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OI GENTEEE... Tudo bem com vocês?! Eu espero que sim! Cá estou eu com o nosso 4/5 e penúltimo dia de MARATONA...(Já estou com saudade de escrever todo dia pra vocês!😕)...
Espero que vocês gostem!!!
Não se esqueçam de votar muuuuuito e comentar tuuuudo o que vocês acharem!
APROVEITEM!
XOXO😘








-Guilherme, eu te disse pela manhã que fomos um erro. Não devia ter acontecido.- Eu disse baixo para que as pessoas ao redor não fossem capazes de ouvir, e fechei o armário com certa força, me virando para sair. Uma saída quase perfeita, se não fosse o fato de ele ter me segurado pelo braço, me fazendo permanecer no lugar.

-Não parecia ser essa sua opinião ontem, quando eu estava aí dentro. Pelo menos o seu esforço para provar que não era certo, não parecia tão convincente.- Ele disse provocativo. Funcionou. Suas palavras sujas pareciam se conectar diretamente com meu sexo, porque ele gritava em resposta. Recomponha-se, Serena! Foi o que eu fiz. Eu não jogaria o seu jogo assim tão fácil. Pobre Serena, você já foi nocauteada nesse jogo, minha consciência nada amiga me avisava, mas eu de novo a ignorei.

-Você bateu no Luiz. Por que?- Eu disse me aproveitando da curiosidade que pairava em mim desde ontem, para escapar do assunto.

-Não importa o porquê. Eu bati porque tive vontade! Você não precisa saber. E não é sobre isso o que estávamos a conversar. Não se esquive.- Ele disse adquirindo um novo tom. Raiva.

-"Porque tive vontade"? Você só pode estar brincando! Quer falar sobre ontem? Ótimo! Foi apenas sexo. Não significa que precisamos repetir, ou relembrar.- Precisamos sim. Novamente minha consciência me traía. Juntei toda minha raiva por sua estupidez e a transformei convicção naquela frase e ele pareceu receber meio bruscamente minhas palavras. Mas logo se recuperou e soltou meu braço, me permitindo sair. Para minha sorte. E eu assim fiz, saindo enfurecida.

Sentei em meu lugar na mesa e eu estava tão possessa que eu sequer conseguia me concentrar em qualquer coisa sem querer chutar Guilherme em suas partes baixas. Ridículo. Grosso. Infantil. Ahhh que raiva! Alguns juízes vieram conversar comigo mais tarde e só então eu pude me distrair.

-Acha que pode deixar de ser uma melhor amiga tão desnaturada por um instante e assistir meu jogo mais tarde?!- Mel disse dramaticamente com uma falsa cara de chateada.

-Eu posso pensar no seu caso.- Eu disse contendo meu riso e observando-a me encarar feio. -Eu nunca perderia seu jogo, meu amor.- Eu disse sorrindo.

-Ótimo.- Mel abrindo um enorme sorriso e me deu um beijo na bochecha agradecido e saiu correndo com suas joelheiras nas mãos. Ela parecia uma criança quando ganha doces. Eu a amo.

O tempo foi se passando e eu estava focada novamente em meus serviços. As planilhas já estavam organizadas, eu já havia terminado de resolver alguns problemas de desfalque na secretaria, falado com o reitor, circulado pela área dos juízes para conferir se estava tudo sobre controle e eu ainda tinha cerca de dez minutos, antes que o jogo de Mel começasse. Me levantei ajeitando minhas coisas e sai rumo a cafeteria. Chegando lá, meu pedido fôra um frappuccino de caramelo e enquanto não ficava pronto, me sentei em uma das mesas para aguardar. Logo vi um sorriso surgir na entrada e acenei. Luiz veio em minha direção e caramba! Havia um belo olho roxo ali em sua face e alguns cortes em seu supercílio.

-Com fome?- Ele disse sorrindo quando chegou até a mesa.

-Precisando de algo pra beber durante o jogo de Mel.- Respondi.

-Ela joga agora? Posso te acompanhar?- Ele perguntou.

-Sim e claro, se você não estiver ocupado, será uma boa não estar sozinha.- Eu disse. Seria realmente agradável ter um rosto amigo para torcer comigo.

-Estou totalmente livre, depois da minha expulsão de ontem.- Ele disse tentando fazer uma piada e eu sorri pela forma que aquilo não parecia o ter afetado.

-Sobre isso, eu sinto muito que tenha acontecido.- Eu disse. E eu realmente esperava que ele não estivesse chateado, já que eu nem havia ido saber de seu estado após a briga.

-Não foi você quem me bateu, então está perdoada.- Ele disse sorrindo novamente. Meu pedido havia chegado e o seu também, ele parecia ter deixado reservado um café e apenas o pegou.

Fomos para a quadra e a torcida ficava na arquibancada, então nos dirigimos para lá, e ficamos junto com o restante da torcida que estava dividida entre duas, cada uma apoiando seu time favorito. Mel me viu e sorriu feliz por eu realmente ter ido. O jogo havia começado e eu estava eufórica. O time de Mel estava ganhando e eu estava cada vez mais animada por isso. Mesmo sendo vôlei, vez ou outra eu gritava frases como: "Acaba com elas, Mel!", "Vai pra cima dela, amiga!". Que arrancavam altas risadas de Luiz, que agora, estava com um dos braços apoiados em meus ombros e bem próximo à mim, mas nada desrespeitoso ou romântico. Não mesmo! Até porque eu não me sinto confortável em fazer aparições afetivas em público. Era apenas algo que nos deixava próximos e facilitava nossa troca de cochichos engraçados durante a partida.

-Acho que se não fosse aquela rede aí no centro, aquela garota já teria arrancado pelo menos alguns fios de cabelo de sua amiga.- Luiz comentou rindo de uma da jogadoras do time adversário, que estava furiosa por não conseguir para Mel em suas jogadas certeiras. Eu ri alto.

-Ela não teria a chance. O ponto franco de Mel é o cabelo. Toca-lo, já a faria ganhar alguns roxos.- Eu disse sorrindo por saber o quanto mexer com o cabelo de Mel era chamá-la para briga. Luiz riu com tanta vontade que sua cabeça se curvou para trás. Rindo também eu voltei a encarar o jogo e vi, na outra arquibancada Guilherme, dessa vez não houve troca de olhares ou nada do tipo. Ele nem havia me visto. Mas eu o vi. Ele e a chamativa loira que estava sempre grudada a ele. Ela mastigava de forma exagerada e nojenta um chiclete e eles estava sentados. Bem próximos. Ele parecia não dar-lhe tanta atenção, pois conversava com um rapaz, e ela por sua vez também conversava com outras duas garotas que pareciam tão fúteis quando ela. O que me incomodou por um breve instante foi o fato de ela estar sentada entre as pernas de Guilherme, que tinha uma de suas mãos em sua cintura.

Eu realmente o havia pedido para me deixar. Mas eu não contava com uma substituição tão rápida. Enfim... Minha consciência me dizia para esquecer aquilo e ignorar. E pela primeira vez eu a escutei. Voltei minha atenção para Luiz e continuamos a prestar atenção no jogo até que o intervalo chegou e Mel veio correndo em minha direção.

-Você veio!- Ela disse ofegante e eufórica.

-E você está arrasando! É bom você acabar com elas, ou teremos uma conversa depois.- Eu disse séria, segurando uma risada.

-Sim senhora treinadora.- Ela disse e saiu sorrindo para voltar ao jogo.

Eu havia dado alguns passos para me aproximar da pequena grade que separava a arquibancada da quadra, para abraçar Mel e quando retornei, Luiz cochichava no ouvido de uma morena alta de cabelos extremamente longos que sorria. Assim que me viu me aproximar, ele cochichou uma outra coisa e a mesma saiu sorrindo e sumiu entre a multidão de pessoas. Estranho é muito desconfiável.

-Já de volta?!- Ele disse ignorando o que havia ocorrido.

-Sim.- Eu disse de forma curta e ele voltou a apoiar seu braço em meus ombros. O tempo foi passando. O jogo estava totalmente contagiante e agora o outro time estava à pouco de vencer o segundo tempo, ou seja lá como é chamado em uma partida de vôlei, e empatar o jogo e eu gritava, roía as unhas e acabei por me esquecer do ocorrido. Eu me sentia "A" torcedora fiel. Cômico a julgar pelo meu mínimo, quase inexistente entendimento sobre o jogo. Percebi a intensidade do aperto de Luiz se alterar e eu ser puxada levemente para mais próximo. Estranho. Olhei levemente para cima para o encarar e seus olhos não estavam em mim. Estavam em Guilherme. Que o encarava com um olhar frio e feroz. Eu percebi o que ele estava fazendo e me esquivei rapidamente.

-O que...o que houve?!-Ele perguntou surpreso. Ou fingindo.

-Não acredito no que vocês estão fazendo. Você é tão infantil quanto ele! Da licença- Eu disse gesticulando um não com o balançar de minha cabeça e me afastei rudemente, ficando bem longe dos dois e de seus jogos de poder que estavam acontecendo. Ahhhh que dia idiota! Que homens idiotas!

O IMPROVÁVEL AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora