O Poder do Nosso Amor

Nossa primeira Noite

Sete anos Antes

Belle

Nós dois estamos sorrindo, nós estamos prontos para ir embora. Sua mão procura a minha e entrelaça nossos dedos. 

— Eu estou hospedado em um hotel aqui perto.

Beijo seu pescoço, aproximo minha boca da sua orelha.

— Leve-me para seu quarto, bad boy.

Sussurro, Luís afasta-se, olha em meus olhos.

— Você está sóbria o suficiente?  

Analisa-me procurando indícios de que eu  esteja bêbada, para nossa sorte, não bebi o álcool suficiente para fazer coisas que não faria sóbria, eu estou plenamente ciente das minhas escolhas. Analiso Luís para saber se ele está bêbado e para meu alívio aparentemente não. 

— Sim e você, bad boy? 

Sorri, um sorriso torto, deslocado para seu lado esquerdo, tímido e sexy. Caralho, muito sexy.

— Totalmente sóbrio, sereia.

Sorrimos, nosso olhar transmite exatamente o que queremos, nós estamos em harmonia, eu viro-me e ele faz o mesmo, de mãos dadas caminhamos em direção a saída, pagamos o que gastamos e deixamos o estabelecimento. Nós estamos animados, empolgados, radiantes e o álcool não é o culpado, os culpados são a companhia um do outro e a perspetiva de como terminará nossa noite.

— O hotel é três quadras daqui, podemos ir caminhando, ou de táxi, qual sua preferência?

O ar frio da noite bate em nossos rostos, nossas mãos estão unidas, o céu estrelado e iluminado, olho para Luís, é lindo vê-lo apenas com a fraca iluminação da rua e a luz da lua.

— Caminhando, amo andar à noite. 

Eu amo olhar as estrelas, amo o ar noturno, é tão triste que não seja tão seguro, principalmente para nós mulheres, empurro os pensamentos para longe da minha mente, não é o momento para reflexões infelizes. 

— É só seguirmos em frente.

Sorrimos, olhamos em frente e seguimos, nós estamos em silêncio, mas não é estranho, meu corpo continua querendo sua atenção, eu continuo ansiando por seus beijos. Meu olhar encontra uma estrela cadente, instantaneamente faço um pedido e viro-me para Luís.  

— Você viu?

Interrompemos nossa caminhada e ficamos um de frente para outro.

— Não se pode contar para outra pessoa que você viu uma estrela cadente, sereia, ou será amaldiçoada. 

Morde seu lábio inferior para conter seu sorriso, eu tento não sorrir, mas falho. 

— Eu não posso contar sobre meu pedido, bad boy, porque se contar ele não se realizará, essa é a lei. 

Não consegue mais se conter e sorri, faço o mesmo. 

— Então, eu vi a estrela cadente caindo do céu, sereia.

Sua resposta faz meu coração acelerar, eu não entendo, mas ele acelera e eu gosto da sensação. Nós estamos sob a luz de um dos postes de iluminação, nós somos como um casal de algum filme de romance, ou um musical, eu sorrio com a minha associação, Luís olha para mim sem entender. 

— Nós poderíamos estar em um musical.

Seu olhar encontra o meu, sorri como uma criança travessa, eu não o entendo.