CAPÍTULO XIII

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Capítulo XIII
Michael

Acordei com o dia já amanhecido, estávamos ainda na estrada mas via-se já sinais de vida e civilização. O senhor e a senhora chatolinos já estavam despertos e Noah ainda dirigia atento. A única que ainda estava dormindo era a loirinha gostosa. Embora eu não a culpasse por isso. Ela realmente devia estar cansada.
Diferente de todos nós, fora ela que passou a noite inteira acordada tentando superar a morte de sua amiga nesta madrugada, e depois de pelo menos aceitar que ela havia partido, encontrou-se no hotel do pai da até então falecida Chloe. Mas se parasse por ai, estaríamos todos no lucro, porém o inesperado aconteceu. Brook havia visto sua amiga ressurreta, como se nunca tivesse sido coberta pela explosão do dia anterior.
Desde a invasão no instituto os dias tem sido cheios e cansativos para todos. É muita informação e muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, até parece que não teremos descanso. Pela primeira vez eu realmente quero chegar ao Mount McKinley, mas do que adiantará chegar lá? Quer dizer, até onde sei estávamos todos presos dentro do instituto. Não havia saídas visíveis ou coisa do gênero, e agora estamos perambulando pelas ruas em direção a outro instituto, mas para que? Para ficarmos presos novamente? Confesso que faria de tudo para dar um fim nessa perseguição psicopata de Raven, mas estamos a um passo da liberdade. Não estamos presos, e talvez a invasão fora uma chance dada aos Sensitivies que escaparam, porque acredito que nós cinco não fomos os únicos que conseguiram fugir. Sendo assim, todos temos uma chance de começar uma vida nova, literalmente do zero. A perca de memória talvez não tenha sido um mal. O estranho é que neste momento eu me pego tendo um sentimento entranho, algo como uma preocupação com esse grupo.  Ainda odeio cinquenta por cento dele, mas ainda sim... O que é isso Michael? Pare!
A real é que você está apenas indo com este grupo para o tal instituto que pode ajudar a acabar com Raven. Ao chegar lá, você fará o que for necessário e depois fugirá, viverá uma vida livre, do zero longe de todos que já conheceu. Assim como você os outros também estão com a cabeça cheia, precisando de um tempo para relaxar, apenas isso, nada com que o faça se preocupar. Cada um tem seus problemas. Embora uns mais que outros, como Brook.
- Estamos quase chegando. – O conselheiro diz no volante.
- Quanto tempo? – Jack tinha uma voz sofrida. Ele levou a maior surra daquela garotinha, o que foi engraçado, mas a julgar pelo clima do momento e pelo que aconteceu a algumas horas atrás, resolvi não fazer nenhuma piada.
- De dez a quinze minutos.
Todos ficaram em silencio. Jackson estava com uma cara muito ruim. Segurava a lateral esquerda de seu corpo com a mão direita, e procurava fazer os menores movimentos possíveis, como se estivesse tentando não sentir tanta dor, mas sempre que havia alguma coisa na estrada que fazia o carro balançar o mínimo imaginável ele já fazia uma careta de dor. Allyson estava concentrada nas páginas de um livro, e me pergunto aonde ela conseguiu aquilo.
- O que é isso? – Pergunto a ela.
- Um livro.
- Ah, Jura? – Fui irônico.
- Se sabia o que era por que perguntou?
- Quero saber aonde conseguiu isso.
- Então não era mais fácil dizer "Hey, Ally, aonde conseguiu esse livro?" em vez de "O que é isso?" – Ela sorri enquanto reviro meus olhos. – Mas respondendo sua pergunta, comprei ele no posto de gasolina ontem, e hoje mais cedo... – Ela hesitou em tocar no assunto. – O peguei quando eu e Noah entramos no quarto para surpreender Chloe e Tenebris por trás.
- De todas as coisas que você poderia ter pego, você pegou um livro?
- Algum problema com isso?
- Não senhora.
- Muito bem. – E voltou sua atenção as palavras das folhas amareladas.
Novamente o silêncio quis falar, mas eu não aguentava aquela tensão e todo aquele medo que estavam sentindo.
- Já que ninguém vai perguntar, eu pergunto. – Digo fazendo todos me olharem. – O que diabos aconteceu nessa madrugada?
- Michael! – Ally pareceu me repreender, mas não entendi o porquê.
- O que foi? Todos queremos saber como Chloe estava lá, porque eu tenho certeza absoluta que eu não fui o único que viu aquela garota morrer e depois aparecer viva tentando arrancar nossas cabeças. Olha o que ela fez com Jackson. – Gesticulo para ele. – Até onde sabemos ela não conseguia controlar seus poderes, pelo menos não no posto de gasolina.
Ela se calou. Por mais difícil fosse para ela aceitar, Ally sabia que eu estava com a razão.
- Noah? – Pergunto. Porque se houvesse alguém que poderia ao menos ter uma ideia do que aconteceu, era ele.
- Eu não sei, meninos. – Ele pareceu se culpar por realmente não conseguir entender o que aconteceu. – Assim como vocês eu também havia pensado que Chloe estava morta, mas ela não está! E isso é surreal. Não consigo explicar o que vimos e vivenciamos e nem o porquê ela estava ao lado dos Ônix, mas...
- Mas o que?
- Posso especular.
- Então diga.
- Chloe citou o nome de Raven, e nenhum Sensitive que fugiu do instituto sem seu conselheiro saberia sobre a lenda. Fora isso seu ponto-identidade estava estranho. Viram as micro veias negras ao redor dele? Suponho que de algum jeito Raven Hughes conseguiu criar uma tecnologia que invade o cérebro de alguém através dele. Como um parasita. Isso é...
- Macabro. – Allyson disse cabisbaixa abraçando o livro.
- Sim.
- Mas isso quer dizer que existe uma possibilidade dos Sensitivies que achamos estarem mortos no instituto estarem vivos? – Pergunto.
- Se esta teoria estiver certa, sim. Mas eles estariam infectados, e como Raven está obcecada atrás de nós, os soldados Ônix seriam nosso menor problema.
- E qual é o plano?
- O mesmo. Chegar ao Alaska, encontrar a central do instituto e ver o que é possível fazer.
- E as chances de chegar lá vivos são grandes?
- Não sei responder-te.
- Ah, que ótimo. – Encosto-me no banco.
- Mas... Pode existir um jeito de fazer os infectados...
- Voltarem ao seu estado de lucidez? – Noah completa a frase de Ally. – Não faço a menor ideia.
- Você deveria ser o conselheiro aqui, deveria saber o que está acontecendo. – O digo.
- Mike, desde que saímos do instituto tudo tem sido uma caixinha de surpresas tanto para vocês quanto para mim. Não tenho as respostas que procuram, nem mesmo as que eu procuro, então estamos no mesmo barco.
Suspiro de inquietação. Aquilo era preocupante.
- Sendo assim – ele continua. – Se formos atacados por Sensitivies, não nos restará outra escolha a não ser revidar e se for preciso... – Ele hesitou demais ao continuar e acabou reformulando seus pensamentos. – A verdade é que teremos que fazer de tudo para chegar ao Mount McKinley. De tudo! – Ele enfatizou esta última parte.
- Se for preciso, teremos que fugir! – Brook o corrige levantando a cabeça. Será que ela ouviu toda a conversa?
- Ainda é uma opção – Ele a respondeu. – Mas nem sempre conseguiremos fugir.
- Mas tentaremos.
- Mas em último caso...
- Em último caso, faremos o que for preciso sem machucar ninguém.
E todos se calaram por um tempo.
[...]
- Chegamos. – Noah disse.
Estávamos cercados por natureza novamente. Eu já não aguentava mais ver árvores na minha frente, quando falaram que íamos para Nebraska pensei que seria para alguma cidade, não para o meio do mato. A nossa frente, no meio de todo aquele verde, estava uma casinha de madeira pequena.
- Esta é a base de emergência para refugiados do Projeto Genese? – Perguntei com desgosto. Aquilo não passava de uma cabaninha sem graça de madeira e caindo aos pedaços. Só cabia o carro lá dentro, mais nada!
- Não julgue um livro pela capa, Michael.
O conselheiro encostou o carro de frente para a cabaninha minúscula, abriu seu portão que rangeu alto e depois voltou para o carro e o estacionou lá dentro.
- Podem sair.
Assim fizemos. Brook e eu saímos primeiro, Noah foi ajudar Jack.
- Feche o portão para mim, por favor, Brook? – Ele diz pondo o braço de Jackson ao redor de seu pescoço e abrindo espaço para Allyson sair do veículo.
Brook fecha o portão e o lugar fica quase que por todo escuro, mas feixes de luz entravam por buracos na estrutura do local.
- Aqui... – Noah ajudou o senhor "eu apanho de menininhas" a se encostar no carro. – Ainda está com o Touch Glass que lhe dei?
- Sim. – Ele pega com dificuldade aquele aparelho de vidro de seu bolso e entrega-o a Noah.
- Se ele ainda estiver funcionando – digo. – É um milagre.
O conselheiro sorri e pega o objeto da mão de Jack, depois disso seguiu para uma das extremidades da cabaninha.
- Michael? – Ele me chama.
- O que foi?
- Pode me ajudar aqui? – Ele diz próximo a um armário pequeno de ferramentas.
- O que devo fazer? – Digo me aproximando.
- Me ajude a arrastar isso.
Assim então faço, embora não entendesse porque ele queria tirar aquele móvel velho do lugar. Acabamos por arrastar aquilo para o lado. Eu empurrava enquanto ele puxava na outra extremidade, e aos poucos foi se mostrando uma placa de metal no chão.
- O que é isso? – Pergunto quando liberamos toda estrutura no chão do armário.
- Nossa entrada.
- MUAHAHAHAHAHA! – Alguém ri alto do além, assustando a todos nós. - SOU O ESPÍRITO ASSASSINO DA FLORESTA. VOU ROUBAR SUA ALMA E TE COMER VIVO, MEU PEQUENINO VERME.
- Mas que p... – Tentei me expressar, mas Noah já havia me cortado.
- Bob, pra que isso?
- Como... Quem está ai?
- Sou eu Bob, Noah.
-NOAH! Meu amigo!!! Desculpe, pensei que era uma daquelas crianças enxeridas que veem brincar na cabana as vezes. Como você está, amigo?
- Bem. Na medida do possível.
- Que bom. – O silêncio paira pela cabana.
- Eh.... Bob?
- Sim?
- Nós podemos entrar?
- Ah, sim! Claro! Entrem! – Aquela placa de metal no chão se abriu revelando uma escada que descia. – Perdoem-me, não é sempre que tenho visitas.
O conselheiro desce as escadas na frente. Nós apenas os seguimos.
O lugar por onde as escadas passavam era escuro, apenas com algumas lâmpadas de emergência acesas e seguia uma única reta. Todos estávamos calados, o único barulho que ouvíamos eram os de nossos passos nos longos degraus de metal.
Depois de um tempo a área se abriu. Ao fim da descida um corredor mais largo e claro se revelava. Era como o Instituto, se nada do que aconteceu nos últimos dias tivesse acontecido, poderia dizer que estava de volta a mais um dos milhares de corredores do Instituto do Projeto Genese.
- Noah! – Uma porta em uma das paredes se abre, fazendo um barulho metálico. De lá, um cara baixo e gordo sai com os braços abertos e vem em nossa direção.
O Homem não deveria ter mais que 1,50 m de altura, diria até um pouquinho menos, mas não exageradamente. Estava na cara que ele estava a cima do peso, mas cada um poderia tirar essa conclusão de meios diferentes. Ou pelo simples fato dele ser gordo, ou por ele ser gordo e sua boca estar suja de farelo e sua mão estar segurando uma rosquinha mordida. Suas roupas também eram um tanto... diferentes. Uma camisa branca com a marca do Instituto e um macacão com uma das hastes caída. A barra estava dobrada e em seu pé um tênis qualquer.
- Bob! – Noah abre os braços e o abraça.
- A quanto tempo, amigo! Como você está?
- Posso dizer que bem, acho.
- Pra quem estava no instituto invadido, imagino.
- Pois é.
- E quem são esses?
- São alguns sobreviventes do massacre.
- Um, dois, três... quatro? Por que seu o número de Sensitivies está duplicado? E por que há duas meninas com você?
- Eu sei, eu sei. A conselheira delas... – Ele hesitou em falar. – Morreu.
- Nossa! – Bob pareceu chocado.
- Sim. Então as trouxe comigo.
- Tudo bem. Nesse caso, não há problemas. Venham cá! – O baixinho se dirige a nós. – Façam uma filinha. Preciso registrar a identidade de vocês para terem acesso aos quartos.
Não sei porque, mas por algum motivo eu não consegui me mexer. E parece que nenhum dos outros.
- Vamos seus POMGA.
- Pomga? – Brook pergunta se aproximando e iniciando a fila.
- É! – Ele a faz abaixar e põe o seu Touch Glass perto do ponto dela. – Pomga: Projétil Orgânico de Material Genético Anormal.
Pih Pih! – O aparelho próximo a Brook apita.
Em seguida, é a vez de Jack. Me posiciono atrás de Ally.
Ponga. Não sei se considerava aquilo como estranho, idiota ou engraçado. Quem raios diz "pomga"?
Pih Pih! – A cara de espanto dele foi a melhor que já vi.
- Um classe A? Meu Deus! Que sorte em! Mas tu está acabado, parece que deu de frente com um caminhão! – Vez da Miss Arrogância.
Não tinha parado para perceber, mas nessa hora o conselheiro pôs uma mão atrás da cabeça e desviou o olhar. Um pouco antes de Bob o olhar com mais espanto do que quando viu que Jackson era um classe A.
Pih Pih!
O baixinho esquece totalmente de mim e volta toda sua atenção a Noah.
- Ela é...
- Bob...
- Ela é uma classe D. - Ele tentou disfarçar sussurrando, mas seu sussurro foi tão alto quanto sua voz normal.
- Eu sei...
- Você salvou uma classe D?
- Podemos conversar sobre isso mais tarde?
- Está bem. – Ele me puxou fazendo me curvar e ficar mais ou menos na sua altura e então fez o mesmo que com os outros.
Pih Pih!
- Bom, Agora vocês possuem acesso para as salas livres da base.
- Quem mais está aqui? – Jack perguntou um tanto dolorido.
- Fora nós que estamos juntos?
- Sim.
- Deixe-me ver, – Ele começa uma conta nos dedos. – Estimo mais umas zero pessoas.
- Como assim? – Noah pergunta. – Ninguém mais chegou?
- Quando houve a invasão do Instituto eu recebi doze alertas de grupos que estavam vindo para cá. Nossa base em Wyoming, Kansas, Oklahoma e Arizona também receberam alertas, mas não pude saber quantos porque nosso sistema de comunicação falhou. Ainda estou tentando dar um jeito nisso, mas a conexão não está ficando boa. É como se alguma coisa estivesse...
- Bob, Os alertas.
- Ah, sim. Claro. Bom, um a um eles foram desaparecendo. A localização deles foram sumindo do GPS. E com o passar do tempo, vocês se tornaram os últimos a estarem na lista. Até hoje de madrugada. Seu sinal foi cortado, como estão aqui?
- Longa história para contar, mas acho que tem a ver com o Touch Glass pifado.
- Você quebrou seu Touch Glass?
- A culpa foi minha. – Jack diz.
- Está bem. – Bob suspira e balança a cabeça negativamente. – Bem, Aqui está um mapa da base. – Ele entrega um papel dobrado para cada um de nós. – Escolham um quarto, se acomodem, tomem um banho, troquem de roupa e lá para umas 18h00min pm. Sigam para o refeitório para o jantar.
- Por quanto tempo vamos ficar aqui? – Allyson pergunta.
- Como assim garota?
- Não podemos demorar se queremos chegar ao Mount McKinley logo.
- O QUE? – Acho que o baixinho se exaltou. – VOCÊ QUER LEVA-LOS AO MOUNT MCKINLEY?
- Bob, temos muito o que conversar, calma. – O conselheiro tentou acalmar ele.
- VOCÊ FICOU MALUCO?
- Ficaremos aqui durante uma semana. E durante esse tempo vocês terão treinamento de artes marciais, também aprenderão a usar armas e se der tempo, seus poderes.
- Realmente. – Bob continua. – Se vão mesmo para o corredor da morte, aonde seu conselheiro quer levá-los , vão precisar saber lutar.
- Agora vão para seu quartos, por favor.
Começamos a nos distanciar pelo corredor, mas lentamente. Cada um estava um tanto confuso com tudo. Abri o mapa que o baixinho me deu e tentei me localizar. Ao fundo pude ouvi-lo sussurrar alto.
- QUE ALIEM ABIDUZIU SEU CÉREBRO, NOAH? O QUE VOCÊ FEZ COM SEU TOUCH GLASS? E POR QUE VOCÊ ESTÁ CARREGANDO UMA CLASSE D? – me virei para eles e os vi entrando na sala em que Bob havia saído ao chegarmos. O conselheiro estava com uma cara de "ferrou".
Confesso que fiquei curioso para ouvir as respostas dele, mas simplesmente joguei tudo isso no lixo. Estava mais preocupado em tomar um banho e comer.
[...]
- Eu e Ally vamos ficar no quarto da frente, está bem? – Brook diz para mim enquanto ponho os braços de Jack em volta do meu pescoço e abro a porta do quarto com minha digital.
- Está bem.
Entro com o garoto e o jogo na cama. Volto para a porta para fechá-la , mas antes de fazer espero as garotas entrarem.
- Ei! - Digo a Brook antes dela entrar.
- Sim?
- Está bem?
- Estou.
- Certeza?
- Sim, Mike. Obrigada.
Ela entra e aperta o botão para a porta se fechar e logo ela desliza para o lado trancando as meninas no quarto. Faço o mesmo.
Quando me viro, vejo Jack jogado na cama de braços abertos.
- Meu Deus. Você está péssimo.
- Eu sei.
- Mas pra quem levou um choque daqueles, é um milagre ainda estar vivo.
- Obrigado, Mike.
Rimos ambos do comentário.
- Bom, - continuo. – Se está pensando que vou te ajudar a tomar um banho, pode esquecer. Isso seria nojento e asqueroso, então...
- Pode deixar. Creio que consigo tomar um banho sem sua ajuda.
- Ótimo. – Paro para pensar na cena se tivesse que ajuda-lo. – Blergh. Que cena horrível.
Rimos novamente.
- Vou tomar um banho primeiro. – Digo e corro para o guarda-roupas do quarto. O local era igual ao do instituto, até pelos móveis. Mas havia uma diferença. Em vez de pijamas de moletom cinzas e padronizados, havia uma variedade de roupas há escolha. Jeans, Camisetas, blusas, e até mesmo tênis e sapatos.
- Uau.
Pego alguma coisa que me agrade, um tanto aleatório, e vou para o banheiro.

Sensitive - IniciadosOnde histórias criam vida. Descubra agora