Capítulo 7 - Florescimento

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O seu sorriso é tão belo quanto o trocar das estações.

Você é frio e zeloso como o Solstício de Inverno,

E eu sou vulnerável como o Equinócio de Primavera.

***

15/05/16

Cinco meses atrás


Emma estava rindo e sorrindo sozinha, enquanto cuidava das flores de seu jardim. Havia tantas mudas e tantas flores que era possível sentir o aroma delas de dentro da casa, que não era muito longe. Cansada e terminando de plantar a última muda, secou a testa suada com os pulsos, já que suas mãos enluvadas estavam sujas de terra. Ela as retirou das mãos, com um sorriso feliz por ter terminado o trabalho árduo. Eu amo essas flores como se fossem uma parte de mim. Será que a mamãe vai gostar?¸ pensou, se ajoelhando na grama para analisar melhor suas preciosas flores.

- Oi, Em.

Ela virou o rosto para trás, deixando seu sorriso se alargar mais.

- Que surpresa, você veio!

Martin sorriu e foi até ela, sentando-se ao seu lado, tirando os cabelos do rosto da menina que fechou os olhos, aproveitando a brisa fresca e a presença de seu melhor amigo. Ele, que possuía uma sacola de papel, remexeu dentro dela rapidamente.

- Eu trouxe uma coisa para você.

- Sério? - Ela abriu os olhos imediatamente, curiosa. - O que é?

Ele tirou de dentro da sacola três pequenas mudas, as mostrando para a garota, a mesma arregalou os olhos em surpresa, com o coração palpitando rapidamente dentro do peito.

- São lindas!

- Só você mesma para achar algo assim bonito. - Ele disse, entregando a ela as mudas. - As flores nem cresceram ainda.

- E isso importa? Continuam sendo belas. Elas surgirão daqui e crescerão aos poucos, então isso se torna mais bonito ainda. - Ela respondeu, olhando para o conteúdo em suas mãos com carinho.

- Fico feliz por você ter gostado. - Ele disse. - São...

- Amaranto globo, centáurea e crisântemo.

- Você já as soube somente por tocá-las. - Ele disse e, como de costume, apoiou os cotovelos nos joelhos e o rosto nas mãos. - É realmente uma habilidade bela.

Ela corou e colocou as mudas ao seu lado, não conseguindo encarar os olhos de Martin.

- Eu gostaria de saber que cor o crisântemo será. Você sabia que há um significado diferente para cada cor?

- Não, não sabia.

- Como sempre. - Ela disse rindo, voltando a olhá-lo. - Me pergunto se será uma cor que descreva o que você sente por mim.

- Hum? - Ele pegou uma mecha do cabelo dela, a esfregando nos dedos. - Apesar de você não gostar muito de vermelho, talvez seja vermelha, assim como seus cabelos. Qual seria o significado de crisântemos vermelhos?

Emma ruborizou ainda mais, puxando seus cabelos da mão dele e desviando o olhar mais uma vez, com os lábios estremecendo. É algo sobre declaração de amor, pensou ela.

- Não faço ideia!

- Ah, Em, me conta! Eu sei que você sabe! - Ele se inclinou para frente, esperançoso de que ela falaria se fosse pressionada, mas ela fez uma cara emburrada e virou o rosto para o lado. - Por que não quer me contar?!

O Caso de Emma BrownOnde histórias criam vida. Descubra agora