O IMPROVÁVEL AMOR

V

     Nós havíamos chegado em casa e, eu já havia tomado banho e colocado meu velho jeans surrado, não me sentia confortável usando vestidos justos e decotados com o meu corpo, ainda mais com Mel e seu escultural corpo estando ao meu lado. Coloquei uma blusa escura e estampada que ao mesmo tempo que se encaixava ao meu corpo, era larga e confortável, me deixei ter o luxo de ir com os cabelos naturais, fiz uma maquiagem rápida e suave e estava pronta. Olhei-me no espelho e o resultado me animara. Eu estava bonita e gostava dessa sensação. Segui em direção à sala e Mel ainda estava enrolando as mechas de seu cabelo com o babyliss. Nem me desgastei para apressa-la, sabia que de nada adiantaria então apenas me acomodei no sofá e passei pelos canais da televisão me destraindo enquanto o tempo passava.
Quase quarenta minutos depois, nós saímos, quando chegamos no bar, eu já estava irritada pela demora quando senti um frio percorrer todo o meu corpo. Nosso olhar se cruzou pro um breve instante, era Guilherme. Seu olhar me devorava, ele nem ao menos se deu o trabalho de disfarçar. Senti minhas bochechas corarem e minha insegurança gritar. Será que eu estava tão ruim assim?! Eu pensei, mas não deixaria isso transparecer...

Ergui minha cabeça e me mantive confiante. Me sentei em uma mesa mais ao fundo com Mel, ela pediu uma cerveja e eu já não mais queria nada alcóolico, pelo menos não por enquanto.

A noite foi passando e um tempo depois eu estava o encarando. Ele estava distraído com sua cerveja, enquanto ria de algum comentário feito pelas pessoas em sua mesa. O tom despojado que ele exalava era totalmente sexy, sua camiseta simples e justa ao corpo me fazia querer tocar seus músculos, o boné que usava em qualquer outro ficaria ridiculo mais nele, só ficava mais atraente. Eu estava com calor. Eu precisava de ar.

-Vou ao banheiro. -Eu falei para Mel enquanto me levantava.

-Só não vá se perder por aí. -Ela falou com um malicioso sorriso nos lábios e voltando sua atenção para o garoto que ela estava agarrando. Cheguei no banheiro e estava com as mãos no rosto enquanto molhava-o levemente para me acalmar, quando fui surpreendida pelo barulho da porta sendo fechada fortemente. Me virei rapidamente e lá estava ele, Guilherme, que me devorava com os olhos.

-Você está incrivelmente sexy hoje  menina encrenca. -Ele disse se aproximando e cada passo meus batimentos aumentavam e minha respiração falhava. Quando ele chegou até mim continuou: "-Esse jeans apertado, confesso que está me enlouquecendo" -Ele sussurrou em meu ouvido e me senti inteira arrepiar. "-Você também está uma gracinha" -Eu disse, mesmo me restando pouco fôlego e precisava o tirar do sério assim como ele fazia comigo. Vi seu olhar mudar, agora o azul fora circundado por luxuria e ao fundo uma parcela de desejo.

-Eu esperava um adjetivo um pouco melhor. Posso ser bem mais que apenas uma gracinha eu te garanto. -Ele disse ainda em meu ouvido me fazendo gemer baixinho com a sensação de meus pêlos se arrepiando e nossos corpos se tocando. Ele rapidamente respondeu ao meu gemido. "-Você está me fazendo perder o pouco de sanidade que me resta". Ele disse e meu beijou vorazmente, eu queria recuar, queria não deixar, mais assim que sua língua tocou a minha eu me entreguei. Agarrei minhas mãos em seus cabelos e ele gemeu baixinho em meus lábios, suas mãos que repousavam em minha cintura, deslizaram para meu quadril e puxaram mais para si, se é que isso era possível. Ele me erguera como se eu não pesasse nada e me colocara sobre a pia, quando eu me despertei rapidamente. "-Me deixa descer, meu peso vai partir essa pia." Eu pedi aflita e receosa com medo de destruir o mármore da pia.

Ele não se afastou e descendo os beijos por meu pescoço. "-Não fale bobagem, nem se você quisesse quebraria essa pia, você nem pesa tanto assim..." -Disse continuando as carícias, quando eu descansei minhas mãos em seu peito e o empurrei levemente. "-Eu quero sair. Não me sinto confortável aqui em cima". -Eu pedi mais firmemente e ele se afastou olhando em meus olhos. Ele parecia não compreender. Desci e sai rapidamente do banheiro. -Nossa, você demorou tanto que eu já estava indo te procurar. E que cara é essa? E esse cabelo? Você está toda ao avesso amiga. -Mel interrogava, enquanto conferia cada pedaço de minha aparência.
-Você não faz ideia... Preciso de álcool! -Eu disse enquanto pensava em como resistir à tentação de voltar para aqueles lábios macios e carnudos.
-Você precisa dançar e se divertir. Beber só vai te trazer ressaca e dor de cabeça para nós duas, e conhecendo você como conheço, sei o quão irritante consegue ser quando bebe. -Mel disse e eu não podia discordar, afinal tudo o que ela havia dito era verdade. Então apenas a segui para o centro da pista de dança onde as pessoas haviam se aglomerado e se mexiam no ritmo da música. Eu apenas repeti o que as pessoas faziam. Fechei meus olhos e comecei a sentir a batida da música. O ritmo era ótimo, eu me balançava de forma discreta e harmônica seguindo meus pensamentos. Quando abri meus olhos, Mel já estava enroscada no pescoço de outro. Eu apenas sorri e continuei a dançar. Eu adorava aquela sensação de poder agir normalmente, sem ser notava por conta da imensidão de pessoas, elevação do som e oscilação das luzes. Aquilo era incrível. Eu comecei a me mexer mais sensualmente, me sentia poderosa.  Até que senti fortes braços me envolverem pelas costas e grandes mãos descansando em minha cintura. Não me dei ao trabalho de virar para checar quem seria. Eu já sabia. Reconhecia aquele toque mesmo sem tato. Me lembraria daquele cheiro, mesmo sem olfato.
Então eu apenas continuei a dançar...

Oi gente! Tudo bem com vocês? Eu espero que sim... Notas bem rápidas... O capitulo foi curto, mais prometo recompensar vocês, me contem o que acharam, adoro ver vocês comentando!
Como prometido, Guilherme na multimídia.
E me digam por favor, que dias vocês preferem que sejam as postagens?
E por último... Não se esqueçam de favoritar(⭐️)...
Beijos, até o próximo!😘