Olá pimpolhos!
Tenho alguns avisos para vocês hoje, mas juro que é rapidinho.
Primeiro: editei todos os capítulos e coloquei uma música que achei adequada, então, se quiserem conferir, só voltar lá.
Segundo: fiz uma playlist no Spotify para a fanfic! Todas essas músicas e as futuras estão lá: https://open.spotify.com/user/icecreamproducoes/playlist/69pKACvnvEc2JsRJhNRUsd
Terceiro: Acho que o próximo capítulo vai demorar mais que o normal para sair já que, diferente de todos os anteriores, eu não o deixei pronto para postar, e estou mega ocupada com o colégio agora. Peço desculpas por isso.
Música: Cruel World - Lana Del Rey
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POV PERRIE EDWARDS
A porta faz um estrondo ao bater contra a parede, e isso me assusta. Olho no relógio: duas e meia da manhã. Levanto-me da cama e sigo até a entrada, encontrando um Zayn completamente bêbado se apoiando na parede. Ao me ver, ele abre um sorriso doentio e nojento.
- Boa noite, amor. Cheguei atrasado?
Ele dá um passo para frente, aproximando-se de mim. Tento me esquivar quando Zayn me toca, mas ele é mais rápido e forte. Ele puxa-me pelos ombros e me joga contra a parede com força. Zayn tenta me beijar, mas viro minha cabeça para o lado. Entretanto, ele segura meu queixo e obriga-me a encará-lo.
- Você está me ignorando? - ele pergunta. Seu rosto está muito perto, e agradeço a Deus por não conseguir sentir o álcool em seu hálito. - Eu vou te ensinar a nunca se fazer de difícil, vadia.
Zayn, ainda segurando meu queixo, beija-me, e consigo sentir a vodca em sua boca. Ele morde meus lábios tão violentamente que sinto-os se partindo, e uma linha de sangue desce pelo meu queixo. Ele segura meus braços acima de minha cabeça enquanto sua outra mão tenta desajeitadamente descer o short de meu pijama.
Sinto as lágrimas em meus olhos quando os fecho para não vê-lo me usar daquela maneira. Sinto-me um objeto descartável e sujo.
Quando Zayn se dá por satisfeito, ele me joga no chão. Encolho minhas pernas e as abraço, chorando convulsionamente. Pelo menos acabou por hoje, certo?
Mas ele nunca está realmente satisfeito.
Zayn me puxa pelos cabelos até que estou em pé, e me joga novamente na parede, mas de frente para ela.
- Você não é nada - ele sussurra em meu ouvido. - Você é fraca. E precisa de mim. Mas é muito chata e desobediente.
Ele tira minha camiseta, e eu não tenho forças para tentar impedi-lo.
- Sabe do que você precisa, bonequinha? - algo frio atinge minhas costas, e eu as arqueio enquanto a dor se espalha pelo local. Mas eu não grito. - De uma boa surra para aprender o seu lugar.
Reconheço o couro quanto o objeto atinge minhas costas novamente, e julgo ser o seu cinto. Mais lágrimas caem pelo meu rosto enquanto ele continua sua tortura.
- Eu só vou parar quando você gritar - avisa ele, e posso imaginar o sorriso doentio em seu rosto.
Mas eu não grito. Por isso ele continua a atingir minha coluna várias e várias vezes até que a sinto sangrar.
Acordo completamente assustada. Posso sentir meu corpo coberto pelo suor, e parece que meu coração vai pular do peito.
Sei o porquê de aquilo deixar-me daquela maneira: não é apenas um pesadelo, mas sim a lembrança do que aconteceu na última sexta-feira quando Leigh-Anne não estava em casa. Todas as noites alguma daquelas lembranças me tortura, o que resulta em péssimas noites de sono e uma mente perturbada pelas lembranças constantes.
Olho para o lado e encontro Jade dormindo tranquilamente. Tomando cuidado para não acordá-la, ergo-me da cama e sigo na ponta dos pés para fora do quarto. Desço as escadas o mais silenciosamente possível até a cozinha. Preciso de um copo de água.
Após encher o copo de água, sento-me em um dos bancos que acompanham a bancada e me pego pensando no que fazer a seguir. Não era minha intensão que Jade descobrisse o que Zayn faz - na verdade, as únicas que sabem são Jesy e Leigh-Anne, e de alguma forma eu as convenci a não contar a ninguém. Mas não creio que consiga fazer o mesmo com Jade. Ela se importa demais com o que é certo para deixar as coisas como estão.
Algo me tira de meus pensamentos: um movimento repentino na cozinha. Alguém entra no local e vai direto para os armários, aparentemente sem perceber que estou aqui. É um homem mais ou menos de minha altura, com os cabelos já brancos e um bigode da mesma cor. Julgo ser o pai de Jade, mesmo que a circunstância seja completamente estranha.
Quando se vira para colocar o cereal em cima do balcão, ele finalmente parece perceber minha presença e se assusta, chegando a derrubar um pouco do cereal no chão. Ele parece normalizar a respiração e me encara.
- Você não é um fantasma, certo?
Sorrio, mesmo que internamente eu me pergunte que diabos ele faz essa hora aqui. Pelo que Jade me contou, ela não vê o pai há algum tempo por ele ficar trancado em seu quarto.
A menos que ele saia à noite pela casa para não ser visto.
- Não. Sou Perrie Edwards, amiga de sua filha.
Ele volta sua atenção ao seu cereal, colocando-o quase que por completo em um balde de pipoca.
- Como ela está? Não a vejo faz algum tempo.
- Ela sente sua falta - digo. Mesmo essas não sendo suas exatas palavras, percebi pelo modo como falou dele que ela sente falta de sua família.
O homem para por alguns segundos e encara o nada, como se estivesse perdido em seus próprios pensamentos.
- Diga a ela que eu sinto muito - ele vai até a geladeira e pega três garrafas de água. - Boa noite, Perrie.
Ele sai da cozinha, e ouço seus passos na escada. Olho para o copo de água cheio em minha frente e percebo que não bebi nada. Após beber um pouco, derramo o resto na pia, lavo o copo e volto para o quarto de Jade.
Ela continua deitada na mesma posição de antes, com os cabelos castanhos cobrindo o travesseiro e uma das mãos estendida, já que estava segurando a minha.
Eu devo agradecer a quem quer que seja por colocá-la em minha vida. Nesse curto período de tempo que passamos juntas, sinto como se ela tivesse me mudado. Antes, eu nunca teria sequer cogitado a ideia de ir até a polícia por causa de Zayn, mas agora isso parece cada vez mais claro em minha mente.
Deito-me ao seu lado e seguro sua mão novamente. Eu apenas queria que as coisas não fossem tão complicadas.
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In The Name Of Love | Jerrie
FanfictionVocê iria contra tudo que acreditava ser certo? Você iria contra as regras impostas pela sociedade? Você iria contra a sua própria família? O que você faria em nome do amor?