Além do horizonte - Romance Lésbico (Completo)

CAPÍTULO XXVIII

"Garotas pequenas são sinônimos de encrenca." (Gabi)

CINDY SIMMONS

∞

Tê-la sobre o meu corpo quase nu me deixa vulnerável. Nunca fiquei com uma mulher, Gabriela é a primeira e a última. Ela consegue me deixar louca apenas com um olhar, mas, os seus toques em meu corpo quente fazem com que eu queira mais. Sentir seus lábios sugando meu seio enquanto a mão o aperta faz com que eu emita um leve som em meus lábios.

– Gabriela... – sussurro, quando ela puxa o bico com seus dentes.

– Shiiiiu! – não digo nada, apenas coloco minhas mãos em seu cabelo apreciando aquele momento.

Mas, porque eu não posso fazer o mesmo por ela? Quero que ela tenha a mesma sensação que está me passando.

Inverto a posição fazendo com que o meu corpo fique por cima do dela, sorrio ao vê-la me olhar pela inesperada surpresa.

– Cindy! – ela arqueia sua sobrancelha.

– Shiiiiu! – sorrio de lado e aproximo meu corpo do seu.

Começo a depositar leves beijos em seu rosto descendo pelo seu pescoço até chegar em seus seios fartos. Abro seu sutiã na frente e passo meus lábios neles, sinto a maciez da sua pele, é algo que me fascina, ergo meu olhar e vejo uma Gabriela de olhos fechados mordendo seus lábios.

– Essa noite é pra ser sua, amor. Então, quietinha.

Então, novamente estou sob seu corpo, suas mãos parece não se conterem em buscar meu corpo enquanto me beija, e eu gosto tanto de como ela me toca que isso me assusta. Enquanto nossos lábios se devoram, sinto suas mãos perigosamente perto da borda da minha calcinha, então, com cuidado, já não é mais o tecido que ela toca.

E, de uma forma inesperada, sua boca em meu pescoço, me beijando, alivia a tensão que sinto, a forma como ela me toca parece me elevar a algum tipo de nível. Suas mãos quentes entrando em contato com o fogo que queima em mim é alucinante. Me apoio nos cotovelos, enquanto ela segue beijando agora minha barriga, seus olhos não saem dos meus um só segundo e me pego sorrindo de lado ao sentir sua boca fazendo coisas com o meu corpo que eu nunca havia sentido assim.

Seus cabelos caem para um lado enquanto suas mãos veem ávidas para os meus seios. Minha cabeça pende para trás, enquanto eu olho o céu estrelado sobre nós duas, parece que eu estou lá, tão alto, e ela me eleva mais e mais. Cada vez que sinto meu corpo reagir ao que ela faz, eu sinto que estou caindo lentamente, então, ela recomeça e eu vou cada vez mais alto. Todos os meus sentidos parecem aguçados, ouço nossa respiração igualmente acelerada, meus sussurros e gemidos irreconhecíveis e finalmente ela me deixa em queda livre.

Sinto meu corpo tremer em uma sensação que parece a melhor que já tive desde sempre, mas, além do que é físico, eu sinto algo novo nos meus sentimentos. Minha vontade é puramente agarrá-la e beijá-la até que nós duas não possamos respirar.

Ela parece ler meus pensamentos e é o que faz, vem sobre mim e beija meus lábios exatamente com a mesma urgência que tenho dela.

– Gabriela! – sussurro.

– Sim, Cindy. – volta a me beijar, só que desta vez não com a mesma urgência.

– O que você fez comigo? – ela me olha séria, mas, seus olhos brilhavam de uma forma que não sei explicar.

– Eu quem lhe faço esta pergunta, meu amor. – passeia a sua mão em meu rosto.

– Bom, não vou negar que quando lhe vi na primeira vez, eu lhe achei estranha. – ela ainda é, mas, são coisas que me atraíram pra perto dela. – Gostava e gosto da forma como eu me sinto com você, apesar de discordamos de algumas coisas. – sorrio e ela continua atenta me olhando. – Claro que em meus pensamentos não me via contigo assim, numa relação um pouco mais avançada. Achava que só íamos nos ver naquele dia e pronto. – passo meus dedos em seus lábios. – Mas tudo foi se tornando algo assustador e ao mesmo tempo incrível pra mim. E quando percebi, já estava envolvida com uma mulher incrível que ama a sua família, que é estressada e ama festas de arrombas. – ela gargalha. – Então, meu amor. – digo, sorrindo. – O que você fez comigo?