Magda II: o retorno da Bruxa

Capítulo 7

Depois de caminharmos durante horas, encontramos os amigos de Josh. Eram sete, sendo quatro homens e três garotas. Os rapazes me olharam de forma estranha, as garotas eu notei uma pontada de inveja pela forma que me olhavam.

– E aí, galera! Pelo visto estão todos salvos – disse Josh, reclamando – Nem para me procurarem, hein!

– Você que fez a mágica do sumiço e não soube reverter – respondeu um dos rapazes, o que tinha o cabelo parecendo o pica-pau dos desenhos animados.

– Seus idiotas. – respondeu Josh – Esta aqui é Magda, uma nativa da região.

Josh parecia animado e feliz por ter encontrado sua turma. Eu estava cada vez mais apavorada com tantos estranhos. Ele me apresentou um a um, dizendo o nome e o que faziam.

– Este é Michael, o moicano. Esta é a Shirley, cuidado com ela, é perigosa. O Dany, o mais resmungão da turma. Gurt, o cara de gelo que gosta de esquiar. A Gracy e a Jorja que são gêmeas. E o Greg, o mais bacana de todos.

Ali deveria haver pelo menos uns três casais. Josh, eu esperava, estava sobrando.

– Se é o que está pensando, ninguém aqui namora ninguém da turma, porque são todos irmãos e primos de primeiro grau. Eu sou o único adotado.

Josh adivinhou meus pensamentos. Eu suspirei aliviada, não queria fazer parte de algum ritual sensual ou seja lá o que eles pretendiam fazer juntos. Eu sempre tive muita dificuldade em fazer novas amizades, era um pesadelo estar com estranhos.

– Ei! Estamos atrasados para o show – disse Michael, o do cabelo de pica-pau – A platéia estão nos esperando. Se você não chegasse iríamos fazer sozinhos.

Aonde será que eles iriam? Estávamos ou não estávamos perdidos naquela floresta?

– Magda, eu não te contei – Josh disse em tom de desculpa – Nós fazemos parte de um circo que viaja por toda a Europa. Fazemos os mais incríveis números, você vai se impressionar. Venha conosco e divirta-se.

– Certo, mas eu preciso encontrar meu povo, lembra?

– Eu te ajudo. – ele sorriu – Você me ajuda e eu te ajudo, certo?

– Combinado.

Caminhamos por mais de meia hora até encontrarmos uma caminhonete. Eu e Josh viajamos na carroceria com mais quatro pessoas. Foi horrível, eu me chocava contra a lateral da caminhonete toda vez que ela batia em um buraco. Até chegarmos ao asfalto, então os solavancos pararam.

Avistamos um circo de lonas coloridas. Havia várias atrações, brinquedos para a criançada se divertir e jogos para os adultos tentarem a sorte. Eu desconfiei de um gordo que enganava as pessoas com um jogo de argolas, em que elas precisavam encaixar a argola em um bastão para receberem o prêmio. Só que era impossível a argola parar dentro do bastão, porque quando era jogada, a argola rebatia no assoalho e caia do outro lado. Uma criança estava tentando acertar o bastão e eu, de longe, impedi que a argola pulasse. O gordo olhou sem acreditar para a argola.

– Não sei como fez, garoto, mas espero que não tenha me trapaceado – ele entregou o prêmio para a criança.

– Magda, vai começar nosso número. Quer assistir? – Josh apareceu de repente quase me puxando.

– Claro...

– Então venha rápido que o apresentador já nos anunciou.

– Eu também vou participar? Porque nunca estive em um palco antes e...