VI

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Nós estávamos sincronizados. Era como se dançássemos juntos a anos. O ritmo de seu corpo acompanhava o meu. Ele me intimidava mesmo sem olhar em meus olhos, mas eu não o deixaria saber jamais. -O que você está fazendo comigo?- Ele sussurrou em meu ouvido, fazendo um arrepio percorrer minha espinha. Eu sabia que aquela voz rouca seria minha perdição, mas antes que eu fosse entorpecida pelos encantos daquele homem eu o faria me querer, o faria implorar por mim, e eu sabia como iria fazer isso.

Em um movimento rápido, eu me virei e contornei seu pescoço com meus braços. Estávamos bem próximos e parecíamos transmitir eletricidade um para o outro. Nós faiscávamos, mais eu me controlei. Me aproximei mais de seu rosto e segui em direção ao seu ouvido onde sussurrei da forma mais doce possível. -Não estou fazendo absolutamente nada. A não ser que isso possa ser considerado algo.- Eu disse e mordi suavemente o lóbulo de sua orelha. Senti aquelas grandes mãos me apertarem mais, me trazendo mais pra perto. A fricção de nossos corpos era o ápice. Nós estávamos excitados e em êxtase, qualquer um a nossa volta era capaz de notar. A forma como dançávamos e nos encarávamos, não estávamos dançando a música ensurdecedora que tocava no lugar, nos dançávamos uma melodia só nossa. Ele me conduzia nessa dança e eu estava excitada demais para reclamar, apenas permitia.

Uma de suas mãos que descansava em meus quadris subiu para minha nuca. Seus dedos se enroscaram em meu cabelo. Era como receber um cafuné. Por reflexo, fechei meus olhos e entre abri meus lábios, aproveitando para sentir aquele gesto, minha cabeça descansava em sua mão. -Não faça isso ou eu não me importarei em te fazer minha em meio a essa multidão, menina encrenca.- Ele disse, e eu me despertei. Rapidamente me recompus e fingi não estar abalada e explodindo em excitação por todo o conjunto do momento. Desci minhas mãos para a lateral de seu corpo. Eu não iria desistir, eu o levaria às alturas e o deixaria descer sozinho. Coloquei uma de minhas mãos por baixo de sua blusa e levemente subi tocando seu abdômen. O morno de seu corpo ao ser tocado pelo gélido de minha mão, se arrepiou. -É, e você faria isso como? Me possuiria aqui, no meio dessa pista de dança?- Eu o provocava. Seus olhos escuros me encaravam não acreditando no que eu dizia. Eu continuei. Desci minha mão, deixando minhas unhas arranharem ao longo da superfície de seu abdômen. Um leve gemido rouco passou por entre seus lábios. Eu sabia que ele estava chegando ao extremo de seu controle. Era palpável sua excitação, eu sentia pela proximidade que estávamos, nossas pernas estavam encaixadas umas nas outras e consequentemente todo o resto se tocava através das camadas de vestimentas. Coloquei minha mão livre em seus cabelos e levemente puxei os fios entrelaçados em meus dedos e instantaneamente fui mais apertadas por aquelas grandes mãos, mesmo eu não achando possível por não acreditar ter mais espaço entre nós para passar se quer ar. Nós éramos quase um só. -Eu não estou brincando, Serena.- Ele não me chamava pelo nome. E eu queria que ele o repetisse.

Sabia que aquela era minha deixa. Deixei um beijo em seu maxilar e em um movimento rápido soltei nossos corpos e me afastei, com a melhor postura de quem havia conquistado um ponto no jogo. Quando já estava à uma distância considerável me virei e o vi com o semblante incrédulo e frustrado, por ser deixado no ápice de sua excitação. Apenas pisquei para o mesmo e voltei a andar, com um sorriso incessante. Avistei Mel e fui falar com a mesma. -Acho que é nossa hora Mel.- Eu disse com um sorriso cúmplice e a mesma que estava com os lábios grudados em um rapaz diferente do que eu a havia visto da última vez, se afastou rapidamente e me encarou como quem dizia, "me conte tudo". -Claro, vamos.- Apenas respondeu brevemente e me acompanhou.

-Você o que?- Mel gritou assim que eu acabei de contar o que havia feito. Ela ria descontroladamente, enquanto eu tirava meus sapatos e desabotoava meus jeans. -Dava tudo para ter visto a cara do senhor irritado, quando foi deixado sem se satisfazer.- Foi a minha vez de sorrir ao me lembrar do quão engraçado fora vê-lo desnorteado e sem entender absolutamente nada. -Ver a cara dele com certeza, fez valer a pena tudo o que eu fiz. Você tinha que ver o olhar dele de quem dizia "mas o que?".- Eu disse e me joguei na cama tomada pela alegria. Ele iria implorar.

Oi meus amores. Tudo bem com vocês. Capítulo rápido, mais o que acharam? Ele merecia sofrer só um pouquinho...Kk' (ME CONTEM TUDO O QUE ACHARAM NOS COMENTÁRIOS)
E mais... Tenho uma notícia ótima! Eu estava com alguns probleminhas por isso demorou a sair capítulo novo, mais já resolvi tudo então... TODA SEMANA, de agora em diante, vai sair capítulo novo aos DOMINGOS.
Aproveitem! Até semana que vem!😘

(Não se esqueçam de votar⭐️, e comentar TUDOO!)

O IMPROVÁVEL AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora