O IMPROVÁVEL AMOR

XV

Oooooi gente, como vocês estão?! Eu espero que bem... ATRASADA MAAAAS VOLTEI... Nossa MARATONA ainda estão de pé, mas chegou ao fim(😟), cá estou eu com o 5/5 e com umas dúvidas e propostas. Vocês gostaram da MARATONA? E que tal se eu propusesse outra? Vocês gostariam? Ou melhor só um capítulo semanal mesmo? Me contem por favor!
Como sempre não se esqueçam de votar muuuuuito e comentar tuuuudo o que vocês acharem!
APROVEITEM!
XOXO😘

SERENA

-Ainda acho que foi uma decisão totalmente machista. Temos várias meninas talentosíssimas, com tanta capacidade quanto os meninos. Mas como a decisão já fôra tomada e de nada adiantaria o meu protesto. Tudo bem.- Eu disse irritada e chateada pois nenhuma menina sequer me acompanhou na reivindicação. Elas apenas aceitaram e eu resolvi não lutar sozinha, sendo que isso era algo de interesse delas e não meu. Eu nem jogava. Elas sim, e elas não fizeram nada, então porque eu deveria fazer...

-Bom, acho que podemos dar por encerrada nossa reunião. Não temos mais pautas a discutir, nem decisões a comentar. Uma boa tarde a todos!- O reitor assim encerrou nossa reunião. Como já se passava das cinco da tarde, eu passei em meu armário e apenas deixei minhas coisas ali e o organizei superficialmente. Mel disse para eu lhe avisar quando terminasse a reunião, que ela me buscaria, já que era também seu dia sem aulas vespertinas e ela estaria atoa. Eu optei por não ligar e ir caminhando. Eu não tinha compromissos e seria uma agradável, já que não havia uma forte radiação solar e o vento estava incrivelmente agradável, seria uma boa forma de relaxar, me exercitar e pensar. Coloquei meus fones no ouvido e vagarosamente comecei a caminhar rumo ao apartamento.

A semana passara velozmente e o fim de semana com a mesma rapidez. O que significava que já estávamos na semana dos jogos e, eu por mais incrível que pudesse parecer eu estava animada. A função na qual eu estava encarregada era apenas monitorar a tesouraria, já que teríamos, além dos jogos, a cantina que gerava um retorno monetário para a faculdade e a venda de ingressos para assistir às partidas. E a minha função era fiscalizar o dinheiro que circulava nesses setores e fazer a recepção dos juízes que viriam apitar nos jogos.
Me levantei, tratei de minha higiene e fiz uma maquiagem um pouco mais elaborada do que o de costume, porém nada exagerado, eu apenas havia adicionado um delineado a maquiagem rotineira que era composta por base, pó, rímel e gloss. E confesso ter gostado do resultado. Quando foi a vez do meu cabelo, a preguiça já estava presente em mim novamente e as ondas que se formavam nele não me desagradavam tanto, então optei por deixá-lo daquela forma. Como eu teria que falar com os juízes em nome da escola, optei por uma roupa um pouco melhor do que costumava. Coloquei uma camiseta preta com um decote um pouco maior do que o de costume, e um jeans justo ao corpo, nos pés coloquei um salto que apesar de médio era extremamente confortável. Assim que terminei de me arrumar, olhei no espelho e me agradava o que refletia. Juntei minhas coisas e segui para a cozinha.

-Uaaau! O que aconteceu com você? Que produção!- Mel disse caçoando por eu nunca me arrumar...

-Hahaha... Eu apenas acordei animada e decidi me arrumar.- Respondi dando de ombro.

-Só estou te enchendo, amiga. Você está uma gata!- Ela disse e me deu um beijo estalado na bochecha e saiu andando. -Vou esperar no carro.- Ela disse saindo da cozinha com seu copo de café.

Terminei de ajeitar meu café no copo e sai com minha bolsa. O caminho fôra feito tranquilamente. Nós não tivemos uma conversa, apenas cantarolávamos as canções que tocavam no rádio e comentamos alguma coisa vez ou outra. Nos separamos assim que chegamos já que eu iria receber os juízes e Mel tinha que se preparar para jogar. Deixei minhas coisas no armário e apenas peguei meu crachá de identificação e um livro já que como eu não gostava de jogos, poderia adiantar algumas resenhas que eu tinha como atividade para fazer. Desci e segui para meu lugar na bancada administrativa que era próxima aos juízes, já que eu deveria estar nos dois lugares e não conseguiria ser duas. Deixei minhas coisas ali e fui para a entrada recepcionar os juízes que estavam a caminho.

-Você está incrivelmente linda hoje.- Escutei uma voz próxima a mim que logo identifiquei. Era Luiz. Agradável como sempre. Sorri e mesmo sem jeito respondi.

-Você que é sempre gentil, novato.- Eu disse sorrindo, tentando ser tão agradável quando ele.

-Eu e toda a universidade, né?! Todo mundo está te olhando, Serena. Todos notaram que você diferente e linda hoje. Você não percebeu?!- Eu fiquei sem jeito e olhei ao redor e realmente tinham alguns vários olhares sobre mim. Não sabia se aquilo era positivo ou se elas estavam me julgando. Logo me encolhi e me senti sem jeito.

-Ei, você não tem motivos para se acanhar. Está ótima.- Luiz disse notando minha mudança de atitude.

-Bom eu tenho que ir novato, estou provavelmente atrasada.- Eu disse me lembrando que estava indo recepcionar o juízes e eles provavelmente já devem ter chegado. Luiz apenas concordou e sorrindo deixou que eu passasse.

Quando cheguei à portaria já haviam três dos cinco juízes que viriam, a minha espera e era possível ver outros dois também chegando ao fundo. Me aproximei e me apresentei. Eles eram todos um pouco mais velhos, tinham cerca de quarenta anos, provavelmente. Exceto um que eu acreditava ter a minha idade ou pouco mais. Os mostrei as principais áreas que eles precisavam saber e os levei até a bancada onde ficariam. Eles ajeitaram suas coisas ali e agradeceram por minha ajuda. Voltei a me sentar em meu lugar na outra bancada. E fui checar algumas notas que haviam ali para serem conferidas.

Perdi a noção de tempo. Quando percebi, já haviam se passado três horas. Olhei a minha volta e os meninos estavam entrando em quadra. Guilherme sua turma de direito estava ali para jogar contra o time da turma de Luiz. Eu nem sabia que eles jogavam, quanto mais que disputariam entre si. Droga! Eu devia ter ao menos dado uma olhada nas tabelas. Luiz passou o olhar ao redor e me viu ali também o olhando. Ele abriu um enorme sorriso que fez os outros jogadores buscarem pelo motivo de seu repentino sorriso. Desviei o olhar me sentindo sem jeito e encontrei Guilherme, que mesmo ao fundo e tentando ser discreto, arrastava inúmeros olhares das meninas que ali estavam nas arquibancadas. Ele também me olhava, me encarava. E seu olhar era intercalado entre mim e Luiz. Ele estava carrancudo como antes.

O jogo dos meninos foi aparentemente difícil, eles faiscavam em campo. O jogo estava com o placar extremante acirrado e estava tudo indo bem. Mas de repente alguma coisa aconteceu ali, Luiz e Guilherme se esbarraram e depois de um rápido sussurro se Luiz, eles iniciaram uma briga. Me pus prontamente de pé, mas logo exitei. Eu não devia intervir. Os outros jogadores, começaram a separa-los e eles na estavam no chão. Grande parte dos socos eram deferidos por Guilherme, mas nesse momento era Luiz quem batia. Ele estava sobre Guilherme que tentava revidar, até que os meninos conseguiram afasta-los e antes que eu pudesse me conter novamente eu já estava ali, bem próximo, os observando atônita. Luiz aceitava a ajuda de todos enquanto Guilherme se levantou rapidamente do chão assustando a todos, até mesmo à mim. E impediu que as pessoas o ajudassem. Nossos olhares se cruzaram e ele se virou enfurecido, arrancou sua camiseta de uniforme, para limpar o sangue que escorria de seu nariz e subiu em direção aos banheiros. Não pude evitar e o segui.