My only fren // joshler

1 de dezembro de 1998.

1 de dezembro de 1998.

18h30am.

Tyler olhava a decoração da sua festa encantado. O tema era aliens e era óbvio que fora Josh que persuadiu o amigo escolher esse tema. Bonecos de alienígenas decoravam a casa, bexigas nas cores verde e preto estavam penduradas no teto e nos cantos da mesa no centro da sala.Tyler ainda tinha um pouco de medo das criaturas verdes com grandes olhos negros, mas sabia que elas não o fariam nenhum mal, afinal ele tinha Josh e Blurryface para defendê-lo.

A mesa que sua mãe botou na sala de estar estava repleta de doces e o bolo no centro fazia o estômago de Tyler roncar. Ele não via a hora dos seus convidados chegarem para poder cantar o parabéns e comer os doces. Ele também não via a hora de ver Jenna.

Tyler ouve o som da campainha de sua casa e corre para porta, quase tropeçando no tapete que ficava na entrada da mesma. Ele abre a porta rapidamente e o sorriso quase rasga o seu rosto ao ver o seu melhor amigo. Josh vestia uma camisa do Batman e tinha um pacote com embrulho verde na mão, Tyler tinha quase certeza que havia sido o próprio Josh que havia embrulhado o presente por conta do excesso de fita adesiva e cola. Seu amigo era tão atencioso.

Tyler deu espaço para o amigo sorridente entrar e fechou a porta atrás dele e o abraçou em seguida, grato por tê-lo e por ele estar na sua festa.

— Onde está a sua mãe, Joshie? — perguntou, soltando o outro do abraço e pegando o pacote de sua mão.

— Ela tinha que cuidar da Ashley, ela não 'tá muito bem, gripe eu acho — o garoto deu de ombros e foi à mesa no centro da sala — Doces! Podemos comer?

Tyler revirou os olhos e seguiu o mais velho, balançando a caixinha rente ao seu ouvido na tentativa de adivinhar o que era o presente.

— Não, amigo! Só depois que cantarmos o parabéns. — Josh olhou para ele com os olhos tristes e fez um bico com os lábios e Tyler riu, apertando a bochecha do mais baixo com a mão que não segurava o presente — Mas eu posso abrir o seu presente? Estou curioso.

— O presente é seu, claro que pode, Ty! — respondeu Josh e sorriu novamente — Vamos abrir juntos? No nosso esconderijo?

Os olhos de Tyler brilharam de entendimento com as palavras de Josh e ele se empolgou. Puxou o amigo pela mão e correu pelo corredor que dava acesso a cozinha. Tyler não precisava dizer nada para o outro entender onde ele o levava.

Eles entraram na grande cozinha de mármore branco da mãe de Tyler e ele ficou feliz por ela estar vazia. Tyler olhou para o garoto atrás de si e piscou um olho, e em poucos segundos as crianças entraram debaixo da mesa do café da manhã, se espremendo um pouco ao sentarem no chão do espaço pequeno.

— Isso aqui 'tá muito apertado — resmungou Josh com as costas curvas e os joelhos encostados nos de Tyler. —, não era assim antes.

— É porque estamos crescendo — sussurrou o outro, sem se incomodar com a proximidade, na realidade até gostava. Ele estava ansioso para abrir seu presente.

— Eu odeio crescer. — bufou Josh.

Tyler assentiu e sentiu uma pontada no peito.

— Eu também. Mamãe disse que quando a gente crescer o Blurryface vai embora. — disse baixinho com as orbes castanhas arregalados — Eu tenho medo que isso aconteça.

Josh olhou para ele com os olhos descrentes e balançou a cabeça.

— Isso não vai acontecer! — sussurrou mas parecia que estava gritando, era evidente que ele não queria perder o Blurry, como o chamava.