Capítulo 8

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"Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim" 

Pra você guardei o amor (Nando Reis)

Belle

Seus lábios estão sobre o meu, meu coração está acelerado, eu estou feliz, não há sombra de tristezas, ou dúvidas, não há dor. Luís afasta seus lábios dos meus, apoia sua testa na minha, olha em meus olhos, seu olhar é apaixonado, eu estou olhando para ele do mesmo jeito. São sete anos juntos e o nosso amor não diminuiu, apesar dos obstáculos que enfrentamos, apesar dos problemas, apesar das nossas rotinas agitadas, nosso amor permaneceu intacto.  

Eu sorrio, Luís sorri, eu sequer sei o porquê estou sorrindo, mas apenas estou feliz e preciso sorrir. Suas mãos que estão em minhas costas, descem pelo meu corpo e param em minha cintura, afasta sua testa da minha, seu sorriso é travesso, e de repente, meus pés deixam o chão e estou girando pelo quarto, nós estamos girando. Nossas gargalhadas ecoam pelo quarto.

Por algum tempo, nós ficamos girando pelo quarto, é divertido, é leve, é Luís a interromper a brincadeira e a me colocar no chão, meus pés atingem o piso, eu sigo de frente para ele, ele está ofegante e com as mãos sobre sua cintura, Luís está cansado.

— Está cansado, bad boy? — Ele apenas assente. — É alguém está apresentando os sinais da velhice.

Eu estou o provocando, mas não é uma simples provocação. É uma provocação com algo que estivemos preocupados nos últimos anos, nossa idade, nós estávamos ficando velhos demais para sermos pais, nós queríamos ser pais jovens. O assunto não me preocupa como antes, o assunto não me machuca como antes. Luís sorri, um sorriso que alcança seus olhos, o assunto não o machuca. Uma de suas mãos deixa sua cintura e encontra minhas costas, ele puxa o meu corpo para perto do seu. 

— Eu posso mostrar para você quem é o velho, sereia. 

Faço um biquinho infantil com meus lábios, desço meu olhar pelo seu corpo, espalmo minha mão sobre seu peito e então, subo o meu olhar, meus olhos encontram os seus. 

— Mostre-me se for capaz, bad boy. 

Seu olhar brilha com determinação, Luís afasta-se, caminha em torno de mim, ele está de frente para as minhas costas, posso sentí-lo e mesmo sem estar me tocando, meu corpo está arrepiado, eu estou ansiosa pelo seu toque. Aproxima-se, sua boca está a centímetros da minha orelha, mas continua sem tocar parte alguma do meu corpo, minha respiração está irregular, meu coração acelerado. 

— Você sabe do que eu sou capaz, sereia.

Afasta meu cabelo do meu pescoço, mas com cuidado para não tocar em minha pele. 

— Eu sei, eu quero sentir seu toque, bad boy.

Seu peito encosta em minhas costas, sinto sua respiração em meu pescoço, minha respiração está pesada, meu corpo quer muito ser tocado, finalmente sinto seus lábios em minha pele, eu fecho meus olhos, distribui beijos pelo meu pescoço. Trás suas mãos para minha barriga, eu coloco as minhas sobre as suas e subo nossos mãos para os meus seios. Luís aperta meus seios com as suas mãos, seus beijos estão na lateral do meu pescoço, inclino minha cabeça para facilitar seu acesso, um gemido deixa meus lábios. Eu preciso de mais, viro-me e meus lábios encontram os seus.

Não hesitamos, não perdemos tempo e tiramos nossas roupas. Somos beijos, toques, gemidos. Minhas costas encontram a parede, meus braços seu pescoço e minhas pernas seu quadril. Não há mais nada no mundo, não há mais problema, somos somente Luís e eu. 

Terminamos na cama, lado a lado, nós estamos de bruços, olhando um para o outro, seu braço sobre minhas costas, nós estamos exaustos, mas com um sorriso em nossos lábios. 

O Poder do Nosso AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora