O IMPROVÁVEL AMOR

III

O restante do dia fora tranquilo desde o esbarrão com o senhor arrogância, na saída estava passando pelos corredores em direção ao estacionamento onde Mel já estava me esperando de acordo com a mensagem que ela havia me mandado, quando me senti sendo puxada de forma brusca para dentro de uma sala.

-O que você pensa que... -Parei de falar assim que percebi de quem tratava.

-Para alguém que não responderia por si caso eu tentasse mais alguma coisa, você me parece um verme incrivelmente bonitinho com essa cara de surpresa. -O garoto de mais cedo disse com o corpo me prendendo contra a porta.

-Eu não estou surpresa. -Foi a única frase que consegui formular e saiu de forma totalmente ofegante e oscilando. Ele estava muito próximo.

-Então eu estou te intimidando? -Ele disse se aproximando ainda mais de meu pescoço e ouvido. Ele estava muito próximo, mesmo!

-Você se acha mesmo irresistível, mais contrariando sua autoestima, você nem é tudo isso. -Eu disse com o pouco de sanidade que me restava, quando ele encostou os lábios na curva do meu pescoço me fazendo fechar os olhos e entreabrir os lábios de forma involuntária.

-Não é o que o seu corpo está dizendo, docinho. Ou você me acha mesmo irresistível, ou a abstinência está lhe fazendo muito vulnerável a mim. -Ele disse me despertando instantaneamente.

O que eu estava pensando? Eu estava com o corpo colado ao de um estranho totalmente estupido e o pior, eu estava gostando daquilo. De forma rápida eu o afastei e sai o mais rápido que consegui. Quando cheguei no carro, entrei e me sentei ainda pensando no que acabara de acontecer.

-Amiga você está bem? Você está pálida, parece que viu um fantasma. -Mel disse e só então eu percebi o quanto eu estava ofegante e suando frio.

-Estou! Claro que estou! Eu só me atrasei e vim rápido demais. Só preciso de um minuto e já me recupero. -Eu disse me concentrando em parecer convicente.

-Se você diz... -Ela disse dando partida ainda desconfiada da minha péssima desculpa. Mas eu não me importava. Só conseguia pensar no quanto eu havia sido tola. Por ter me deixado levar, por não ter conseguido responder nada que fizesse sentido, mas foi como se eu não conseguisse formular uma frase porque em minha mente eu só conseguia pensar em nossa proximidade e em como sentir seus músculos ao meu redor era de certa forma exitante.

-Você está me escutando Serena? -Me despertei de meus pensamentos ao perceber que Mel havia falado comigo.

-O que? Não eu estava pensando em um trabalho que preciso apresentar semana que vem. - Menti.

-Claro que estava. Mas voltando, eu estava falando que descobri que o novato se chama Guilherme e que ele não parece ter uma boa fama.

No mesmo instante eu comecei a me interessar pelo assunto. Então quer dizer que ele se chamava Guilherme. E porque ele não tinha boa fama? Provavelmente por ter todas aos seus pés e se aproveitar de todas. -E porque ele não tem uma boa fama? -Antes que eu fosse capaz de evitar já havia perguntado.

-As meninas me disseram bem superficialmente, mais aparentemente ele não parece se importar com nada e nem se envolver com coisas do tipo "corretas", se é que você me entende amiga. -Ela disse fazendo aspas com as mãos assim que parou o carro em nossa garagem.