VII

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GUILHERME

Ela ia me enlouquecer... Tinha certeza disso... Depois de ser deixado em meio aquela multidão de bêbados dançantes, estávamos sozinhos eu e minha excitação, agora já sentados em uma mesa mais afastada ao fundo do salão. Eu já não mais bebericava minha bebida ótima de antes, agora o que enchia meu copo era algo mais forte, que descia rasgando por minha garganta, parecia que eu tomava álcool puro... E ainda sim, eu parecia cada vez mais sóbrio e furioso... Como ela ousava?!

Bom, vou reiniciar essa nossa conversa porque vocês não devem saber muito sobre mim, sobre o que sou e o que faço. Me chamo Guilherme Ferreira Lemos, tenho 23 anos e estou cursando Direito para assumir a presidência de nossa empresa, como meu pai espera. Minha família tem uma empresa que, meus avós e meu pai deram tudo de si para ver crescer e, atualmente é umas das maiores multinacionais e uma das mais tradicionais graças à eles. Eu e meu pai não nos damos muito bem, apesar de todo o orgulho que sinto pela pessoa que ele é. Ele precisa entender que eu posso ter responsabilidade, sem perder a vida que tenho. Minha mãe é o único motivo de eu ainda estar me empenhando em seguir os negócios da família. Ela me apoia e apesar de todas as burradas que cometi, ela ainda acredita que eu vá conseguir e eu à amo por isso.

Eu adoro festas! Gosto de sair, beber, me divertir e pelo meu conjunto todo, desde meus olhos, corpo e lábia, tenho a mulher que quero e quando quero! E por isso acabo não me importando em usá-las, afinal elas não ficam comigo obrigadas, ao contrário, elas quase imploram por mim, e eu pretendo continuar a fazer isso até que, por algum milagre que minha mãe acredita que possa acontecer, "alguma mulher me prenda".

E foi em uma dessas festas, em um bar que eu a vi. Serena. A menina gordinha que havia esbarrado em mim na faculdade.
Confesso que desde nosso esbarrão eu a provocava propositalmente, por perceber que ela se abalava e, mesmo sendo perceptível o quão a respiração dela se descompassava com nossa proximidade, seus olhos que não conseguiam permanecer abertos quando eu sussurrava em seu ouvido, seus pelos que se arrepiavam com meu toque e seus lábios que sorrateiramente deixavam passar baixos gemidos, ela ainda resistia e se recusava.

E naquela noite, eu a estava odiando. Desde que eu a vi de longe na entrada do bar com aquela sua amiga, eu sabia que aquela noite ela não ia me escapar... E não que ela me atraísse, pelo contrário, ela não fazia nem de longe meu tipo. Mas eu queria provoca-la e ver o quanto ela era capaz de resistir. Eu a encarei mais tarde e ela correspondeu e, quando ela foi em direção ao banheiro eu a segui. Aquela era minha deixa.

Ela entrou no banheiro e eu segui atrás, quando passei, bati com força a porta para que ela percebesse que eu estava ali.

-Você está incrivelmente sexy hoje menina encrenca.- Comecei. E ela de perto realmente estava. Não era meu estilo de garota favorita, mas por hora bastava. Ela não me respondeu. Continuei me aproximando e a cada passo meu, ela ofegava mais... "-Esse jeans apertado, confesso que está me enlouquecendo"- Sussurrei em seu ouvido e percebi que ela já havia perdido o controle de si naquele momento. "-Você também está uma gracinha"- Ela respondeu. Aquela garota iria me enlouquecer. Como era possível?! Ela estava totalmente vulnerável e ainda sim, tinha uma resposta pronta pra tudo. Continuamos esse nosso jogo por um curto período, até que em uma provocação minha, eu a escutei gemer baixinho e não respondi por mim. Eu a beijei com necessidade e ela até tentara resistir, mas quando nossas línguas se tocaram, elas começaram uma valsa só delas. Serena sabia o que fazer, quando suas mãos agarraram meus cabelos eu involuntariamente gemi baixinho, e à trouxe mais pra perto e, em um movimento rápido a coloquei em cima de alguma superfície sem me importar muito e ela rapidamente parou o beijo. Ela insistia em descer e dizia bobagens com as quais eu nem me importava. Até que...: -Eu quero sair. Não me sinto confortável aqui em cima". Ela disse me empurrando e saiu. Eu fiquei sem entender o motivo.

Precisei de mais alguns minutos ali naquele banheiro pra me recuperar do que acabara de acontecer... E quando sai, a mesma estava dançando em meio a uma multidão de pessoas. Ela não dançava no ritmo da música. Ela dançava algo mais sensual... Seu quadril remexia lentamente em um ritmo quente, enquanto suas mãos viajavam ao longo de seu próprio corpo, parecendo sentir cada movimento seu...

Rapidamente me aproximei e comecei a dançar junto à ela, que pareceu notar, sem se importar... Nós dançávamos como se estivéssemos em uma mistura de sedução e discussão, porque eu a circundava com meus braços cada vez mais firme e ela em resposta rebolava cada vez mais intensamente pra mim e em mim... -O que você está fazendo comigo?- Sussurrei em seu ouvido ao senti-la cada vez rebolando mais intensamente, e ela se virou instantaneamente e assumiu o controle e continuou a me provocar... Até que ela mordiscou o lóbulo da minha orelha, e eu confesso que não sabia o quanto mais eu conseguiria me controlar. Eu estava excitado, muito! E quando coloquei minha mão em seus cabelos e massageei, ela se entregou ao meu toque. Ela também estava excitada, tanto quanto eu estava, mas ainda sim, ela conseguia resistir, ou pelo menos aparentemente, mesmo quando eu ameacei possuí-la em meio aquele tumulto, ela não recuou. -É, e você faria isso como? Me possuiria aqui, no meio dessa pista de dança?- Ela continuou a me provocar enquanto tocava com suas mãos frias em meu abdômen me fazendo arrepiar, e então me arranhou ali mesmo e eu gemi baixo. Quando suas mãos puxaram meus fios de cabelo eu a apertei mais. Precisava fazê-la parar. Não queria mais brincar, estava excitado, irritado e a queria. -Eu não estou brincando, Serena.- Eu a adverti. Ela precisava entender que eu não estava mais jogando e que a parte de tomá-la ali era verdade. E então, sem que eu esperasse, ela beijou meu maxilar e saiu... Eu estava incrédulo e, não achando o suficiente, quando ela tomou uma distância considerável ainda se virou e piscou como se tivesse vencido...

Ainda naquela noite eu me lembro de ter ficado com mais duas mulheres, das quais se quer me lembro o nome. Eu precisava descarregar toda essa frustração em alguém. E então eu bebi... Bebi como se cada gole me deixasse menos irritado. Não me lembro de como acabou a noite, a única coisa que me lembro é de pensar no quanto eu queria e iria dar o troco na mesma moeda... E ela iria implorar para que eu não parasse e não a deixasse. E então eu iria fazer assim como ela e, simplesmente sair.

Acordei no outro dia com a cabeça explodindo... Como eu me arrependia de ter bebido tanto. Afastei a perna de Chris que estava sobre mim, pra quem não sabe Chris é meu melhor amigo, que não mora comigo mas passa mais tempo aqui do que em seu próprio apartamento, ele provavelmente deve ter me ajudado a chegar em casa e como deve ter bebido tanto quanto eu, acabou por dormir aqui mesmo. Entrei no chuveiro e mesmo detestando, aguentei toda aquela água fria escorrendo por minhas costas. Quando sai, apenas enrolei uma toalha em meu quadril e segui em direção à cozinha torcendo para que a senhora que trabalha aqui tivesse aprontado o café.

Quando aquele aroma entrou em minhas narinas eu agradeci. Eu precisava daquele café, tanto quanto precisava pensar em uma forma de fazer com que aquela Serena me pagasse pela noite terrível que tive e a ressaca terrível que estou passando.

DEMOROU MAIS SAIU EIHN?!😂
Gente essa foi só a versão do Guilherme do que aconteceu... Me contem o que vocês acharam e se querem que tenham mais narrações por ele... Ahh e agora vai sair de verdade todo DOMINGO, porque estou de férias então...

Não se esqueçam de votar(⭐️) e de deixar os comentários de vocês... Espero que tenham gostado e até domingo que vem... XOXO😘

O IMPROVÁVEL AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora