amor é sobre cumplicidade. 

O Poder do Nosso AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora